Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 767
Dia 28/05/2022 | Sexta
Semana da Páscoa | Sábado
Evangelho segundo
João (16,23-28)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A nós descei divina luz...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LOjQHOxmC4o)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 16,23-28
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este diálogo
catequético de Jesus com seus discípulos está literariamente situado no
contexto da ceia e do lava-pés
· O diálogo é precedido
pelo anúncio da paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como Guia, Defensor,
Pedagogo e Consolador
· Jesus afirma que os/as
discípulos que permanecem no seu amor e rezam no Espírito dispensam toda
espécie de intermediação
· Hoje, Jesus aborda a
questão da sua relação com o Pai, e, dentro dela, retoma o tema da oração dos
discípulos
· A adesão a Jesus abre o
caminho para a participação da vida plena que ele propõe, e essa condição deve
mudar também nossa oração
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Coloque-se em meio aos
discípulos, perturbados com o anúncio da oposição que sofreriam para continuar
a missão de Jesus
· Repita cada frase desta
fala de Jesus: Se vocês pedirem alguma coisa em meu nome, o Pai concederá;
Peçam e receberão; Naquele dia, vocês pedirão em meu nome; O próprio Pai ama
vocês...
· O que você costuma pedir
ao Pai em suas orações? Sua oração está focada no reino de Deus, ou em você
mesmo/a?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Procure apresentar-se
ao Pai, e pedir com insistência e confiança aquilo que é necessário para se
manter fiel no amor e no serviço
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como e onde podemos
encontrar um apoio para manter-nos fiéis ao caminho de Jesus, mesmo quando ele
parece ausente?
· De que modo podemos
consolar e apoiar outros cristãos que sofrem incompreensões e perseguições por
causa da fidelidade a Jesus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Antes da morte e ressurreição” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NaF4d5_W39)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Pistas sobre João 16,23-28
Estamos nos
aproximando do final do período pascal e, também, do capítulo 16 do evangelho
segundo João. No texto de hoje, Jesus não fala mais propriamente da sua paixão
e morte, nem das dificuldades que seus discípulos enfrentariam na missão. O
tema do diálogo é a relação entre o Pai e os discípulos. Jesus afirma que a
oração feita pelos discípulos e discípulas ao Pai, em seu nome, não cairá no
vazio e, no seu devido tempo, será atendida.
Jesus começa
falando num tom solene (“em verdade, em verdade, eu vos digo”), e afirma que
seus discípulos/as têm pleno acesso ao Pai, sem necessidade de nenhum
intermediário (templo, sacerdotes, levitas). O que ele quer é que seus
amados/as vivam uma felicidade completa e profunda. Quando um/a discípulo/a de
Jesus faz ao Pai um pedido no espírito/nome de Jesus, a resposta será
seguramente boa. O Pai concede tudo o que eles/as necessitam para viver.
Jesus vive com o
pai uma profunda “comunhão de interesses”, uma “comunhão de vontades”, de modo
que não existe um Deus severo, que amedronta os/as filhos/as, que precisam de
um mediador para levar suas necessidades a ele. Há um Deus que ama
profundamente seus filhos e filhas, e demonstra esse amor em seu Filho. O Pai
quer bem aos discípulos/as de Jesus, e os/as trata como amigos/as. Sua
onipotência e sua imutabilidade é onipotência e permanência no amor. Essa é a
base da nossa confiança e da nossa alegria.
A expressão
“naquele dia” se refere à experiência do Espírito, que faz com que os/as
discípulos/as peçam ao Pai apenas aquilo que é indispensável para que vivam
plenamente. É isso que significa pedir em nome dele. Quando pedimos ao Pai no
espírito de Jesus, pedimos a vinda do Reino de Deus, e não precisamos de
intermediários.
Finalmente, Jesus
resume seu itinerário: “Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do
mundo e vou para o Pai”. Sair do Pai é ser
enviado para realizar o seu projeto de vida. Ir ao pai significa deixar-se conduzir pelo seu Espírito,
força vital de Deus que leva à origem. E o itinerário de Jesus passa pela morte
em meio a outros crucificados, que é saída
e, ao mesmo tempo, volta.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Jesus levou uma vida de trabalhador, de acordo com a época e
os costumes da região em que nasceu. Na sua pregação, exigia que os filhos de
Deus se tratassem como irmãos. Na sua
oração, pediu que todos os seus discípulos fossem um. “Não existe
amor maior do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15, 13). Mandou os
apóstolos pregar a todos a mensagem evangélica, para que a humanidade se
tornasse como uma só família, em Deus, tendo por lei o amor” (Vaticano
II, Gaudium et Spes, § 32).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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