Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 777
Dia 07/06/2022 | X
Semana do Tempo Comum | Terça-feira
Evangelho segundo
Mateus (5,13-16)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Ensina, Maria, tua gente a escutar!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-bCavoGjNyM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 5,13-16
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Estamos no início da
missão de Jesus, e ele está empenhado na formação dos discípulos no caminho do
Reino de Deus
· Nas bem-aventuranças,
Jesus traçou o horizonte da vida de quem deseja segui-lo: a vida feliz e
bem-aventurada do reino de Deus
· Hoje Jesus recorre às
metáforas do sal e da luz para ilustrar o estilo de vida e a identidade
missionária dessa comunidade-semente
· Jesus se dirige aos
seus discípulos e discípulas, e a condição de sal e luz depende de que vivam o
estilo de vida vivido e ensinado por ele
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Situe-se na cena,
próximo/a a Jesus, sem dar as costas à multidão que busca nele um caminho para
uma vida mais digna e humana
· Acolha e deixe ressoar
em você a imagem do sal (modo de ser no mundo) e da luz (missão do discípulo/a
missionário/a de Jesus)
· O sal misturado à
comida perde a visibilidade, mas todos percebem se está ou não presente: o que
isso nos ajuda a entender?
· A luz não brilha para
si mesma, mas para que vejamos as pessoas e coisas ao nosso redor: o que isso
nos ensina sobre a vida cristã?
· Qual é a qualidade do
sal e a intensidade da luz que nossas comunidades cristãs estão demonstrando
nestes tempos difíceis?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Fale com Jesus, e peça
dele a graça da encarnação despojada e gratuita (sal) e do testemunho corajoso
e perseverante (luz)
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Que passos nossas
Igrejas, especialmente as comunidades, precisam dar para ser comunidades vivas
e missionárias, mesmo que por isso sejam consideradas periféricas e marginais?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante: Ave, Maria! Ave, Maria! Ave, Maria! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=DxLW6ISHXGQ)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Breves notas sobre Mateus 5,13-16
Não esqueçamos o ponto de partida deste breve e
intenso texto do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: os quatro versículos
de hoje são a sequência das bem-aventuranças, e fazem parte de uma espécie de
apresentação da novidade de Jesus: Ele não é um pregador e mestre ao estilo dos
doutores da Lei, e não veio impor um receituário moral a ser praticado
minuciosamente.
Nestes breves versículos, Jesus retoma o tom
direto, e fala aos discípulos/as: “Vocês
são o sal da terra! Vocês são
a luz do mundo!” Ele fala aos mesmos interlocutores das últimas
bem-aventuranças: “Felizes vocês,
quando por minha causa os insultarem e perseguirem...” Está claro que estes
discípulos/as são sal da terra e luz do mundo na medida em que forem
misericordiosos, íntegros, pacificadores e promotores da justiça.
A comunidade que se reúne em torno de Jesus e segue
seus passos não é um grupo fanático, separado e fechado. Quando Jesus diz que
somos sal, está enfatizando
nossa inserção no mundo, nosso engajamento pelo bem-estar das pessoas e povos,
nosso trabalho para que os projetos e instituições não se degradem ou se corrompam.
Ai de nós se esquecermos isso! Não podemos esperar outro destino que não seja
ser pisoteados, ser objeto de desprezo.
A comunidade que nasce da novidade do Reino e do
chamado de Jesus não pode ser uma instituição autorreferencial, não pode viver em
função de si mesma. Quando Jesus diz que somos luz do mundo, está pedindo que vivamos em missão, que
irradiemos o brilho do Reino de Deus em nossas relações, que a identidade e a
missão que pertencia ao povo de Israel passa a pertencer ao novo povo de Deus, a
este povo-semente do qual somos parte.
Uma comunidade que é sal da terra e luz do mundo será
sempre uma comunidade-semente, minoritária e marginal. Mas terá a força e a
vocação de tornar visível a novidade do Reino de Deus na história. Nem mais e
nem menos que isso. Que seja apenas isso, mas seja sempre. Esta é a nossa
grandeza, a nossa glória, a nossa vocação. E não precisamos de outras.
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“Não querendo entrar na análise estatística, bastará olhar para a
realidade de uma multidão
inumerável de homens e de mulheres, crianças, adultos e anciãos, de
pessoas humanas concretas e irrepetíveis, que sofrem sob o peso intolerável da
miséria. O número daqueles que não têm esperança, pelo fato de que, em muitas
regiões da terra, a sua situação se agravou sensivelmente, são milhões e
milhões. Perante estes dramas de total indigência e necessidade, em que
vivem tantos dos nossos irmãos e
irmãs, é o próprio Senhor Jesus que vem interpelar-nos” (João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 13).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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