Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 787
Dia 17/06/2022 | XI
Semana do Tempo Comum | Sexta-feira
Evangelho segundo
Mateus (6,19-23)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “O Senhor vai acendendo luzes...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lWUng2ouMHc)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 6,19-23
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este texto está situado
no conjunto maior que conhecemos como “sermão da montanha”, que condensa o
ensino geral de Jesus
· Jesus se dirige a
todos/as os/as seus ouvintes, mas sua atenção se volta prioritariamente à
formação dos/as discípulos/as
· Depois de dar exemplos
de como praticar uma justiça maior que a dos fariseus, no texto de hoje Jesus
fala da cobiça
· É uma advertência sobre
os desejos profundos, prioridades ou projetos que mobilizam nossas forças e dão
sentido à nossa vida
· Os tesouros do reino de
Deus (compaixão, partilha, fraternidade, confiança) são indestrutíveis,
enquanto que a prosperidade, o sucesso, a competição e o acúmulo são sempre
precários e instáveis
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Quais são os valores
que “brilham aos nossos olhos”, que mobilizam e potencializam nossas energias e
nossas buscas?
· O quanto nossos olhos
brilham com a emancipação das pessoas, o crescimento humano, a igualdade de
todos, a justiça social?
· Como entender que a
busca da prosperidade a qualquer custo tenha ocupado o lugar do amor e da
justiça em muitas pregações?
· Que pedidos ou súplicas
costumam ocupar os primeiros lugares nas “listas de desejos” que diariamente
apresentamos a Deus?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Recite a oração do Pai
Nosso, dando ênfase e conteúdo concreto e atual a cada afirmação e a cada
pedido que dirigimos ao Pai
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como ajudar nossas
comunidades e nossas famílias na educação permanente na ética social e
espiritual do Evangelho?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a Oração de São Francisco (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qc3Tp-OrUGI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 6,19-23
A parte do
evangelho de Mateus que conhecemos como “sermão da montanha” é uma iniciação
dos/as discípulos/as à novidade do Reino de Deus vivida e proposta por Jesus.
Depois de dar exemplos de uma nova interpretação da antiga lei, e depois de
falar criticamente das práticas de piedade (esmola, oração e jejum), Jesus
adverte seus discípulos/as sobre os compromissos do coração, ou seja, sobre a
opção fundamental da nossa vida.
A seção que começamos hoje, e que
vai até o fim do capítulo 6, adverte os/as discípulos/as e demais ouvintes
sobre a insensatez e a imprudência da cobiça e do acúmulo de bens. Os “tesouros
na terra” são os bens, a prosperidade, o consumo desmedido, a competição, o
sucesso. São coisas instáveis cuja posse nunca está garantida, coisas sem valor
verdadeiro, sempre sujeitas à deterioração. Tratar isso como essencial equivale
a negligenciar a vontade de Deus.
Jesus propõe a busca de “tesouros
no céu”, que são os valores do Reino de Deus: a misericórdia, o amor, a
compaixão, a partilha solidária, a fraternidade como bens maiores. Sobre isso
Jesus já falara nos trechos anteriores (bem-aventuranças, superação das leis
mesquinhas, radicalização do amor ao próximo, amor aos inimigos, etc.).
Trata-se então de ter isso como desejo sincero, preponderante, profundo e
permanente.
Jesus ilustra a diferença entre
estes dois projetos de vida com a metáfora do olho. Na cultura do povo e do
tempo de Jesus, os olhos eram considerados faróis que projetam para fora a luz
que vem de dentro. Se nossos olhos faíscam cobiça, são faróis queimados, que só
projetam escuridão doentia, e tornam nossa vida algo tenebroso. Se nossos olhos
estão fixos no reino de Deus, projetam luz clara, suave e benfazeja, e nossa
vida é luminosa.
O enfoque sincero e profundo no
reino de Deus significa: para os ricos, ruptura com a cobiça, renúncia à
acumulação, partilha solidária; para os pobres, confiança profunda em Deus, que
cuida de nós como o faz um pai, cooperação solidária com os/as iguais, e
superação da tentação de imitar os ricos.
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“Hoje sabe-se que a mera acumulação de
bens e de serviços não basta para realizar a felicidade humana, e que a
disponibilidade dos múltiplos benefícios
reais, trazidos nos últimos tempos pela ciência e pela técnica,
incluindo a informática, não comporta a libertação de toda e qualquer forma de
escravidão. A experiência demonstra que se toda a massa dos recursos e
das potencialidades postos à disposição do homem não for regida por uma intenção
moral e por uma orientação no sentido do verdadeiro bem do gênero
humano, ela volta-se facilmente contra ele para o oprimir” (João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 28).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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