Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 783
Dia 13/06/2022 | XI
Semana do Tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo
Mateus (5,38-42)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A Palavra de Deus vai chegando, vai” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lWUng2ouMHc)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 5,38-42
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este texto está situado
no conjunto de exemplos de releitura e consumação da Lei e dos costumes que
Jesus dá aos discípulos/as
· Espera-se que os
discípulos/as de Jesus sejam capazes de não reagir na mesma moeda, de romper
com o ciclo de violência
· Aqueles/as que seguem
Jesus precisam superar a lei da retribuição em igual medida pela gratuidade,
por um estilo de vida alternativo
· O princípio que diz
“bateu, levou” não tem nada a ver com Jesus e com o seu Evangelho, é justiça
pequena e medíocre
· É próprio dos/as
seguidores/as de Jesus Cristo tomar a iniciativa e dar o primeiro passo na
superação da espiral da violência
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Deixe ressoar em você
este ensino inovador de Jesus, que ele viveu em primeira pessoa: não pagar com
a mesma moeda, não ser uma pessoa reativa, mas inovadora, revolucionária
· Recorde cenas e
acontecimentos da vida de Jesus que demonstram que ele viveu isso que ensina
aos seus discípulos
· O que significa hoje
oferecer a outra face, dar o manto a quem quer se apropriar da túnica, andar o
dobro daquilo que nos impõem?
· Como poderíamos
praticar o princípio ensinado por Jesus nas relações violentas que infestam
hoje as redes sociais, especialmente quando o assunto é política nacional?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça a Jesus a
serenidade e a mansidão para não revidar com a mesma prática o desprezo ou a
violência que você venha a sofrer
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como reeducar os
cristãos de nossas comunidades numa prática alternativa à que predomina na
sociedade?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a Oração de São Francisco (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qc3Tp-OrUGI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Breves notas sobre Mateus 5,38-42
No sermão da
montanha, que é um curso de iniciação dos/as discípulos/as ao Evangelho do
Reino de Deus, Jesus se apresenta como o intérprete e consumador da lei e dos
costumes do judaísmo. Hoje nos deteremos no quinto exemplo de releitura da Lei
que, como Mestre que ensina com autoridade e ousadia, Jesus desenvolve nós.
A vingança, que nasce no ventre
do medo, parece fazer parte da condição humana e da história das sociedades. O
judaísmo quis limitar este princípio ao “olho por olho e dente por dente”.
“Bateu, levou!”, dizemos hoje. E isso já representou um avanço diante da
violência ilimitada que a vingança atraía. Mas Jesus pede aos seus discípulos e
discípulas muito mais que isso. Ele pede que quebremos o círculo da violência, que
passemos da simples reação à violência sofrida à iniciativa e à gratuidade.
“Não enfrenteis quem é malvado (com a mesma prática)!”
Jesus dá alguns exemplos de como podemos
fazer isso na prática. Num contexto em que o tapa no rosto era um insulto e uma
violência física de uma pessoa superior sobre outra tratada como inferior,
oferecer a outra face a quem bate é expressão de dignidade e superioridade, de
capacidade de iniciativa, de não-violência ativa. Isso jamais pode ser visto
como sinal de fraqueza e submissão.
Num ambiente no qual era comum um
proprietário rico penhorar judicialmente a túnica de um pobre endividado,
entregar também o manto, ou seja, todas as vestes, era uma forma de expor a
humanidade nua que iguala a todos os seres humanos, um jeito de protestar e de
desmascarar a violência dos prepotentes.
Num contexto em que os soldados
romanos, que garantiam com violência a ocupação colonialista, obrigavam o povo
nativo a caminhar com eles e carregar as armas que serviam para intimidá-los,
caminhar o dobro do que lhes era imposto significa não entrar no jogo dos
opressores, tomar a iniciativa e ser mais digno que eles.
Não há qualquer sombra de
dúvidas! O ensinamento de Jesus não tem nada de submissão, e tudo de
alternativo, de maturidade humana, de uma nova ética.
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“As estruturas de pecado e os pecados que nelas vão convergir opõem-se
com igual radicalidade
à paz e ao desenvolvimento, porque o desenvolvimento
é o novo nome da paz. A solidariedade é caminho para a paz e, ao mesmo tempo, para o desenvolvimento,
pois a paz do mundo é inconcebível se não se chegar ao reconhecimento de que
a interdependência exige
a superação da política dos blocos, a renúncia a todas as formas de
imperialismo econômico, militar ou político, e a transformação da recíproca
desconfiança em colaboração” (João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 39).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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