domingo, 27 de março de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 706

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 706

Dia 28/03/2022 | Advento | Quarta Semana | Segunda-feira

Evangelho segundo João (4,43-54)

(1)  Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo a canção Fala, Senhor! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de João 4,43-54

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Depois das ações provocadoras em Jerusalém, de um encontro e um diálogo improvável entre Jesus e uma mulher da Samaria, Jesus volta à sua terra, onde se sente mais seguro

·        Na conhecida cidade de Caná, é procurado por um funcionário da corte, que pede a Jesus ajuda para curar seu filho doente

·        Jesus percebe os que esperam dele gestos e ações espetaculares, e o menino recupera a saúde sem nenhuma ação direta de Jesus

·        Acolhendo o pedido de um pagão, Jesus age sem discriminar ninguém, mas se recusa recorrer à lógica do poder

·        A cena sublinha a força da Palavra e a necessidade de não se orientar pelas relações de poder e de descer ao nível humano

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·        Situe-se no interior da cena, observe a atitude do funcionário do rei, assim como a postura e as palavras de Jesus

·        Você percebe como o funcionário real demonstra pensar, falar e agir segundo a lógica das funções de poder?

·        Em que medida também nós esperamos de Jesus gestos e ações espetaculares, que dispensem nossa colaboração?

·        Que mudanças em nosso modo de pensar e de agir esta cena pede de nós, enquanto caminhamos para a páscoa?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·        Peça a capacidade de ser irmã/o de todos/as, e de se relacionar com todos sem artifícios nem privilégios

 

(5)  Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite a invocação: “Jesus, que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como és!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite e reze com a canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 4,43-54

Esta cena está literariamente situada logo após a cena do encontro e diálogo de Jesus com uma mulher samaritana. E nós a contemplamos e acolhemos sua mensagem no contexto litúrgico e espiritual da adesão à Boa Notícia do Reino de Deus e da conversão a ela, como sublinha o tempo quaresmal.

Jesus está voltando de Jerusalém à região onde se criara, passando pela complicada região da Samaria. Mesmo tendo dito que os profetas não são bem considerados em sua própria terra, a Galileia o recebe com boa disposição, pois seus cidadãos haviam sido informados daquilo que Jesus fizera em Jerusalém.

Informado sobre os sinais que Jesus realizara no templo, um funcionário do rei busca em Jesus uma ajuda para seu filho, que está gravemente enfermo. Queria que Jesus o curasse, ao que parece, preferencialmente com um milagre grandioso e espetacular.

Ao menos, é isso que que Jesus denota na sua resposta ou advertência ao funcionário da corte. Quem é habituado aos corredores do poder, age como tal e espera que Deus também intervenha no mundo com gestos de poder. Ele mesmo trata o filho como dependente de um chefe, pois o chama de “menino”.

O funcionário se dá conta que imagina Jesus em termos de autoridade corajosa, mas apenas poderosa e reformista, e pede a Jesus para “descer” ao nível humano. E Jesus declara que o filho dele vive, sem dizer que ele estava curado. Jesus não vai a Cafarnaum, mas “desce”: não realiza um gesto de poder, mas humano.

O funcionário do rei é intimado a reconhecer a força da Palavra de Jesus e obedecer a ela. É a Palavra de Jesus que devolve a vida. O funcionário precisa ir e ver, mas não há nenhum gesto grandioso. Ele não deve tratar o filho como dependente (“menino”) mas como filho.

Jesus atende o pedido desse homem pagão e próximo ao poder sem pedir nada em troca, pois está disposto a ajudar a todos. Mas tudo acontece quando Jesus e o funcionário “descem” da esfera das relações de poder à esfera das relações humanas.

 (Itacir Brassiani msf)

“Fala com sabedoria, ensina com amor”

“Pensar em uma formação humana que transcenda a lógica do mercado e dos exames regulamentares e vestibulares é a pauta do dia para todas as instituições educacionais, especialmente aquelas confessionais. É importante superar a lógica da exclusão, seja aquela que passa pela ilusão de que apenas o acesso ao ensino superior é a garantia das melhores condições de vida, seja o discurso que se alicerça no entendimento de que uma grande maioria de pessoas estão tendo acesso ao ensino superior”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022, § 113)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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