Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 799
Dia 30/06/2022 | XIII
Semana do Tempo Comum | Quinta-feira
Evangelho segundo
Mateus (9,1-8)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A comunidade se levanta e canta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=626ZWUm3qpg)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 9,1-8
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus deixa o
território “pagão” dos gadarenos e volta a Cafarnaum, na sua amada e conhecida
Galileia
· Um paralítico é levado
à presença de Jesus, na casa que compartilhava com seus discípulos mais
próximos
· Jesus fica
sensibilizado pela demonstração de fé ativa, chama um excluído de “filho” e o
devolve são e salvo aos seus
· Os mestres da lei
defendem a ortodoxia e acusam Jesus de desonrar e usurpar o poder de Deus (que
eles pretendem controlar)
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Contemple a cena passo
a passo, palavra por palavra, gesto por gesto, e deixe-se envolver nela
· O que o gesto e as
palavras de Jesus significam para você, na situação de distanciamento social,
medo e prostração que vivemos?
· Quais são as pessoas em
dificuldade que você ajudou a “carregar” até Jesus para que possam reencontrar
a vida?
· Quem são as pessoas que
continuam conduzindo você a um encontro vivo e revitalizador com Jesus?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Deixe ressoar em seus
lábios as palavras agradecidas das pessoas que encontram em Jesus Cristo uma
nova força para viver
· Peça ao Pai que conceda
também às pessoas de hoje a força do Evangelho para resgatar a dignidade humana
perdida ou negada
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como evitar que também
hoje alguns agentes da Igreja caiam na tentação de querer controlar e limitar a
ação de Deus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a “Vem, eu mostrarei...” (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=lV1mSM4aOnMhw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 9,1-8
Jesus volta à Galileia e à sua cidade, depois de
uma breve incursão humanitária e missionária em território pagão, onde sua ação
emancipadora foi mal recebida pela população, que preferiu ficar com as
migalhas de segurança do império romano a fazer a travessia para a liberdade e
a autonomia. Também ali, em sua terra e entre os seus, sua ação libertária
causa desconforto. Entende-se, por isso, que ele seja seguido de perto e
vigiado pelos mestres da lei.
Eis que um homem paralítico e, por isso, em
situação de marginalização social e religiosa, é levado por seus familiares e
vizinhos à presença de Jesus. Para tanto, seus próximos superam diversas
barreiras e, no incansável empenho deles, Jesus reconhece o dinamismo da fé que
os move, acolhe com ternura o paralítico chamando-o de filho. Como Jesus
conhece a estreita relação que a cultura estabelece entre enfermidade e pecado,
começa removendo ou perdoando o pecado, e conclui mandando que ele se levante e
caminhe sobre os próprios pés, emancipado e autônomo.
Os representantes da elite religiosa, que se
manifesta pela primeira vez no pensamento e no protesto dos mestres da lei,
acusa Jesus de estar usurpando o poder de Deus e, por isso, blasfemando. Eles
se consideram os únicos intérpretes autorizados da lei e defensores exemplares
da ortodoxia. Como leu o que motivou a ação das pessoas que levaram o
paralítico até ele, Jesus também leu os pensamentos dos seus opositores, e os
acusa de pensar e tramar o mal, de estarem, com essa atitude, se afastando da
vontade de Deus.
Como enviado e comissionado pelo Pai, Jesus não
reivindica para si mesmo os créditos do perdão e da cura. Ele passa do perdão –
ação interior, cujos frutos não são visíveis – à cura, que é o lado visível da
mesma ação. O evangelista diz que, diante do que viu, o povo ficou com medo
(temor ou trepidação frente a um claro sinal da presença de Deus) e glorificou a
Deus por ter dado tal poder a Jesus e aos seus discípulos (“aos homens”). É
claro que nessa nota de Mateus, ressoa também a experiência já consolidada da
comunidade cristã, que, décadas depois, continua fazendo o que aprendeu de
Jesus.
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“À abundância de bens e de serviços disponíveis no Norte desenvolvido,
corresponde um inadmissível atraso no Sul; e é precisamente nesta faixa
geopolítica que vive a maior parte do gênero humano. Quando se repara na gama
dos diversos setores — produção e distribuição dos víveres, higiene, saúde e
habitação, disponibilidade de água potável, condições de trabalho,
especialmente feminino, duração da vida e outros índices económicos e sociais —
o
quadro, no seu conjunto, apresenta- se desolador. A palavra «fosso» volta
espontaneamente aos lábios” (João
Paulo II, Sollicitudo rei socialis,
§ 14).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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