sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 311

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 311

27/02/2021 | Sábado da1ª Semana da Quaresma

Evangelho segundo Mateus (5,43-48)

 

(1)   Coloque-se em atitude de oração

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Recorde o tema e o apelo da Campanha da Fraternidade Ecumênica

·        Prepare-se cantando “Fala, Senhor! Fala, Senhor, palavras de fraternidade! Fala, Senhor! Fala, Senhor, és luz da humanidade” (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=7xayq9VE4vQ)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 5,43-48

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      O primeiro exemplo de uma justiça superior à dos fariseus Jesus a deu no trecho de ontem: não matar é apenas o começo, e o mínimo

·      No exemplo de hoje (que não é o segundo, na ordem), Jesus argumenta que também não basta o amor aos próximos e iguais

·      Estamos diante de um dos mandamentos mais exigentes da vida cristã: amar inclusive nossos adversários e perseguidores

·      Diante de quem é diferente, o cristão não pode ser indiferente, e muito menos intolerante e agressivo

·      A medida do amor pedido a nós é o perfeito amor de Deus, que é pai que distribui luz e água (vida!) tanto aos bons como aos maus

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Leia atentamente, palavra por palavra, este ensino de Jesus sobre o “objeto” e a medida do amor de quem se coloca no seu caminho

·      Que impacto tem sobre você e seu pensamento este ensino de Jesus: não é suficiente amar os próximos, é preciso amar os inimigos?

·      Como entender hoje a contraposição que Jesus faz entre o amor aos iguais (reciprocidade) e o amor aos inimigos (gratuidade)?

·      Como você, sua família e sua comunidade podem concretizar este ensinamento de Jesus de amar e respeitar os “diferentes”?

·      Se puder, leia as notas sobre o texto (na página seguinte)

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Conclua rezando a Oração da Campanha da Fraternidade 2021

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Quem são as pessoas que hoje você vê como ameaça ou inimigo?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com o Hino da Campanha da Fraternidade 2021 (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=I2xfIWNSQb8)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Algumas pistas sobre Mateus 5,43-48

Na reflexão de ontem, fomos provocados a viver uma justiça maior que a dos fariseus. “Não matar” não a medida máxima, mas a medida mínima do amor. Por nosso próximo, sendo diferente, e até mesmo divergente de nós, é um dom, um presente. Relacionar-se fraternalmente com ele jamais será um peso, mas é sempre uma grande alegria. E o caminho para isso é a disposição permanente à reconciliação.

No trecho do evangelho que estamos meditando hoje, Jesus nos oferece um segundo exemplo de uma justiça maior que a dos fariseus: não basta amar o próximo (aqueles que são iguais, pertencem ao mesmo sangue, à mesma religião, à mesma ideologia, ao mesmo grupo de interesses) e cultivar uma olímpica indiferença ou belicosa agressividade com os inimigos (os outros, os diferentes, os adversários, os que não pertencem aos nossos círculos de relacionamento.

A reciprocidade entre os amigos e próximos pode ser sinal de egoísmo de grupo, de boas maneiras, sem nada de Evangelho ou de cristão. “Os pagãos e os cobradores de impostos (que vocês odeiam) não fazem a mesma coisa?”, provoca Jesus. O amor não é espontaneidade, gentileza acomodada que evita a realidade e os conflitos, nem é facultativo. Para os cristãos, o amor é mandamento. E a experiência demonstra que é mais fácil odiar os inimigos que amar o próximo.

Para Jesus, e para quem segue seu caminho, a medida do amor é o próprio Deus, que envia o sol e a chuva para maus e bons. Ele é pai que dá vida de forma indiscriminada e incondicional, por mais que não gostemos disso. Deus é perfeito no seu amor, e o amor perfeito deve ser pleno, inclusivo, e não dividido ou condicional. E os/as filhos/as devem imitar o pai, como os discípulos/as devem imitar o mestre. O amor aos inimigos, aos que se opõem a nós ou nos perseguem é o mandamento mais exigente de Jesus.

Amar concreto e em bitola universal é um desafio que pede profecia e um estilo de vida contracultural e alternativo, que não ignora nem protege relações iníquas e distorcidas.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Pensamento da Fraternidade 2021

“Para justificar as desigualdades, foram criados falsos inimigos, entre eles, os direitos humanos, os povos indígenas, as religiões de matriz africana, os muçulmanos. As pessoas reagem à situação de pobreza e insegurança e a reação, muitas vezes, se torna luta de fragilizados contra outros fragilizados por emprego, por lugar, por posição. A insatisfação se transforma em ódio, cuja força é direcionada contra inimigos criados pelo próprio sistema, que culpabiliza o pobre por ser pobre porque assim deseja, dizendo que é pobre porque não se esforça mais”. (Texto-Base, §§ 49-50)

 

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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