quinta-feira, 19 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 759

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 759

Dia 20/05/2022 | Quinta Semana da Páscoa | Sexta-feira

Evangelho segundo João (15,12-17)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Onde o amor e a caridade...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0mrYfpaheBA)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 15,12-17

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Também estes versículos fazem parte do “diálogo catequético” de Jesus com seus discípulos sobre o significado da ceia e da cruz

·    Jesus substituiu o grande número de mandamentos e proibições do judaísmo (mais de 600) por um único mandamento: amar como ele

·    Oferecendo-se como paradigma e medida do amor, ele inclui na relação de amor a formação, os alertas, e a companhia no caminho

·    Jesus estabelece o amor que dá a própria vida como vértice de toda relação de amor, comunhão e amizade

·    A amizade é uma relação que tem seu fundamento na confiança, constitui a comunidade dos/as discípulos e sustenta a sua missão

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Recorde no coração e deixe ressoar cada expressão ou palavra deste “discurso catequético” de Jesus

·    Medite as diversas passagens da vida de Jesus e procure identificar as expressões mais concretas e fortes do seu amor pelos discípulos

·    Em relação a Jesus, você sente-se mais como servo/a (que obedece mesmo contra a vontade e a razão, por medo) ou como amigo/a, que se relaciona com base na confiança e na estima recíproca?

·    Quais são os frutos mais duradouros da prática do amor na sua família, na sua comunidade e no lugar onde você vive?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Reze agradecendo Jesus Cristo por ter amado e escolhido você como seu irmã/o e discípulo/a e ter lhe confiado seu testamento de amor

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “Monte Castelo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF84)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 15,12-17

Depois de propor a alegoria da videira e dos ramos, Jesus continua seu diálogo formativo com os/as discípulos/as, extraindo as consequências da metáfora da videira: como a circulação da seiva mantém a união vital entre a videira e os ramos, assim também o amor gratuito e generoso assegura a permanência do/a discípulo/a em Jesus e de Jesus nele/a.

Se, para o judeu daquele tempo, os mandamentos eram muitos e pesados (os escribas e doutores da lei haviam colecionado mais de 600 mandamentos que deveriam ser obedecidos!), Jesus não fica nem nos dez, e reduz tudo a um único mandamento: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Este é o mandamento que resume toda a lei, a herança deixada por Jesus em testamento e o distintivo da comunidade cristã.

O verbo (ação, relação) amar é mais que mera expressão de um vago sentimento de bem-querer ou uma esterilizada filantropia: é uma relação interativa baseada na confiança e focalizada na afirmação da dignidade e no atendimento das necessidades do outro. Também não tem como movente o cumprimento de uma ordem, mas um desejo profundo e intrínseco de dar-se, de ser generoso, de buscar a felicidade fazendo feliz o/ outro/a.

Jesus propõe a si mesmo como parâmetro e medida do amor: ele começa nos escolhendo e chamando-nos pelo nome, passa a dedicar-se à nossa formação, prepara-nos para as dificuldades, alerta-nos em relação aos riscos, e acompanha-nos “primeireando” no caminho que nos conduz à felicidade verdadeira e duradoura. Em síntese: é nosso amigo, e vive conosco a comunhão no amor.

Na ceia e no lava-pés, Jesus deixou claro que não aceita a relação senhor-servo, e estabeleceu a igualdade ética de todas as pessoas, para além das funções e diferenças. Por isso, ele volta a declarar que nos trata como a amigos, e o vértice da relação de amizade/amor é o dom de si mesmo. Mas o faz “de olho” na continuidade da sua missão, com o desejo de que, vivendo uma relação de amor/amizade, seus discípulos/as deem frutos que permaneçam.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

Os cristãos sabem que as obras humanas em nada derrogam o poder divino. O ser humano não entra em concorrência com o Criador. As vitórias humanas são sinais da grandeza de Deus e frutos de seus desígnios. Quanto maior, porém, é o poder do homem, maior também a responsabilidade das pessoas e das comunidades. A mensagem cristã não se opõe à construção do mundo, nem cria obstáculo ao bem. Pelo contrário, acentua o dever de o ser humano desenvolver todas as suas potencialidades” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 34).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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