Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 779
Dia 09/06/2022 | X
Semana do Tempo Comum | Quinta-feira
Evangelho segundo
Mateus (5,20-26)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “O Senhor vai acendendo luzes...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lWUng2ouMHc)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 5,20-26
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Depois de apresentar o
caminho da felicidade duradoura, Jesus pede aos seus seguidores/as uma justiça
superior à dos fariseus
· O primeiro de uma série
de exemplos dessa justiça Jesus a dá no trecho de hoje: não matar é apenas o
começo, e o mínimo
· A raiva e o insulto
precedem e preparam o homicídio, pois não considera a dignidade e a honra do
outro, do diferente
· Na comunidade e na
sociedade, a fraternidade e a reconciliação são mais importantes que as
doutrinas, ritos e devoções
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Leia atentamente,
palavra por palavra, este ensino de Jesus sobre as relações respeitosas e
fraternas, e a reconciliação
· Que impacto tem sobre
você e seu pensamento este ensino de Jesus: não é suficiente não matar, é
preciso evitar a raiva e o insulto?
· Quais são as
consequências do conselho de interromper o culto e as ofertas para primeiro se
reconciliar com quem prejudicamos?
· Como você, sua família
e sua comunidade podem exercitar este precioso ensinamento de Jesus?
· Com quem você precisa
se reconciliar hoje, por que você ofendeu ou porque sentiu-se ofendido/a?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Fale a Jesus com
sinceridade sobre as raivas e ressentimentos que subsistem no seu interior e
impedem uma justiça mais plena
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Que precauções
precisamos tomar, como indivíduos, como famílias e como Igreja para não voltar
a supervalorizar os cultos e ritos em detrimento das relações fraternas?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a Oração de São Francisco (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qc3Tp-OrUGI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Breves notas sobre Mateus 5,20-26
Depois de propor
o caminho da felicidade plena e duradoura, Jesus sublinha que este caminho
requer a vivência de uma justiça maior que a justiça dos escribas e fariseus. E
dá uma série de exemplos, dos quais o texto de hoje nos apresenta o primeiro.
Jesus parte das Escrituras Sagradas, mas não se detém na simples afirmação da
lei. Para ele, a Escritura tem por fim assegurar a proteção social dos
vulneráveis e a harmonia no interior da comunidade.
Nesta
perspectiva, Jesus reinterpreta o 5º mandamento e Moisés, ciente de que o
homicídio começa bem antes do ato concreto, e tem suas raízes na falta de
respeito à dignidade de quem é diferente de nós, configurada na raiva e no
insulto. Não matar não é o máximo, mas o mínimo da justiça. A fraternidade sem
fronteiras e a reconciliação sempre renovada são exigências incontornáveis do
Evangelho do Reino, e os/as discípulos/as não podem ignorar isso.
A justiça maior
que aquela ostentada pelos fariseus se expressa na vivência da fraternidade e
da reconciliação, ou seja: agindo de tal forma que o diferente viva dignamente.
Isso é tão importante e decisivo que Jesus ensina que a nossa comunhão com Deus
depende da reconciliação com as pessoas e grupos que divergem de nós, e até dos
que nos perseguem. A atitude de pacificação e reconciliação é mais importante
que a ortodoxia doutrinal e o culto divino!
É claro que Jesus
não recomenda fazer um momento de parada durante a celebração ou antes da
apresentação das oferendas. Ele usa uma imagem forte para reforçar a absoluta
importância de cultivar, manter e reatar os vínculos que, tanto do ponto de
vista humano como religioso, nos unem ao próximo. E não se trata apenas de
constatar que ofendemos alguém e que isso nos pesa na consciência, mas de
verificar se nós mesmos agimos mal e provocamos dano e ressentimento nos
outros.
O próximo, sendo
diferente, e até mesmo divergente de nós, é um dom, um presente, um desafio
permanente à nossa integridade e coerência. Relacionar-se fraternalmente com
ele jamais será um peso, mas deve ser sempre uma grande alegria.
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“A solidariedade tende a superar-se a si mesma, a revestir as
dimensões especificamente cristãs da
gratuidade total, do perdão e da reconciliação. O próximo não é só um ser humano com os seus direitos e a sua
igualdade fundamental, mas torna-se a imagem viva de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Jesus
Cristo e tornada um objeto da ação permanente do Espírito Santo. Por isso, ele
deve ser amado, ainda que seja inimigo, com o mesmo amor com que o ama o Senhor;
e é preciso estarmos dispostos ao sacrifício por ele, a dar a vida pelos
próprios irmãos” (João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 40).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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