Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 759
Dia 20/05/2022 | Quinta
Semana da Páscoa | Sexta-feira
Evangelho segundo
João (15,12-17)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Onde o amor e a caridade...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0mrYfpaheBA)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 15,12-17
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Também estes
versículos fazem parte do “diálogo catequético” de Jesus com seus discípulos
sobre o significado da ceia e da cruz
· Jesus substituiu o
grande número de mandamentos e proibições do judaísmo (mais de 600) por um
único mandamento: amar como ele
· Oferecendo-se como
paradigma e medida do amor, ele inclui na relação de amor a formação, os
alertas, e a companhia no caminho
· Jesus estabelece o
amor que dá a própria vida como vértice de toda relação de amor, comunhão e
amizade
· A amizade é uma
relação que tem seu fundamento na confiança, constitui a comunidade dos/as
discípulos e sustenta a sua missão
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recorde no coração e
deixe ressoar cada expressão ou palavra deste “discurso catequético” de Jesus
· Medite as diversas
passagens da vida de Jesus e procure identificar as expressões mais concretas e
fortes do seu amor pelos discípulos
· Em relação a Jesus,
você sente-se mais como servo/a (que obedece mesmo contra a vontade e a razão,
por medo) ou como amigo/a, que se relaciona com base na confiança e na estima
recíproca?
· Quais são os frutos
mais duradouros da prática do amor na sua família, na sua comunidade e no lugar
onde você vive?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze agradecendo Jesus
Cristo por ter amado e escolhido você como seu irmã/o e discípulo/a e ter lhe
confiado seu testamento de amor
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Monte Castelo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF84)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 15,12-17
Depois de propor a
alegoria da videira e dos ramos, Jesus continua seu diálogo formativo com os/as
discípulos/as, extraindo as consequências da metáfora da videira: como a circulação
da seiva mantém a união vital entre a videira e os ramos, assim também o amor
gratuito e generoso assegura a permanência do/a discípulo/a em Jesus e de Jesus
nele/a.
Se, para o judeu
daquele tempo, os mandamentos eram muitos e pesados (os escribas e doutores da
lei haviam colecionado mais de 600 mandamentos que deveriam ser obedecidos!),
Jesus não fica nem nos dez, e reduz tudo a um único mandamento: “Amai-vos uns
aos outros, assim como eu vos amei”. Este é o mandamento que resume toda a lei,
a herança deixada por Jesus em testamento e o distintivo da comunidade cristã.
O verbo (ação,
relação) amar é mais que mera expressão de um vago sentimento de bem-querer ou uma
esterilizada filantropia: é uma relação interativa baseada na confiança e
focalizada na afirmação da dignidade e no atendimento das necessidades do
outro. Também não tem como movente o cumprimento de uma ordem, mas um desejo
profundo e intrínseco de dar-se, de ser generoso, de buscar a felicidade
fazendo feliz o/ outro/a.
Jesus propõe a si
mesmo como parâmetro e medida do amor: ele começa nos escolhendo e chamando-nos
pelo nome, passa a dedicar-se à nossa formação, prepara-nos para as
dificuldades, alerta-nos em relação aos riscos, e acompanha-nos “primeireando”
no caminho que nos conduz à felicidade verdadeira e duradoura. Em síntese: é
nosso amigo, e vive conosco a comunhão no amor.
Na ceia e no
lava-pés, Jesus deixou claro que não aceita a relação senhor-servo, e estabeleceu
a igualdade ética de todas as pessoas, para além das funções e diferenças. Por
isso, ele volta a declarar que nos trata como a amigos, e o vértice da relação
de amizade/amor é o dom de si mesmo. Mas o faz “de olho” na continuidade da sua
missão, com o desejo de que, vivendo uma relação de amor/amizade, seus discípulos/as
deem frutos que permaneçam.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Os cristãos sabem que as obras humanas em nada derrogam o
poder divino. O ser humano não entra em concorrência com o Criador. As vitórias
humanas são sinais da grandeza de Deus e frutos de seus desígnios. Quanto
maior, porém, é o poder do homem, maior também a responsabilidade das pessoas e
das comunidades. A mensagem cristã não se opõe à construção do mundo, nem cria
obstáculo ao bem. Pelo contrário, acentua o dever de o ser humano desenvolver
todas as suas potencialidades” (Vaticano II,
Gaudium et Spes, § 34).
Leitura Orante
do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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