quarta-feira, 1 de junho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 772

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 772

Dia 02/06/2022 | Sétima semana da Páscoa | Quarta-feira

Evangelho segundo João (17,20-26)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se cantando: Eu te exaltarei...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=34NxjJKX5a4)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de João 17,20-26

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Este texto é a última parte da oração de Jesus pelos seus discípulos, e precede sua prisão, condenação e morte

·     Esta oração está ligada a tudo o que Jesus fez e disse depois da ceia, e um pedido que se realize a salvação pela sua entrega

·     Nela Jesus fala da união dos/as discípulos/as, da continuidade à qual ele se dedicou e daqueles/as que por eles virão a crer

·     Jesus derrama seu coração junto ao Pai, falando da sua comunhão visceral com ele e do grande apreço que tem pelos discípulos

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Situe-se junto de Jesus, compartilhe seus sentimentos e pensamentos, e entre com ele no espírito da oração

·     Perceba como ele pede, com serenidade e insistência, pelos/as discípulos/as – por nós! – que ainda viriam a aderir a ele

·     Identifique com clareza o que você, sua família e o povo de Deus mais necessitam hoje e faça seu os pedidos de Jesus

·     Como isso pode estimular e dirigir as relações ecumênicas?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você as palavras da derradeira oração de Jesus antes da sua entrega à paixão

·     Reze com as palavras de Jesus, sem esquecer as vítimas da pandemia e a semana de oração pela unidade dos cristãos

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Como a forma e o conteúdo dessa oração de Jesus pode instruir e orientar nossa oração pessoal e familiar?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite e reze com canção “Um hino ao Divino (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=B8xhmQ2yg0Q)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Apague a vela e conclua seu momento de oração

Pistas sobre João 17,20-26

Os versículos propostos para a nossa reflexão na liturgia de hoje são a parte final da chamada “oração sacerdotal” de Jesus, que representam suas últimas palavras antes da sua prisão, realizada com a ajuda de Judas, membro do grupo dos/as discípulos/as. Estando prestes a fazer a travessia da cruz e antevendo a fragilidade e a grandeza dos/as discípulos/as de todos os tempos, Jesus os recomenda ao Pai e pede por eles/as, por nós.

Jesus pede ao Pai tendo diante de si a humanidade inteira e a consciência de que sua missão está chegando ao ápice e ao fim. Ele alarga o horizonte da sua oração, e pede pelos/as futuros discípulos/as, seguro de que neles/as e por eles/as sua missão continuará. É nesta perspectiva que ele insiste na unidade radical, dinâmica e profunda de todos/as aqueles/as que acreditam nele. Esta unidade é o movente e a condição para que o mundo creia nele.

A unidade em torno da novidade e da ação de Jesus e seu Evangelho se baseia no conhecimento e na comunhão recíproca de discípulos/as, comunidades e Igrejas, que por sua vez, é fruto do amor incondicional (“como eu vos amei”). Essa unidade é condição para a união com Deus Pai e alternativa às relações de dominação ou indiferença. Sem essa unidade vivida na comunidade, o próprio Jesus Cristo será visto apenas como um sonhador ou teórico a mais.

A glória que Jesus nos revela e nos transmite não é outra coisa que o dinamismo do amor com que nos amou, prova de que ele foi enviado pelo Pai e força que nos torna filhos/as e irmãs/os. Contemplar essa glória significa reconhecer, acolher e corresponder ao amor que ele manifesta na cruz. O que brilha, o que dá “peso” e relevância, o que resplandece (=glória) é sempre o amor-doação.

Jesus manifesta seu desejo de que os/as discípulos/as estejam com ele, gozem com ele da vida plena e da filiação do Pai. Ele quer que, diante do Pai, sejamos como ele, gozemos com ele do mesmo amor com que o Pai o amou e vivamos em profunda união com ele e com todos/as os/as que nele creem. Ele mesmo se identifica conosco, vive uma união viva e dinâmica com a comunidade que reuniu.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

O mundo percebe intensamente sua unidade e a interdependência de uns para com os outros, exigindo ampla e universal solidariedade, mas, ao mesmo tempo, cava-se um abismo cada vez maior entre as forças que se combatem. Persistem as violentas oposições políticas, sociais, econômicas, raciais e ideológicas, e não está afastado o perigo de uma guerra, que destruiria o mundo.” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 4).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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