Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 776
Dia 06/06/2022 | Segunda
| Memória de Maria, Mãe da Igreja
Evangelho segundo
João (19,25-34)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Ensina, Maria, tua gente a escutar!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-bCavoGjNyM)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 19,25-34
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este texto é escolhido
em vista da memória de Maria, Mãe da Igreja, celebrada hoje, na segunda-feira
que se segue ao Pentecostes
· A cena faz parte da
narração da paixão e morte de Jesus, a Hora para a qual ele veio e para a qual
ele se preparou longamente
· Enquanto a maioria
absoluta dos discípulos abandona Jesus, um pequeno grupo de discípulos
permanece próximo e fiel
· Entregando sua mãe como
mãe da comunidade, e digerindo o ódio (vinagre) dos seus opositores, Jesus
consuma sua humanidade
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Situe-se no Calvário,
aos pés da cruz, com Jesus, sua mãe, Maria Madalena e o discípulo amigo e fiel
· Permita que ressoem em
você as densas e ternas palavras de Jesus: “Este é teu filho! Esta é tua mãe!
Tenho sede! Tudo está consumado!”
· Acolha Maria como a mãe
querida que Jesus partilha conosco e pede que levemos para nossa casa
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Acolha confiante e
agradecido/a o dom que Jesus faz aos discípulos/as que se mantém no seu caminho
· Confie-se nas mãos de
Maria, e aprenda dela, primeira discípula de Jesus e mãe da comunidade dos/as
discípulos/as
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· No início da missão de
Jesus, sua mãe pediu que façamos tudo o que ele nos mandar; aos pés da cruz,
Jesus pede que ela cuide de nós como a filhos/as, entrega ela a nós como mãe da
Igreja: o que isso significa, e quais são as consequências para nossas
comunidades eclesiais?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante: Ave, Maria! Ave, Maria! Ave, Maria! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=DxLW6ISHXGQ)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Pistas sobre João 19,25-34
Com a solenidade de Pentecostes havíamos concluído
nosso caminho com o Evangelho de João. Mas hoje, em vista da memória litúrgica
de “Maria, mãe da Igreja”, continuamos com ele. Esta memória nos sugere uma
interpretação mariana dessa cena localizada no relato da paixão e morte de
Jesus.
Segundo João, no momento da paixão no Calvário, a
mãe de Jesus, Maria Madalena e o discípulo amado estão de pé, diante da cruz de
Jesus. Jesus os vê, e faz uma dupla declaração, que é também um duplo pedido:
“Mulher, este é teu filho!” “Esta é tua mãe!” No alto do calvário, diante da
expressão máxima do amor de Deus por nós, Jesus nos entrega Maria como mãe
dos/as que creem, mãe da Igreja. E nos convida a levá-la conosco, como a
discípula primeira e fiel. Nasce aqui uma Nova Família, semente de uma Nova
Humanidade.
É interessante notar que o texto original não fala
da “mãe de Jesus”. O evangelista a apresenta apenas como “mãe”. Ela representa
o antigo Povo de Deus, do qual procede Jesus e a primeira comunidade de
discípulos/as. Ela é convidada a fazer a passagem, reconhecendo e aceitando o
Novo Povo de Deus nascido da nova aliança. E o discípulo amado, que representa
o discipulado fiel e perseverante, é convidado a reconhecer suas raízes e a
protegê-las.
Na sequência, Jesus diz que tem sede. É um novo
pedido de acolhida. Os representantes do judaísmo não têm água, nem vinho
(amor, acolhida), mas somente vinagre (ódio). Aceitando, sem revidar, mais este
gesto de fechamento e violência, Jesus pode dizer que consumou a demonstração
do amor do Pai pelo mundo e, em si mesmo, arrematou ou deu o toque final à criação
do Homem e da Mulher Novos, iniciada no Gênesis.
Do corte que o soldado faz no corpo de Jesus com
sua espada escorre sangue (o amor generoso e fecundo) e água (o Espírito que
gera a Igreja). Isso não nos vem de Maria, mas do Filho que ela entrega a nós
como Mãe. Neste sentido, ela é mãe da comunidade dos/as discípulos/as, mãe
dos/as crentes. É isso se revela na sua presença no cenáculo, no dia de
pentecostes.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e
esperança
“O cristão recebeu as primícias
do Espírito, tornando-se capaz de cumprir a nova lei do amor. Pelo
Espírito, que é penhor da herança,
o homem interior se renova completamente, até a redenção do corpo: “Se
o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vocês, aquele que
ressuscitou Cristo dos mortos dará a vida também para os corpos mortais de
vocês, por meio do seu Espírito que habita em vocês” (Rm 8, 11)” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 22).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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