Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 792
Dia 20/06/2022 | XII
Semana do Tempo Comum | Quarta-feira
Evangelho segundo
Mateus (7,15-20)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Pela Palavra de Deus saberemos por onde
andar...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=z-xuR6RsTaw)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 7,15-20
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus continua a
formação dos/as discípulos/as no caminho do Reino e nos apresentando sua “regra
de ouro”
· Ele nos advertiu que
não são muitas as pessoas dispostas e focar a vida no outro, a fazer o bem sem
esperar retorno
· Hoje ele nos adverte
sobre as ideologias e propostas religiosas doces e fascinantes, mas que têm
pouco a ver com Jesus
· A autenticidade da
nossa vida cristã é averiguada pelo testemunho, pelos frutos que produzimos,
pelas ações que realizamos
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
·
Escute
a palavra firme de Jesus, acolha o questionamento que ele dirige às lideranças
evasivas, superficiais e interesseiras
· Acolha essa advertência
de Jesus aplicando-a às lideranças eclesiais e políticas, mas também a você
mesmo/a
· Que frutos as
lideranças eclesiais, sociais e políticas que despontam ou se impõem estão
produzindo neste amargo momento do Brasil?
· Aplicando o princípio “é
pelos frutos que nós conhecemos a um líder”, o que podemos dizer das nossas
lideranças?
· Em que medida também
nós – pais, mães, catequistas, padres, – nos apresentamos como ovelhas mas
atuamos como lobos?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Agradeça a Jesus seu
testemunho de liderança solidária e benfazeja, e peça a ele a graça de cumprir
sua missão com bondade e gratuidade
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como escolher e formar
líderes cristãos que se inspirem em Jesus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a “Catalogaram Jesus” (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=2Od8Hep_whw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 7,15-20
Continuamos frequentando as lições de Jesus, Mestre
da vida, para avançar na nossa formação como discípulos/as missionários/as.
Depois de nos convidar a meditar sobre a regra de ouro, que mede a avalia todas
as nossas relações (fazer aos outros o que desejamos que eles façam a nós),
Jesus nos adverte em relação aos líderes que se apresentam como profetas e
guias, mas vivem de um modo que tem pouco a ver com o Evangelho do Reino de
Deus.
Ao que parece, a
advertência de Jesus se dirige tanto aos dirigentes do judaísmo como a algumas
lideranças cristãs que se comportam de modo ambíguo. Jesus não deixa fora desse
“puxão de orelha” o amplo leque dos discípulos/as missionários/as que se reúnem
em torno dele. Quanto a algumas pessoas que exercem liderança ignorando o
caminho do serviço e da gratuidade, a crítica de Jesus é contundente: elas se
aproximam dos cristãos como ovelhas, como gente mansa e necessitada, mas por
dentro são lobos perigosos.
A este respeito,
Jesus propõe um princípio que pode ajudar as comunidades a identificar e
desmascarar estes falsos profetas: todas as pessoas, inclusive as lideranças,
se revelam nas ações que produzem, nos frutos da ação que desenvolvem, como os
figos remetem à figueira, e as uvas à parreira. “Uma árvore boa não produz
frutos ruins, e uma árvore ruim não produz frutos bons”, sentencia Jesus. Não
colhemos manga nos espinheiros...
Considerando
aquilo que Jesus ensinara nas lições precedentes, pode-se concluir com
segurança que ele não se refere aos frutos do cumprimento simples, minucioso e
inflexível das leis e mandamentos, da moral e da doutrina, mas de uma justiça
maior que aquela que os fariseus ostentam: trata-se da compaixão e a
misericórdia tal como a viveu José em relação a Maria, e Jesus demonstra em
relação aos doentes e excluídos.
Assim, os/as
discípulos/as revelam quem é seu mestre e guia pela prática da justiça e da
misericórdia, pela partilha dos bens e pela sede de justiça, pela busca
prioritária do Reino de Deus, pelo amor a um só Senhor. O nome e os símbolos
que usamos dizem pouco...
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“A opção ou
amor preferencial pelos pobres é uma forma especial de primado na
prática da caridade cristã. Ela
concerne à vida de cada cristão, enquanto deve ser imitação da vida de Cristo,
e aplica-se também às nossas responsabilidades
sociais. Hoje este amor preferencial não pode deixar de
abranger as imensas multidões de famintos, de mendigos, sem-teto, sem
assistência médica e, sobretudo, sem esperança de um futuro melhor. Ignorá-las
significaria tornar-nos como aquele rico que fingia não conhecer o pobre Lázaro,
que jazia ao seu portão” (João Paulo II, Sollicitudo rei
socialis, § 42).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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