sábado, 26 de março de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 705

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 705

Dia 27/03/2022 | Advento | Quarta Semana | Domingo

Evangelho segundo Lucas (15,1-3.11-32)

(1)  Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo a canção Fala, Senhor! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Lucas 15,1-3.11-32

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Diante da crítica porque acolhida “gente sem dignidade” e se confraternizava com eles, Jesus conta três parábolas

·        Se Jesus quisesse enfatizar o caminho de “conversão” do filho mais novo, bastaria uma história com ele e o pai como personagens...

·        Jesus chama a atenção para a necessidade de conversão do irmão mais velho, pois ele se considera justo, melhor, exemplar, cheio de direitos, incapaz de aceitar o outro como irmão

·        Diante de pessoas que se isolam ou são descartadas e, por isso, vivem uma “vida de porco” ninguém pode se mostrar indiferente

·        A fidelidade ao Pai e à sua vontade, a retidão diante dele, passa pelo reconhecimento e acolhida aos irmãos “diferentes”

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·        Leia atentamente essa parábola, considerando os versículos iniciais e a atitude do pai e do irmão mais velho

·        Qual é hoje a reação dos cristãos diante do chamado da Igreja e do Papa a uma fraternidade sem fronteiras?

·        Como você se sente diante dessa parábola? Você concorda e aceita tranquilamente a atitude do pai?

·        Com qual dos três personagens você se sente identificado? Com qual deles precisa se identificar para seguir Jesus de verdade?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)  Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·        Como viver em nossas relações a provocação de uma relação de acolhida e reconhecimento que desconhece qualquer fronteira?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite a invocação: “Jesus, que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como és!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite e reze com a canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Lucas 15,1-3.11-32

Avançando em nossa caminhada quaresmal, a Igreja nos brinda hoje com uma das mais belas e conhecidas páginas dos evangelhos: a conhecida parábola do filho pródigo, que seria mais justo designar como parábola do pai misericordioso. Explico: partindo das tensões descritas nos versos 1-3, fica claro que o personagem central não é o filho mais novo, e sim o pai e o filho mais velho.

Enquanto os publicanos e demais categorias de gente considerada “pecadora” se aproxima e confraterniza com Jesus, os fariseus o acusam de misturar-se e aliar-se com gente suspeita. Evidentemente, quem critica e acusa se sente melhor, superior, com mais méritos que aqueles que são acolhidos por Jesus. E a parábola tem exatamente o objetivo de ilustrar como Deus costuma tratar seus filhos e filhas.

Observemos que o pai tem dois filhos: o filho mais novo acaba caindo na miséria mais extrema, vivendo como estrangeiro e forçado a se alimentar da ração dada aos porcos (imagem dos publicanos e demais pecadores); o filho mais velho, cumpridor minucioso das leis e costumes, tem tudo e mais do que necessita (figura dos fariseus). O primeiro tem a sensação de não ser filho de Deus; o segundo, se considera cheio de direitos e não aceita a misericórdia.

O pai, que é figura e imagem do Deus do Reino, em nome de quem Jesus vem e age, trata ambos como filhos necessitados de acolhida e amparo, mesmo que não mereçam este tratamento. O pai não se interessa pela contrição do filho em situação de miséria e nem deixa que ele a termine. Deus é Pai, e não juiz ou delegado de polícia! Ele não trata ninguém como empregado, pois todos/as são seus filhos/as, e jamais deixam de sê-lo. Neste mundo, que é sua casa, ele não quer que uns fiquem com tudo e outros fiquem sem nada.

É claro que esta parábola é um chamado contundente e urgente à conversão. Mas este pedido é dirigido ao filho mais velho! Pois é ele que não reconhece o amor do pai, não dialoga com o irmão, não o reconhece, nega a fraternidade que torna todos/as iguais, e defende a primazia do merecimento, que nos separa.

 (Itacir Brassiani msf)

“Fala com sabedoria, ensina com amor”

“A educação superior é decisiva para a formação de pessoas para o mercado de trabalho e para o desenvolvimento das sociedades. É uma grande conquista das civilizações e um dos lugares mais importantes para o desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico. No ano de 2019 havia 8.604.526 estudantes matriculados nos cursos de graduação no Brasil. Isso significa apenas 21,4% dos jovens brasileiros com idade de 18 a 24 anos ”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022, § 96, 98)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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