Capítulo
Provincial, uma bela experiência de Deus?!

A
ausência por todos lastimada do nosso timoneiro, Pe. Euclides, serviu para que
buscássemos apoio em Deus e uns nos outros. Embora ausente, por razões de
saúde, foi uma presença constante, por nós lembrada a cada instante.
Na missa
de abertura, as sementes, as alianças e a pasta capitular ao Euclides
destinadas foram levadas ao altar no momento do ofertório. Depois, à sala
capitular. Estes símbolos nos serviam para manter-nos unidos a ele e sentir a
sua presença entre nós.
Na
celebração eucarística de abertura, ousei afirmar que este capítulo, como o
anterior, significam a nossa volta, a retomada do carisma fundante de Berthier.
É a volta à fidelidade a ele, às nossas origens. É a conquista da nossa identidade
congregacional. Está se delineando aos poucos o nosso rosto, o
jeito MSF de ser.
Um
Capítulo precedido de tanta oração, celebrado e rezado em torno do carisma
e da espiritualidade,
que avaliou o nosso ser e o nosso agir sob o prisma da fidelidade à tríplice
aliança (com Deus, com os coirmãos e com o povo), só podia dar no que
deu: um pentecostes!
O
compromisso final de todos os Capitulares, subscrito de próprio punho, disso é
comprovação inconteste: “Nós, Missionários da Sagrada Família participantes do
XVIII Capítulo da Província Brasil Meridional, confirmamos nossa aliança
com Deus e a sua vontade, com todos os coirmãos e sua identidade, com os pobres
e suas necessidades, pois entendemos que é esta a convocação que nos dirige a
Palavra de Deus neste momento especial da história.”
“Reafirmamos
também que assumimos as prioridades e projetos aprovados no XVIII Capítulo como
sendo a expressão do carisma de Berthier para nosso tempo e nosso contexto.
Contamos com a presença materna da Mãe da Salette, com a intercessão de João
Berthier, com a inspiração da Sagrada Família e, fundamentalmente, com o
dinamismo transformador do Espírito Santo de Deus.”
“Estar
mais perto do quem está longe. Viver unidos com quem está perto. Seguir Jesus
na história de hoje. Fazer da vida um caminho aberto... Vão pelo mundo e sejam
uma luz que sempre brilha! Missionários da Sagrada Família.”
Capítulo
celebrado em tal clima e contando com gabaritada assessoria e o empenho
responsável dos Capitulares, a tarefa de presidi-lo não foi penosa.
Desempenhei-a com o pensamento e o coração voltados para o futuro da Província.
Muito em particular voltados para o companheiro Euclides, com quem tive a graça
de conviver ultimamente. Quase ao apagar das luzes do seu fecundo mandato, pode
ele colher já alguns frutos daquilo que semeou na Província.
Concluo
afirmando que, neste Capítulo, fizemos uma bela experiência de Deus!
Por certo, esta terá prosseguimento no XXIII Encontro dos Irmãos, de 1 a 7 de
setembro, em Santo Ângelo. Para lá iremos às pressas e em massa, ansiosos por
abraçar os irmãos e com eles celebrar o ano da graça do nosso centenário!
Até lá, portanto!
Pe. Rodolpho Ceolin msf
(Artigo
publicado no Bertheriano, Ano XV, N° 46, junho/1995, p. 5-6)
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