terça-feira, 30 de abril de 2024

A luz do Evangelho em nossa vida (336)

336 | Ano B | 5ª Semana da Páscoa | Quarta-feira | João 15,1-8

01/05/2024

Jesus se compara a verdadeira videira. Esta videira se contrapõe e toma o lugar de uma outra videira potencialmente falsa. E a videira não-verdadeira é Israel, no seu significado de unidade política e religiosa, fechada em si mesma, exploradora dos pobres e a serviço dos privilegiados.

A relação de Jesus com os/as discípulos/as é de recíproca dependência: a cepa só pode frutificar através dos ramos, e os ramos só produzem frutos se permanecem ligados à cepa. “Fiquem unidos a mim e eu ficarei unido a vocês... Porque sem mim vocês não podem fazer nada”. Jesus conta com as nossas ações para amar e servir.

Assim como os ramos nada produzem sem a seiva que lhes vem gratuitamente da cepa, também os/as discípulos de Jesus pouco conseguem fazer se não permanecerem ligados/as a Jesus Cristo. É uma união de atitudes fundamentais, uma identificação com seu dinamismo de amor e dom total. É na força dessa união que serão promotores da Justiça e da paz. Sem isso serão ramos estéreis.

Para que produza frutos bons e abundantes, o vínculo dos discípulos com Jesus, como a inserção do ramo na cepa, não pode ser um dado estático, mas um processo ativo e vivo que conhece exigências e requer decisões, um dinamismo de permanente limpeza e poda. “Os ramos que dão fruto, o Pai os poda para que deem mais frutos ainda”, diz Jesus. E a poda é sempre uma intervenção exigente.

Na videira, a prática da poda tem como objetivo eliminar os fatores de debilitação e de morte e, ao mesmo tempo, direcionar as energias para que resultem em bons e abundantes frutos. Para o/a discípulo/a, o seguimento de Jesus Cristo na ceia, no lava-pés e na cruz que leva à ressurreição é um caminho de progressiva inserção numa comunidade e de conversão do ‘eu’ para o ‘nós’.

Permanecer unido/a a Jesus Cristo não significa apenas frequentar o culto ou a missa assiduamente. É muito mais que isso, e se mostra num modo de viver e se relacionar. Por isso, Jesus insiste que precisamos manter e aprofundar nossa adesão ao seu projeto, ao seu caminho: fazer-se próximo, não perder a vida correndo atrás de ambições vazias, entregá-la a serviço dos outros.

 

Meditação:

·    Recomponha na memória a bela e sugestiva alegoria, dando asas à imaginação para entender seu alcance

·    Qual é o significado e as implicações de permanecer unido a Jesus como o ramo não pode separar-se da cepa?

·    Qual é o sentido e as implicações da “poda” na videira e na vida dos discípulos e discípulas de Jesus que já produzem bons frutos?

·    E quais são as implicações do fato de que a cepa (Jesus) produz frutos unicamente nos ramos (os cristãos)?

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