terça-feira, 27 de julho de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 462

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 462

Dia 28/07/2021 | 17ª Semana Comum | Quarta-feira

Evangelho segundo Mateus (13,44-46)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo e rezando o mantra: Que arda como brasa tua Palavra; nos renove esta chama que a boca proclama! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ushj5sKNvUE)

               

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Mateus 13,44-46

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Com as parábolas, deseja animar os discípulos/as na esperança e quebrar a resistência das estruturas que se opõem ao Reino de Deus

·          Nas duas parábolas de hoje, Jesus fala da surpresa e da alegria de quem compreende o valor e a preciosidade do Reino de Deus

·          Quem encontra Jesus e compreende o projeto que dá sentido à sua vida, torna-se capaz de abrir mão de seus interesses para fazer o que ele faz

·          A fraternidade, a compaixão, a partilha e a vida abundante de todas as criaturas é um tesouro que vale tudo o mais

·          Para o/a discípulo/a de Jesus, a adesão a este projeto não é um fardo, mas uma decisão alegre e audaciosa que vale a pena

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·          Escute e leia as duas parábolas com a maior atenção possível, acompanhando com a imaginação a ação e a reação dos personagens

·          Você acha que a Igreja tem conseguido sublinhar adequadamente o valor precioso e desejável do Reino de Deus aos seus membros?

·          Em que medida e com que intensidade o reino de Deus e a sua justiça é, para você, a única coisa necessária, o valor pelo qual você tudo troca?

·          Nossa catequese e nossas celebrações conseguem despertar nos cristãos a busca, a alegria e a ousadia? Por quê?

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·          Recorde e reviva a alegria de descobrir e encontrar Jesus e a preciosidade do caminho de vida que ele nos abre, a fale a ele dessa experiência

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·          Que atitudes e valores precisamos cultivar para superar a redução do projeto de Jesus à salvação da alma, ao perdão ou à prosperidade?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Medite com a bela canção “Por causa de um certo Reino”, do Pe. Zezinho (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mByZJkSQBbU)

·          Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Pistas sobre Mateus 13,44-46

Na primeira parábola, o Reino dos Céus é comparado a um tesouro escondido descoberto por um homem. Encontrando o inesperado, esconde-o e, cheio de alegria, é capaz de refazer toda a sua perspectiva de vida, a ponto de vender tudo a fim de adquirir aquele terreno.

Chama atenção o fato de que, mesmo tendo encontrado um tesouro, o camponês não o leva consigo, pois resultaria para ele em um furto. Em tese, o tesouro que ele encontrou é dele, mas ele tem consciência de que o tesouro pertence à terra e não ao seu trabalho. A terra e tudo o que nela se encontra são do seu proprietário. A saída é vender tudo o que possui e comprar a propriedade.

Aqui aprendemos que a primeira atitude para empreender o caminho rumo à felicidade verdadeira é maravilhar-se com o tesouro que nos é dado encontrar, acolhê-lo sem roubá-lo, isto é, reconhecendo e respeitando os meios para dele usufruir e conquistar.

A segunda parábola nos faz refletir sobre uma outra atitude fundamental na experiência humana: a busca permanente. Se na parábola do camponês o chamado era para maravilhar-se diante de um achado que talvez nem fosse objeto de buscas e procuras conscientes, agora a atitude do protagonista da parábola é mais direcionada. Ele está procurando pérolas preciosas, sabe o que procura e é capaz de discernir o que tem um grande valor daquilo que não vale nada. Não se surpreende com a pérola, pois está buscando justamente aquilo. Mas sabe fazer a escolha certa.

Se para o camponês o fato surpreendente foi encontrar um tesouro escondido, para o comprador, a busca por pérolas preciosas já fazia parte da sua lida cotidiana, uma vez que sem a alegria da certeza de encontrá-las, a disposição para procurar não o convenceria na sua tentativa. Mas as duas parábolas nos falam da preciosidade do Reino de Deus, da necessidade de abdicar de interesses mesquinhos e classistas para buscar o reino de Deus e sua justiça.

(Dom André Vital Félix da Silva)

Ensinamento do Papa Francisco

Visto que todas as criaturas estão interligadas, deve ser reconhecido com carinho e admiração o valor de cada uma, e todos nós, seres criados, precisamos uns dos outros. Cada território detém uma parte de responsabilidade no cuidado desta família, pelo que deve fazer um inventário cuidadoso das espécies que alberga a fim de desenvolver programas e estratégias de proteção, cuidando com particular solicitude das espécies em vias de extinção”. (Laudato Si’, § 42)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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