Dia 20/06/2022 | XII
Semana do Tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo
Mateus (7,1-5)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Pela Palavra de Deus saberemos por onde
andar...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=z-xuR6RsTaw)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 7,1-5
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Continuando sua escola
de formação na novidade do Reino de Deus, Jesus forma seus discípulos/as na
correção fraterna
· Ele sabe, e nós
precisamos ter bem presente, que somos uma comunidade de pecadores/as, com
olhares e juízos limitados
· A correção fraterna é
necessária, mas há uma pedagogia e uma medida: ninguém pode ocupar lugar de
Deus, só ele pode julgar
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Deixe ressoar em você
cada palavra e cada frase dessa lição sobre a correção fraterna na comunidade
familiar e cristã
· Detenha-se na imagem do
cisco e da medida (balança ou régua) que Jesus propõe como metáfora na correção
fraterna
· Você também tende às
vezes a ceder a um julgamento implacável, a uma crítica sem autocrítica?
· Como e quando seu olhar
sobre os irmãos e irmãs é turvo, e quando é puro e transparente?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· A serenidade, como a
água tranquila de um lago, permite que o outro se reflita como é; seu coração e
seus juízos são serenos?
· Peça a Jesus um olhar
limpo e sereno sobre os outros, e delicadamente autocrítico sobre si mesmo/a
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Haveria algo a mudar ou
a melhorar nas críticas e avaliações que as autoridades da Igreja fazem sobre a
sociedade? Não seria interessante perceber os ciscos presentes no próprio olhar
eclesial?
· O que fazer para
cultivar um olhar e um coração puro?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a “Catalogaram Jesus” (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=2Od8Hep_whw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 7,1-5
Continuamos na primeira etapa de
formação que Jesus oferece a seus discípulos/as missionários. Ele é realista, e
sabe que formamos comunidades de homens e mulheres imperfeitos, que estão a
caminho, e têm ainda muito caminho pela frente. Quando nos pede que sejamos
perfeitos como o Pai é perfeito, na verdade está pedindo empenho e perseverança
no próprio caminho de crescimento, e não uma perfeição. E hoje ele ilustra o
que significa ter coração puro.
Como seguidores/as de Jesus, como
gente que o escolheu como mestre da vida, precisamos discernir o que fazer, e
desenvolver relações e práticas coerentes com a novidade do Reino de Deus,
tanto no âmbito social como no interior da comunidade. Partindo da convicção de
que todos/as somos pecadores/as e limitados/as, precisamos conjugar a
necessária correção das faltas dos irmãos e irmãos com uma serena e profunda capacidade
de autocrítica. A crítica sem autocrítica, sem o cultivo de um olhar e um
coração puro, pode virar hipocrisia e descambar para a intolerância.
Jesus não diz que devemos nos omitir
diante das faltas e limites da vida comunitária, mas pede que nosso olhar seja
puro e correto. Precisamos limpar nosso olhar e purificar nossos juízos,
evitando criminalizar os outros com a intenção de declararmo-nos inocentes. E
não podemos cair na tentação de ocupar o lugar de Deus, a quem compete o
julgamento final. Privar os outros de misericórdia é impedir a misericórdia de
Deus conosco mesmos/as. A balança e a trena com que medimos os outros serão
aplicadas também a nós.
Com o exemplo do cisco no olho do
irmão e da trave no nosso próprio olhar, Jesus oferece um critério fundamental:
julgar e condenar os/as outros/as sem autocrítica é ridículo e hipócrita, é
inaceitável para um/a discípulo/a missionário/a. Na revisão de vida, o “eu” vem
antes que o “eles”. Se fizermos o contrário, deixaremos de ser comunidades
alternativas, comunidades capazes de fecundar a história com a novidade do
Reino de Deus, semente e fermento de justiça, de acolhida e de fraternidade. É
claro que isso não significa diminuir ou eliminar a necessária denúncia
profética!
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“A tensão entre Oriente e Ocidente não provêm de uma oposição entre dois
diferentes graus de desenvolvimento, mas de duas concepções do próprio desenvolvimento dos homens e dos
povos, ambas elas imperfeitas e a exigirem uma correção radical. Esta
oposição é transferida para o interior desses países, contribuindo assim para
alargar o fosso que já existe, no plano econômico, entre Norte e Sul, o qual é uma
consequência da distância entre os dois mundos: o dos países mais desenvolvidos e o dos países menos
desenvolvidos” (João Paulo II, Sollicitudo rei
socialis, § 21).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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