sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 640

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 640

Dia 21/01/2022 | Segunda Semana Comum | Sábado

Evangelho segundo Marcos (3,20-21)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo a canção “Com alegria aclamemos...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=aO_4EGnpJ3svUE)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Marcos 3,20-21

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Jesus tem consciência de que a missão precisa de mais gente, e por isso, constitui um grupo especial entre os seus discípulos/as

·        Este grupo, chamado de “os doze” é criado para ficar com Jesus, uma espécie de família constituída em torno da missão

·        Esta “nova família” acaba criando tensões e entrando em choque com a família de sangue, patriarcal, inclusive com a família de Jesus

·        É isso que aparece na cena do evangelho de hoje: a “família do Evangelho” traz problema à “família de sangue” de Jesus

·        Era tanta gente chegando e saindo atrás de Jesus que seus familiares perdem a tranquilidade e a privacidade, e Jesus nem se alimenta direito

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        Contemple a cena: os discípulos apertados em torno de Jesus na sua casa; o povo esperando atenção; os parentes preocupados

·        Participe da cena, especialmente a dificuldade de encontrar tempo para comer e a saída dos parentes para agarrar Jesus

·        Se puder, releia os episódios anteriores, nos quais é narrada a intensa atividade libertadora de Jesus e os riscos que ele corria

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Peça sinceramente a Deus em favor das famílias do seu círculo de relações que limitam e inibem as iniciativas de solidariedade

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Como proceder quando a oposição ao nosso engajamento humanitário e cristão vem de dentro da própria família?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade iluminada pela fé!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite a canção “Senhor, se tu me chamas” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=gUhYcuWjSNs)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

Pistas sobre Marcos 3,20-21

Chamando um grupo de doze entre os muitos/as discípulos/as, Jesus constitui uma comunidade para prosseguir sua missão, um núcleo visível do Reino de Deus, uma nova família convocada a viver de modo alternativo e contracorrente. Mas esta passagem da família de sangue à “família da Boa Nova” e do povo de Israel para o “novo povo de Deus” não é simples nem tranquila.

Nos episódios anteriores, diante da liberdade provocadora de Jesus frente à lei judaica, já se formara um complot para decidir sua expulsão do judaísmo e executar sua morte. Por isso, Jesus toma distância da sinagoga e passa a ensinar e curar em lugares remotos e abertos. E acaba transformando a própria casa, lugar de acolhida e segurança, em espaço de formação dos discípulos e de libertação das pessoas doentes, que enfrentavam dificuldades de ir ao templo.

Entretanto, esta postura de Jesus acaba desagradando e preocupando seus próprios familiares, e sua casa, que deveria ser um espaço de aconchego e segurança, perde o sossego por causa das multidões de pessoas necessitadas que a ele acorrem, e está em vias de se tornar uma prisão. Seus parentes queriam agarrá-lo e retê-lo em casa, porque lhes parecia que ele estava louco.

De fato, era tanta gente que buscava Jesus que ele e seus discípulos não tinham tempo nem para comer. Com a casa cheia de discípulos e o povo ao redor da casa, há tempo a família havia perdido o sossego. Mas o que faz os parentes de Jesus pensar que ele está doido é a coragem e a “imprudência” com que enfrenta e desmonta as instituições, leis e costumes de Israel. A família pensa que ele enlouqueceu, e os escribas dirão que ele está possuído por Belzebu.

Na verdade, os parentes acham que Jesus estava indo longe demais, e que devia desistir da sua missão de profeta do Reino de Deus. Noutro momento Jesus dirá que nossos inimigos (aqueles que colocam em risco nossa salvação) podem vir de dentro de casa, do interior da própria família. O dinamismo libertário do Reino de Deus enfrenta o sistema de dominação e repressão, e ele tem como uma das suas expressões a família patriarcal.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

“Apesar das melhorias notáveis registadas no reconhecimento dos direitos da mulher e na sua participação no espaço público, ainda há muito que avançar nalguns países. Não se acabou ainda de erradicar costumes inaceitáveis. Entre estes, destaco a violência vergonhosa que, às vezes, se exerce sobre as mulheres, os maus-tratos familiares e várias formas de escravidão, que não constituem um sinal de força masculina, mas uma covarde degradação”. (Amoris Laetitia, nº 54)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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