domingo, 12 de dezembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 600

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 600

Dia 13/12/2021 | 3ª Semana do Advento | Segunda-feira

Evangelho segundo Mateus (21,23-27)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo do Advento

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: Ó vem, Senhor, não tardes mais!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GV-waMJLivY)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Mateus 21,23-27

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        A relação que Jesus estabelece entre a origem da sua autoridade e a de João Batista insere esta leitura no tempo do Advento

·        Jesus terminara sua longa peregrinação de subida a Jerusalém e provocara um rebuliço no templo, expulsando dele os vendedores

·        Voltando ao templo para curar e ensinar, Jesus é questionado pela elite política, social, econômica e religiosa que usufruía do templo

·        Os sacerdotes e anciãos do povo querem “pegar Jesus no contrapé” e acabam sendo encurralados por ele

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        Releia atentamente estes versículos densos e tensos, que nos pedem abertura para reconhecer a ação libertadora de Jesus

·        Há quem hoje se comporte como os chefes dos sacerdotes e os saduceus, que “fazem olho grande” aos abusos contra os pobres?

·        Em que você baseia sua autoridade para anunciar o Evangelho e denunciar profeticamente os abusos contra os pobres e humildes?

·        O que precisamos “expulsar” de nossas preocupações e projetos para reconhecer Jesus e acolhê-lo de fato entre nós neste Natal?

·        Que desculpas e justificativas estamos apresentando hoje para não levar a sério o projeto de Jesus e lançar-nos na construção do Reino de Deus?

·        Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Diga a Deus quem é você no mistério do amor dele, e quem é Ele no mistério da sua existência

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        O que fazer para evitar que as autoridades religiosas atuem guiadas apenas pelo medo e pela conveniência?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade desperta e em pé!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite e reze com a canção “Vem, Senhor, vem salvar teu povo...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=w_m8tqzljkA)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Mateus 21,23-27

O que esta passagem do evangelho segundo Mateus tem a ver com a preparação para o Natal? Ela está localizada no final da peregrinação missionária de Jesus, já no templo central do país, em Jerusalém. Jesus havia chegado no templo, com o chicote na mão, expulsando os vendedores que exploravam o povo.

Os sumos sacerdotes ficam incomodados com este gesto e com o ensino de Jesus. Ele desafiava a sacralidade do templo e a autoridade dos seus controladores. Sacerdotes e anciãos constituíam uma elite social, econômica, política e religiosa, baseada na origem no saber, nas riquezas e nas alianças políticas. E eram politicamente legitimadas pelo império romano.

Os sumos sacerdotes não se importam com o fato de o templo ter deixado de ser casa de oração e de encontro e se transformado numa espelunca de rapinadores. Eles questionam a autoridade de Jesus para fazer o que ele faz, perguntam quem o legitima, com que licença ou autorização ele age. É claro que a autoridade e a liberdade de ação de Jesus incomodam todos eles.

Por isso, em nome da instituição do templo, eles apresentam a Jesus uma pergunta, que, na verdade, é uma armadilha. Jesus não pode basear sua autoridade na origem social, nos bens, no estudo ou em alguma aliança política. E se disser que sua autoridade ou sua legitimidade vem de Deus, deslegitima frontalmente os sacerdotes e anciãos e pode ser acusado de blasfêmia.

Jesus sabia que sua vida e missão estavam intimamente ligadas às de João Batista. Astutamente, responde à pergunta deles com outra pergunta. Os examinadores passam a ser analisados. Eles sabem a resposta, mas calam. Se reconhecem João como profeta, reconhecem também a Jesus; se negam a inspiração da sua profecia, perdem o apoio popular.  Também o nosso encontro com ele passa pelo seu reconhecimento como enviado de Deus para transformar as pessoas, as sociedades e as religiões.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

Na sociedade atual, muitas vezes os filhos parecem ser órfãos de pai. A própria Igreja de hoje precisa de pais. Continua atual a advertência de São Paulo: “Ainda que tivésseis dez mil pedagogos em Cristo, não teríeis muitos pais” (1 Cor 4, 15). E cada sacerdote ou bispo deveria poder acrescentar, como o Apóstolo: “Fui eu que vos gerei em Cristo Jesus, pelo Evangelho” (4, 15). E também: “Meus filhos, por quem sinto outra vez dores de parto, até que Cristo se forme entre vós!” (Gl 4, 19)”. (Patris Corde, 7)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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