Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 796
Dia 27/06/2022 | XIII
Semana do Tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo
Mateus (8,18-22)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A comunidade se levanta e canta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=626ZWUm3qpg)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 8,18-22
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus forma seus
discípulos em casa, nas sinagogas, no meio do povo, nas travessias, e em tudo o
que faz
· Ele responde às m
buscas que se aninham em nosso ser, mas não faz média com interesses mesquinhos
e costumes cristalizados
· Por isso, as
advertências e “puxões de orelha” fazem parte da nossa formação dos/as
discípulos/as nos caminhos do Reino
· Nada pode ser anteposto
ao imperativo de buscar o Reino de Deus e a sua justiça, e nada deve se
interpor entre o hoje e o futuro
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Preste atenção nas
atitudes e nos pedidos do escriba e do discípulo: O que há de semelhante? O que
há de diferente?
· Jesus propõe uma vida
quase nômade, itinerante, sem estabilidade, e uma urgência que não admite
postergar as decisões importantes
· Os discípulos têm
dificuldade de romper com algo: e você, o que impede sua dedicação à construção
do outro mundo possível?
· De que você ainda
precisa se desapegar para ser livre e generoso no seguimento de Jesus?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Apresente a ele os
nomes e rostos dos irmãos e irmãs, pais e mães, que você recebeu seguindo os
passos dele
· Fale a Jesus sobre
aquilo que ainda lhe custa deixar, mudar, passar adiante, colocar a serviço de
um novo mundo possível
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Quais são as barreiras
ou fardos que ainda impedem que sejamos comunidade de discípulos/as
missionários/as?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante a “Vem, eu mostrarei...” (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=lV1mSM4aOnMhw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 8,18-22
Depois de apresentar três relatos de curas
realizadas por Jesus – sinais da chegada do Reino de Deus como vida abundante
para todos/as – Mateus nos apresenta três cenas focalizadas em atitudes
questionadoras de Jesus, duas das quais meditaremos hoje. São uma espécie de
advertência ou correção de Jesus dirigidas a quem deseja ser seu discípulo/a
sem assumir as exigências que isso comporta.
Jesus está iniciando a passagem do espaço
territorial dos judeus ao terreno dos pagãos, marcado por uma presença mais
ostensiva dos invasores romanos, e um escriba ou mestre da lei se apresenta
como candidato ao discipulado, mesmo sem ter sido chamado. Ele vê em Jesus um
mestre ou guru importante, mas apenas um a mais entre tantos mestres. Não passa
pela sua cabeça que Jesus proponha uma ruptura radical com a estabilidade e a
instituição, e nem leva em conta que é sempre o mestre quem escolhe seus
discípulos/as.
Jesus responde sublinhando o contraste entre a
estabilidade dos mestres da lei e a mobilidade e a itinerância da comunidade
que se reúne ao seu redor. Jesus é um pregador itinerante, avesso à instalação
e à estabilidade, próprias de instituições fechadas. A comunidade de
discípulos/as de Jesus vai contra a corrente, é um caminho que exige ousadia e
firmeza, uma comunidade que se situa no limiar entre o mundo de relações
desiguais e violentas em que vivemos e o outro mundo possível.
Em seguida, um daqueles que já seguiam Jesus se
mostra disposto a continuar o caminho e “passar para a outra margem”, mas pede
um tempo, uma licença para cuidar do pai até que ele morra, pois ele é arrimo
de família. Aparentemente, seu pedido não é descabido, mas Jesus sublinha que o
discipulado não admite parênteses e adiamentos, está acima da piedade e dos compromissos
com a família de sangue e outras instituições.
Como na versão de Lucas, Jesus ensina que o Reino
de Deus deve ser absoluta, e nada pode se antepor à dedicação plena e imediata
a ele, pois os novos céus e a nova terra urgem, a humanidade clama por ele, o
mundo fraterno e justo não pode esperar.
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“Os povos e os indivíduos aspiram
à própria libertação: a busca do desenvolvimento pleno é o sinal do seu desejo
de superar os múltiplos obstáculos que os impedem de usufruir de uma vida mais
humana. A aspiração à libertação de toda e qualquer forma de escravatura,
relativa ao homem e à sociedade, é algo nobre e válido. E é isso justamente o que tem em vista o
desenvolvimento, ou melhor, a libertação e o desenvolvimento, tendo em conta a
íntima conexão existente entre estas duas realidades” (João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 46).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para
a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno
fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e
abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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