terça-feira, 29 de março de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 708

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 708

Dia 30/03/2022 | Advento | Quarta Semana | Quarta-feira

Evangelho segundo João (5,17-30)

(1)  Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo a canção Fala, Senhor! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de João 5,17-30

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Ontem, à revelia da Lei e do Templo, Jesus devolveu a um paralítico a autonomia e a dignidade

·        Mais interessados na lei que na vida e saúde das pessoas, as autoridades do templo aumentam a perseguição a Jesus

·        Jesus se defende, argumentando que é ele, e mais ninguém, que sabe e faz aquilo que Deus quer e faz: ele é o filho que conhece o pai, vê o que ele faz, aprende dele, e continua soa obra

·        As autoridades entendem isso como a gota que faz o copo derramar, e decidem assassinar Jesus

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·        Situe-se no interior da cena, observe a atitude de Jesus e a raiva que ele suscita nas autoridades religiosas

·        Deixe-se levar, envolver e iluminar pela metáfora da relação entre pai/mãe e filho/filha, que Jesus usa para justificar suas ações

·        Você percebe na Igreja e na sociedade de hoje pessoas que estão mais interessadas na defesa das leis que na defesa das pessoas?

·        Como podemos pôr hoje em prática a empatia, a compaixão e o compromisso de Jesus com a defesa das pessoas vulneráveis?

·        Porque muitos de nós ainda acham que agrada mais a Deus a defesa das leis e dos costumes que a defesa dos direitos humanos?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·        Peça a Deus a graça de fazer a experiência de filho/a, de conhecer sua vontade, de fazer o que ele faz, de continuar sua obra criadora

 

(5)  Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite a invocação: “Jesus, que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como és!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite e reze com a canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 5,17-30

A cena do evangelho de ontem terminava com um paralítico curado e caminhando livre, carregando sua cama, inclusive em dia de sábado, e com as autoridades decidindo prender e condenar Jesus à morte. Eles estavam interessados apenas em defender o aparato legal, sem a mínima empatia com o povo cansado e abatido.

No texto de hoje, sequência da cena de ontem, Jesus enfrenta as acusações levantadas pelas autoridades religiosas do templo. Para Jesus, o sexto dia da criação ainda não terminou, e Deus não descansa enquanto suas criaturas não cheguem à vida plena. Jesus ousa chamar Deus de pai, sublinhando que ele é sua origem e o fundamento da sua ação, que tem com ele uma relação que os escribas nem imaginam. O que ele faz, aprende do Pai.

A reação do templo e das lideranças que o sustentam e dele vivem se torna cada vez mais violenta. Jesus não deixa por menos, e repete, de diversas formas, que o Pai é a base, o fundamento e a origem do seu ser e das suas ações. Apelando à experiência comum, Jesus diz que o filho só faz o que aprende do pai; que quem honra o filho honra, na verdade, seu pai; que ele dá realismo à profecia de Ezequiel, que vê os ossos secos recobrando a vida.

De diversos modos, Jesus se apresenta como o único conhecedor e mediador da vontade e da ação de Deus, desmascarando assim a pretensão dos doutores da lei e dos sacerdotes, e solapando a autoridade deles junto ao povo. O que eles fazem e impõem ao povo não tem nada a ver com a vontade de Deus. O que Jesus faz, na emancipação do mendigo à beira da piscina e em diversas outras ações libertadoras, pode ser comparada à ressurreição dos mortos.

Por fim, Jesus acusa as autoridades do templo de julgar os outros a partir dos interesses deles mesmos e do templo. Enquanto isso, o julgamento de Jesus (intervenção libertadora em favor das pessoas vulneráveis) não é expressão da sua vontade e dos seus interesses, mas da vontade de Deus. Amanhã, voltaremos à lição que Jesus passa às autoridades do templo. Por hoje, fique o alerta de que a conversão ao Evangelho é mais difícil que a mudança dos costumes.

 (Itacir Brassiani msf)

“Fala com sabedoria, ensina com amor”

“A pandemia da Covid-19 trouxe consigo a possibilidade de priorizar os conteúdos mais relevantes, sem os quais uma boa educação seria deficiente. Muitas soluções digitais foram construídas para os momentos de isolamento social, mas é necessário avançar, especialmente no acesso e na qualidade do acesso a essas mesmas soluções. Uma ação de inclusão digital, quando não acontece de forma equitativa, possui em seu bojo uma nova forma de exclusão social”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022, § 117)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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