Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 784
Dia 14/06/2022 | XI
Semana do Tempo Comum | Terça-feira
Evangelho segundo
Mateus (5,43-48)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “O Senhor vai acendendo luzes...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lWUng2ouMHc)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 5,43-48
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este texto está situado
no conjunto de exemplos de releitura e consumação da Lei e dos costumes que
Jesus dá aos discípulos/as
· Do/a discípulo/a se
espera que seja capaz de estender seu apreço e seu amor para além dos estreitos
círculos de sangue ou de nação
· O parâmetro do amor é o
próprio Deus, que age em favor dos seus filhos e filhas não porque eles sejam
bons, mas porque Ele é bom
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Deixe ressoar em você
este ensino inovador que Jesus viveu em primeira pessoa: não pagar com a mesma
moeda, não ser uma pessoa reativa, mas inovadora, revolucionária
· Recorde cenas e
acontecimentos da vida de Jesus que demonstram que ele viveu isso que ensina
aos seus discípulos
· O que significa hoje
oferecer a outra face, dar o manto a quem quer se apropriar da túnica, andar o
dobro daquilo que nos impõem?
· Como poderíamos
praticar o princípio ensinado por Jesus nas relações violentas que infestam
hoje as redes sociais, especialmente quando o assunto é política nacional e
Papa Francisco?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Visualize as pessoas
que você considera inimigas, ou com as quais você não quer estabelecer nenhuma
relação
· Imagine como Deus quer
que elas sejam, como ele quer que você se relacione com elas, e peça ao Pai que
essa mudança aconteça
· Peça a Deus um coração
generoso e universal, como o dele
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Quem você considera
hoje seu inimigo e inimigo do seu povo? Como tratar essas pessoas
evangelicamente, como Jesus Cristo nos pede?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a Oração de São Francisco (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qc3Tp-OrUGI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 5,43-48
A parte do
evangelho de Mateus que conhecemos como “sermão da montanha” é uma espécie de
iniciação dos/as discípulos/as à novidade do Reino de Deus inaugurada e vivida
Jesus. Se é verdade que Jesus não quer simplesmente descartar a Lei e os
costumes do judaísmo, também não há dúvidas de que ele opera uma mudança
substancial, e se apresenta como seu intérprete e consumador.
Hoje temos o sexto exemplo de
releitura da Lei exercitada por Jesus: o mandamento do amor ao próximo. Para a
tradição judaica, originalmente faziam parte do conceito de “próximo” os
familiares de sangue e de casa, os membros do judaísmo, mas se estendia também,
ao menos em parte, aos doentes, aos pobres e aos estrangeiros. No tempo de
Jesus, na prática este círculo era bem mais estreito. Por outro lado, do grupo
dos “inimigos” faziam parte os oponentes pessoais, os adversários nacionais, os
estrangeiros e infiéis, mas também gente da própria casa, quando se comportava
de modo considerado imoral ou inaceitável.
Para Jesus está muito claro que
Deus não orienta sua relação conosco pelos parâmetros do gênero, da aparência,
da riqueza, da condição social ou religiosa, do sangue ou da nação. O Reino,
porque é de Deus e porque Deus é bom, não separa nem opõe bons e maus. Todos/as
somos pecadores/as necessitados/as da misericórdia do Pai. Por isso, Jesus pede
e espera de seus discípulos/as a disposição de amar até os inimigos e de rezar
pelos que os/as perseguem. É assim que manifestaremos que somos filhos/as de
Deus.
Mas é também claro que amar não é
a mesma coisa que ser gentil ou ter bons sentimentos. Amar é reconhecer e
afirmar, por decisão e por ação, a dignidade de cada pessoa, para além da sua
condição humana, social ou moral. E o amor, por sua própria natureza, não é da
parte dos sentimentos, mas da ordem da vontade, das decisões. Ninguém ama por
instinto, por sentimento ou por natureza, mas por decisão e compromisso. A
medida do amor é amar sem medida, pois o amor calculado e mensurável não passa
de egoísmo e de acordo de cavalheiros. Atenção, pois, no uso desse verbo!
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“À luz da fé, a solidariedade tende a superar-se a si mesma, a revestir
as dimensões especificamente
cristãs da gratuidade total, do perdão e da reconciliação. O
próximo não é só um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade
fundamental em relação a todos os demais; mas torna-se a imagem viva de Deus Pai,
resgatada pelo sangue de Jesus Cristo e tornada objeto da ação permanente do
Espírito Santo. Por isso, ele deve ser amado, ainda que seja inimigo,
com o mesmo amor com que o ama o Senhor” (João
Paulo II, Sollicitudo rei socialis,
§ 40).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário