Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 742
Dia 03/05/2022 | Terceira
Semana da Páscoa | Terça-feira
Evangelho segundo
João (14,6-14)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Novo sol brilhou” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0GwJdVESYDo)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 14,6-14
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este texto,
fora da sequência do capítulo 6, ilumina a festa de São Filipe e Tiago,
apóstolos
· Filipe (=
amigo de cavalos) é um dos Doze Apóstolos, homem muito prático, e vem da mesma
cidade de Pedro e André (Betsaida)
· Tiago Menor é
filho de Cléofas, não foi discípulo do Jesus histórico, mas foi testemunha da
sua ressurreição
· Filipe não
consegue entender a opção de Jesus e sua proposta para quem o segue, não
consegue ver em Jesus o rosto e as mãos do Pai
· Jesus insiste
nisso, e manda: “Acreditai-me! Eu estou no Pai e o Pai está em mim! Acreditai
ao menos por causa destas mesmas obras!”
· E conclui com
uma promessa (ou ordem): “Quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e
fará ainda maiores que estas!”
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recomponha na
memória os gestos as palavras desse diálogo de Jesus com os seus discípulos
· Será que
também nós partilhamos da cegueira de Filipe, e não conseguimos reconhecer Deus
naquilo que Jesus faz e pede?
· O que o
processo de crescimento e renovação do apóstolo Filipe e do discípulo tardio
Tiago nos ensinam hoje?
· Como podemos
nós, em nosso tempo, recriar esta ação de Jesus, inclusive com maior alcance e
eficácia?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Jesus,
ajuda-me a reconhecer a ação do Pai em tuas ações, tua presença nos santos e
teu rosto no rosto dos meus irmãos e irmãs!
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Eu creio num mundo novo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RSDN9fNq_yI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 14,6-14
Esta passagem faz parte da comovida catequese que Jesus desenvolve
logo depois da ceia e do lava-pés, e ilumina a festa litúrgica dos apóstolos
São Filipe e São Tiago. Filipe pede que Jesus lhes mostre o Pai. “Senhor,
mostra-nos o Pai, e isso nos basta”!
Jesus já havia deixado claro que é nele que temos acesso ao Pai,
pois ele é o caminho, a verdade e a vida. Por isso, responde quase que
lamentando a dificuldade de Filipe e dos demais discípulos em ver nele o rosto
do Pai: “Se me conheceis, conhecereis também o meu Pai. Há tanto tempo estou
convosco e não me conheces? Quem me vê, vê o Pai. Crede, ao menos, por causa
destas obras...”
O problema de Filipe é o problema da Igreja, o nosso problema.
Custa-nos aceitar que o Deus que revestimos de onipotência e colocamos no
altíssimo nos é dado a conhecer nas ações concretas de Jesus de Nazaré. Não é
que queiramos ver mais; queremos ver outras coisas, menos concretas, mais
abstratas e passíveis de manipulação; coisas mais doutrinais e menos
interpeladoras, como é lavar é os pés dos/as irmã/os, alimentar os famintos,
resgatar a cidadania de quem está à margem e dar a vida sem reservas.
O problema continua, e se torna ainda mais sério, quando e na
medida em que queremos dar a impressão de que conhecemos Jesus, e fazemos o
possível para impor a imagem que fazemos dele a quem crê diversamente. A
tentação da qual não nos livramos é a de fazer Jesus vestir o figurino que de
antemão preparamos para ele, de obrigá-lo a fazer aquilo que decidimos em
nossas faculdades de teologia e gabinetes doutrinais.
Imagino Jesus dirigindo-se hoje a nós, e dizendo em tom de
advertência: “Há tanto tempo estou com vocês e vocês não me conhecem!” Crer
nele é fazer aquilo que ele faz, prosseguir sua ação libertadora, entrar no
caminho da compaixão, armar a tenda dos nossos sonhos e projetos no chão da
humanidade ferida e sedenta de vida. O resto é culto às vaidades que passam,
serviço aos poderes que oprimem, fuga das responsabilidades que podem nos fazer
humanamente maduros/as.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“A primeira condição (para tornar Cristo visível num mundo que
não crê em Deus) é o testemunho da fé viva, madura e desenvolvida, capaz de
perceber as dificuldades e superá-las. São muitos os mártires que deram e dão
testemunho claro dessa fé, cuja fecundidade se manifesta pela integridade da
vida, inclusive civil, na fidelidade à justiça e ao amor, especialmente em
relação aos pobres. A caridade fraterna entre os fiéis é a grande manifestação
da presença de Deus” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 21).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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