sexta-feira, 19 de outubro de 2018

110 anos da morte do Pe. Berthier (final)


Um testemunho eloquente e cabal
Na celebração da páscoa do Padre Berthier, o Pe. Sprangers, pároco de Grave, resumiu o amor que marcou sua vida com as seguintes palavras: “Ele amou vocês ternamente, ardentemente, generosamente e, por causa deste amor, justificou plenamente o modo como vocês se dirigiam a ele: pai. Vocês, filhos do Padre Berthier, conheceram os cuidados infinitos que seu amor teve para fazer vocês crescer, para instrui-los e, sobretudo, para santifica-los. Somente vocês podem dizer algo sobre a imensa ternura que ele teve por vocês, pela pessoa de cada um e pela Obra das vocações sacerdotais que ele empreendeu para a glória de Deus. (...)
Sendo ardentemente querido por seus filhos, ele foi também amado por outras pessoas com um afeto que muito raro neste mundo. A transparência da sua vida, a nobreza da sua alma, seu caráter desapegado e o completo esquecimento de si atraíram estima, simpatia e veneração de todos aqueles que tiveram a graça de encontrá-lo ou mesmo de conhecê-lo, ainda que apenas indiretamente. De fato, Padre Berthier foi amado com um afeto particular por muitas pessoas, não por interesses, como ocorre frequentemente, mas por convicção, por estima, por uma espécie de atração que ele exercia sobre as pessoas. Em uma palavra, ele foi amado porque era uma pessoa amável: amável aos olhos de todos; amável por sua modéstia, amável por sua bondade, amável por sua simplicidade, esvaziada de qualquer presunção.”
Mais a antes que virtudes, Fé, Esperança e Amor são, conjuntamente, a novidade cristã encarnada no mundo, os primeiros e mais importantes frutos do Espírito. São as três faces da mesma santidade. Alguém poderia dizer que isso não tem nada de extraordinário, que são coisas comuns. Mas será que viver pela fé num ambiente que impõe o medo e nega qualquer transcendência, viver a esperança num mundo que insiste na falta de saídas e propõe a resignação, viver o amor num sistema que propugna a indiferença e o valor absoluto do indivíduo não brilha como sinal de Deus no mundo, como um ideal digno de ser imitado?
Itacir Brassiani msf

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