segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 594

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 594

Dia 07/12/2021 | 2ª Semana do Advento | terça-feira

Evangelho segundo Mateus (18,12-14)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do tempo do Advento

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se cantando: Envia tua Palavra, palavra de salvação” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=8DSQfRdpRQ4)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Mateus 18,12-14

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          O alegre anúncio dos anjos aos pastores na noite do natal mostra-se verdadeiro e credível na vida apostólica de Jesus

·          Jesus nos fala do modo como Deus trata seus “pequeninos”: deixa em segundo lugar os fortes e bem nutridos e sai em busca dos fracos

·          Ele aprendeu com o Pai que, aos olhos de Deus, todos e cada um/a de nós somos preciosos/as, e pede que cultivemos a mesma atitude

·          O pastor se alegra pela surpresa de ter encontrado a ovelha perdida e vulnerável, e Jesus nos convida a participar dessa alegria de Deus

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·          O evangelho de hoje nos orienta para uma atitude madura e adequada em relação aos irmãos e irmãs mais frágeis e falíveis

·          Em que medida e em que circunstâncias, por nossas atitudes, estamos sendo motivo de tropeço e queda dos nossos irmãos mais fracos?

·          O que fazemos, como lideranças eclesiais, quando um irmão ou irmã tropeça, cai no erro e se afasta, por vergonha ou por resistência?

·          Nossa comunidade se sente realmente comprometida com o dinamismo e saída ao encontro de quem está em situação de risco?

·          Experimentamos uma verdadeira alegria quando pessoas e grupos vulneráveis são assistidos e promovidos, e se integram na comunidade?

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Que iniciativas poderíamos tomar para que nossa fé em Jesus e nossa celebração do Natal não fique apenas em sentimentos e presentes?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade desperta e em pé!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Medite e reze com a canção “Das alturas orvalhem os céus, e as nuvens que chovam justiça!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Kj1eMZsnH-I)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Mateus 18,12-14

Já lembrei anteriormente, mas não custa lembrar de novo: o tempo litúrgico e espiritual do advento nos oferece um contexto especial que deve ser levado em conta na escuta e meditação dos textos do Evangelho. Não é a mesma coisa ler a parábola da ovelha perdida no tempo comum, na quaresma ou no advento.

Os três versículos que nos são propostos para hoje estão no capítulo 18 do evangelho segundo Mateus. O contexto temático é uma descrição sumária das novas relações e práticas que sustentam a comunidade cristã, semente e antecipação parcial mas profética do Reino de Deus. Pouco antes, Jesus sublinhara que é absolutamente importante não escandalizar nem desprezar os sujeitos pequenos e vulneráveis.

No contexto do império romano e do sistema judaico, os/as discípulos/as de Jesus são equiparados/as às categorias sociais desprezadas e vulneráveis, como as crianças, as mulheres, os migrantes, os doentes (os “pequeninos”). Eles são parte do povo (e não das elites) e, aos olhos de Deus, são preciosos, têm valor, são os primeiros nas prioridades de Deus.

Jesus pede e ordena que esta seja a atitude das lideranças cristãs em relação aos demais membros das comunidades. Jesus ilustra isso com uma parábola, com a qual chama seus interlocutores a participar da reflexão. Na tradição judaica, o pastor lembra as lideranças (políticas ou religiosas), e o rebanho/ovelha lembra o povo. A ovelha perdida representa o/a discípulo/a que não perseverou no caminho do Reino de Deus por causa dos outros.

Ressaltando o desmedido cuidado “pastoral” do pastor, que não deixa as 99 em segundo plano para buscar uma única que se perdeu e corre risco, fala sobre como Deus Pai trata seus filhos e filhas: ele não é como os líderes religiosos e políticos, e é mais cuidadoso que os pastores. Jesus espera que, em nossa relação de líderes com os demais membros da Igreja, façamos como ele.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

O Menino Jesus é Aquele que dirá: “Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes”. Assim, todo o necessitado, pobre, atribulado, moribundo, forasteiro, preso, doente são “o Menino” que José continua a guardar. Por isso, a Igreja não pode deixar de amar em primeiro lugar os últimos, porque Jesus conferiu-lhes a preferência ao identificar-Se pessoalmente com eles. De José, devemos aprender o mesmo cuidado e responsabilidade: amar o Menino e sua mãe; amar a Igreja e os pobres”. (Patris Corde, 5)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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