sábado, 25 de junho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 795

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 795

Dia 26/06/2022 | XIII Semana do Tempo Comum | Domingo

Evangelho segundo Lucas (9,51-62)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se cantando: A comunidade se levanta e canta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=626ZWUm3qpg)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Lucas 9,51-62

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Caminhando decididamente em direção a Jerusalém, Jesus continua a formação dos/as discípulos/as

·     Um pouco antes, os discípulos quiseram proibir a algumas pessoas pregar e agir em nome de Jesus porque não os seguiam

·     Agora, diante de um anúncio inadequado e nacionalista deles, ameaçam os samaritanos que a punição do céu

·     É a eles que Jesus quer alertar, pedindo radicalidade sem meios-termos a dois jovens que querem segui-lo e a um que ele chama

·     Não dá para ser discípulo de Jesus e agir com preconceito, nacionalismo e “acordos” com os sistemas violentos

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Deixe ressoar em você cada palavra e cada frase dos discípulos apressados e das pessoas que que buscam Jesus

·     Quais são os preconceitos e ideologias que atuam como barreiras que dificultam e barrancos que estreitam a vida cristã hoje?

·     Como podemos entender hoje a exigência de radicalidade, inteireza e desapego que Jesus faz a todos/as os que o querem seguir?

·     Em que medida nós e nossas comunidades caímos na tentação de querer conjugar a fé em Jesus com posturas violentas e excludentes?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Reze agradecendo a Jesus pela sua passagem na sua vida, e pedindo liberdade e coerência para viver seu Evangelho com profundidade

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Quais são os apegos e compromissos que impedem aos cristãos de hoje a liberdade e a coerência que Jesus pede de quem o segue?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Ouça e cante a “Vem, eu mostrarei...” (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=lV1mSM4aOnMhw)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 8,18-22

Quem quiser seguir Jesus Cristo em tempos de cultura líquida precisa tomar uma decisão firme e refletida, tendo claro o objetivo de seguir e imitar Jesus na sua paixão pela humanidade, na sua solidariedade com os últimos, no seu enfrentamento com os poderes que se opõem ao projeto de um mundo no qual todas as criaturas tenham seu lugar.

Frente à tentação do integralismo e à discussão sobre quem é o maior e que rondava os discípulos, Jesus tomou “a firme decisão de partir para Jerusalém”. A meta da vida cristã não é o êxtase diante do esplendor dos impérios, mas a percepção e a denúncia das suas contradições e injustiças. Perseverar no caminho de Jesus Cristo exige renovada coerência com o Evangelho, imbatível firmeza diante das resistências e ânimo indestrutível frente às possíveis decepções.

A reação dos samaritanos é compreensível diante de um anúncio possivelmente nacionalista por parte dos discípulos. Assim como haviam proibido o trabalho daqueles que faziam o bem mas não estavam com eles, é possível que tenham anunciado aos samaritanos um Jesus nacionalista, identificado com os poderes e doutrinas que os diminuíam e excluíam, omitindo que Ele estava subindo a Jerusalém exatamente para contestar a validade do templo e sua ideologia.

Não seria também essa a principal causa da resistência que o mundo ocidental e moderno opõe ao cristianismo? Será que não temos identificado demasiadamente Evangelho e poder? Será que não temos renegado culpavelmente a defesa corajosa e decidida dos direitos de todos os humanos? Será que não temos esquecido perigosamente a profecia? Precisamos de conversão ao Evangelho de Jesus Cristo e de abandono da pretensão do monopólio da verdade.

É preciso levar a sério a advertência de Jesus de Nazaré e partir para outros povoados e periferias, cientes de que segui-lo é a vocação de todos os homens e mulheres que aderem a ele, inclusive dos que não o fazem explicitamente. Se nosso caminho permanecer fiel à sua prática, é possível que muitas pessoas se sintam também hoje fortemente interpeladas e decidam se incorporar à comunidade dos discípulos e discípulas. Mas Jesus nos pede uma ruptura com alguns costumes que, mesmo conservando um certo valor, podem limitar a liberdade.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Solicitude pela realidade social

Enquanto os indivíduos e as comunidades não virem respeitadas rigorosamente as exigências morais, culturais e espirituais, fundadas na dignidade da pessoa e na identidade própria de cada comunidade, tudo o mais — disponibilidade de bens, abundância de recursos técnicos e um certo nível de bem-estar material — resultará insatisfatório e até desprezível. É o que o Senhor afirma claramente no Evangelho, ao chamar a atenção de todos para a verdadeira hierarquia dos valores: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?(João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 33).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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