Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 506
Dia 10/09/2021 | 24ª Semana Comum | Sexta-feira
Evangelho segundo Lucas (6,39-42)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se ouvindo e cantando: “A Palavra está perto de ti, em
tua boca e em teu coração” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Lucas 6,39-42
·
Leia o texto em voz alta (se achar necessário
e for possível)
·
As palavras enfáticas e exigentes de Jesus, as
duas breves parábolas que apresenta, são dirigidas aos discípulos/as, e não aos
fariseus e mestres
·
Quem quer seguir Jesus, deve estar disposto/a
a tê-lo como modelo e guia, viver no seu espírito, participar da sua missão
·
E isso sempre numa necessária atitude de
discípulo/a e irmã/a, evitando a postura de juiz/a e superior/a
·
É sempre deplorável a postura de “querer
ensinar o padre a rezar a missa”, de corrigir a liberdade e a novidade de Jesus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a
você hoje?
·
Retome cada palavra e cada comparação ou
figura usada por Jesus e tente perceber o que significam para você
·
Você percebe, em você mesmo/a e na sua
comunidade, sinais da tentação de ser cego querendo guiar cegos, de corrigir os
outros sem fazer autocrítica?
·
Se achar oportuno
e possível, leia as “pistas” (página 3)
(4)
Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus?
·
Repita com sinceridade e confiança: “Jesus, tu
és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os
teus!”
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
O que
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite ou cante a invocação: “Jesus,
manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite e reze ouvindo e cantando: “Javé é o Deus dos pobres, do povo sofredor” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sg3TbmR0FRU)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e termina seu momento de
oração
Pistas sobre Lucas 6,39-42
Ontem Jesus nos deixou claro que a misericórdia do
Pai, expressa concretamente na vida e ação de Jesus, é a referência e o
dinamismo que orienta e move a ação dos cristãos. Nossa condição é a de
aprendizes e discípulos/as, e não de juízes. Estamos na estrada, e não sentados
no tribunal. Somos irmãos e irmãs, e não magistrados. Não há crítica legítima
sem autocrítica.
No trecho de hoje, Jesus não se dirige aos fariseus
ou doutores da lei, mas à comunidade de discípulos/as. Para preveni-los do
risco da crítica infundada e de assumirem a postura de superiores e juízes,
Jesus recorre a dois provérbios ou sentenças: a do cego que se oferece
nesciamente como guia; a do cisco no olho que impede de ver claramente a
sujeira externa.
A advertência de Jesus é clara: todos/as podemos
ser cegos/as e levar os outros a tropeçar e a cair; ninguém está em condições
de julgar ninguém; não podemos criticar ninguém se não exercitarmos a
autocrítica diante de Jesus e do seu Evangelho. Quando esquecemos isso,
acabamos por manifestar nossa petulância e hipocrisia, e mostrando que somos
iguais aos criticáveis fariseus e doutores da lei.
E a regra também é meridianamente clara: nossas
relações devem pautar-se pelas relações de Jesus, único mestre e guia capaz de
conduzir à vida e à verdade. Como discípulos, não somos maiores nem podemos ser
diferentes do mestre. “Todo discípulo bem formado será como o mestre”. E Jesus
não pautou sua vida pelo julgamento e pela condenação, mas pelo amor que
liberta e edifica.
Somente as pessoas que têm o olhar limpo e o
coração puro (consciência dos próprios limites) estão em condições de ajudar e
criticar os outros, e sempre como irmãos/irmãs. A misericórdia do Pai, que é
bondoso tanto para com os bons como para os ingratos e maus, será sempre a
nossa medida. Quem somos nós para colocarmo-nos acima dele? Quem teria
competência para corrigir o próprio filho de Deus?
(Itacir Brassiani msf)
“A Bíblia foi escrita pelo Povo de Deus e para o Povo
de Deus. Somente na comunhão com ele podemos realmente entrar no núcleo da
verdade que o próprio Deus nos quer dizer. Ela
é a voz do Povo de Deus peregrino, e só na fé deste Povo é que estamos na
tonalidade justa para compreender a Sagrada Escritura” (Bento XVI, Verbum Domini, 30).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para
a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno
fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e
abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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