Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 791
Dia 20/06/2022 | XII
Semana do Tempo Comum | Terça-feira
Evangelho segundo
Mateus (7,6.12-14)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Pela Palavra de Deus saberemos por onde
andar...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=z-xuR6RsTaw)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 7,6.12-14
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus continua a
formação dos/as discípulos/as e nos apresenta hoje aquilo que costumamos chamar
de “regra de ouro”
· Ele nos adverte que
poucas pessoas dispostas e focar a vida no outro, de tomar a iniciativa, de
fazer o bem sem esperar retorno
· Por isso ele fala de
estrada estreita e porta apertada, mas sem se referir a rigorosas leis e
preceitos morais ou rituais
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Deixe ressoar em você
cada palavra e cada frase dessa lição sobre a regra de ouro que deve inspirar
nossas relações
· Detenha-se na imagem da
estrada e da porta, e tente compreender seu sentido à luz do Evangelho vivido e
anunciado por Jesus
· Também você tende às
vezes a fazer o bem focado prioritariamente na expectativa da retribuição, do
aplauso e do reconhecimento?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Apresente a Jesus suas
dificuldades de ser gratuito/a, de amar e servir a fundo perdido, sem cobrar
dividendos
· Peça a Jesus a graça de
manter-se fiel ao caminho que ele traçou e trilhou, o caminho estreito e a
porta apertada que levam à vida
· Peça também pela sua
família e sua comunidade, para que não cedam facilmente à comodidade e às
facilidades que seduzem, prometendo tudo, menos uma Vida que mereça esse nome
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Identifique os
resquícios de “relações comerciais” que permanecem em você e sua família, e
estabeleça um caninho para superá-las
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a “Catalogaram Jesus” (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=2Od8Hep_whw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 7,6.12-14
Continuamos frequentando as lições de
Jesus, Mestre da vida, para que possamos avançar na nossa formação como
discípulos/as missionários/as. Para hoje, a Igreja nos propõe um versículo (v.
6) que parece mais ligado ao trecho que meditamos ontem (crítica e
autocrítica), omite os versos que ressaltam a eficácia da oração (v. 7-11) e
nos convida a meditar sobre a regra de ouro, que mede a avalia todas as nossas
relações.
“Portanto, façam às pessoas o mesmo
que vocês desejam que elas façam a vocês. Esta é, de fato, a lei e os profetas”.
É isso que Jesus jamais anulou, e veio destacar com sua vida e seu ensinamento.
Esta é a lei que permanece, o corolário das leis, a régua ou a balança que
avalia a qualidade da vida dos/as discípulos/as do reino. Ela dá primazia ao
outro, sublinha o apreço e o respeito por ele, afasta relações de indiferença,
raiva e violência.
Aqui Jesus alarga o horizonte das
relações dos/as discípulos/as. O foco não é mais a comunidade interna, mas “as
pessoas” em geral. E não se trata de ser justo e bom com as pessoas esperando
que retribuem. Ao seguidor/a de Jesus basta ser bom/boa, e o retorno não entra
no orçamento, nem na contabilidade. Esta é a novidade do Reino de Deus.
Realista que é, Jesus adverte que são poucas as pessoas que ousam e perseveram
neste modo de viver.
Por isso, Jesus recorre às imagens da
porta e da estrada, que, no ambiente do império romano, eram meios de
propaganda e espaços de controle militar, de exploração econômica (cobrança de
impostos) e de dominação violenta. Porta e estrada são também imagens que
expressam direção ou opção escolhida, e entrada ou acolhida.
Falando do caminho estreito e da
porta apertada do Reino, Jesus não se refere à carroçada de prescrições morais
que padres e pastores costumamos impor ao povo, mas à necessidade de seguir seu
estilo de vida, de ser uma comunidade alternativa, que antecipa o sonho do
Reino de Deus. Não é verdade que essa é uma estrada estreita e supõe empenho? Para
os cristãos, não há outro caminho que possa levar à vida, à felicidade. Não há
como ser bom e justo sem isso.
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“A solidariedade não é um vago sentimento de compaixão pelos males
sofridos por tantas pessoas próximas ou distantes, mas a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum, pelo bem de todos e de
cada um, porque todos nós
somos verdadeiramente responsáveis por
todos. As estruturas de pecado só poderão ser vencidas pela
aplicação em prol do bem do próximo, com a disponibilidade de «perder-se» em
benefício do próximo em vez de o explorar, e de «servi-lo» em vez de o oprimir” (João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 38).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário