segunda-feira, 19 de abril de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 363

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 363

Dia 20/04/2021 | 3ª Semana da Páscoa | Terça-feira

Evangelho segundo João (6,30-35)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: Escuta, Israel! Javé, teu Deus, quer falar!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=i0bKKVkgJ3o)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 6,30-35

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Esta catequese de Jesus sobre o pão verdadeiro ocorre depois de ter saciado a fome da multidão e à luz da experiência do maná no deserto

·      Recomponha na memória este diálogo tenso entre Jesus e a multidão, as perguntas do povo e a resposta de Jesus

·      Recomponha na memória cada palavra ou frase de Jesus: Não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu; é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu; o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo; eu sou o pão da vida; quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Jesus questiona o que move as multidões ao seu encontro: o que motiva você a procurar e escutar Jesus Cristo hoje?

·      Qual é o sinal que você espera para poder crer nele? Um milagre retumbante, uma cura, a solução das aflições da humanidade?

·      Sua fé se baseia mais nos sinais que Deus realizou no passado, ou naquilo que ele manifesta no tempo presente?

·      Em que medida Jesus cristo e seu Evangelho alimentam suas utopias e iluminam suas buscas?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Repita várias vezes: Jesus, eu tenho fome de ti, da tua liberdade e do teu amor generoso! Abre meus olhos para que veja teus sinais!

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que fazer para que Jesus e seu Evangelho saciem de fato a fome e a sede de vida plena que move secretamente o mundo?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: Quem nos separará do amor de Cristo? (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AOy0kWK67Nw)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 6,30-35

Na segunda parte da catequese sobre o pão, que tem as marcas do debate e da controvérsia, a multidão exige de Jesus um sinal de sua divindade, como o sinal do maná, na travessia do deserto. Jesus diz que ele mesmo é este sinal, e que maná seria apenas um símbolo que remete a ele, que é o dom superior e definitivo de Deus. Nele, o Deus poderoso se apresenta vulnerável e frágil, acessível e próximo. Mas este ensino de Jesus resolve pouco, e a multidão murmura.

“Que sinal fazes para que possamos crer em ti? Que obra fazes?”, questiona a multidão. Aquela gente não havia entendido o sinal do pão. E acrescenta, quase como uma acusação a Jesus: “Nossos pais comeram o maná no deserto”. Esperam de Jesus obras mais espetaculares, que impressionem e resolvam suas necessidades sem deles exigir compromisso.

Jesus responde destacando que a crença e expectativa do povo é baseada numa falsa compreensão do passado. É preciso olhar para o presente e reconhecer os sinais que Deus está realizando agora, e em favor do seu povo hoje. “Não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos o verdadeiro pão do céu”! Jesus põe a ênfase no presente, e nos interlocutores que o questionam.

Jesus passa, então, a falar claramente de si mesmo como sendo o pão verdadeiro. “Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e vida ao mundo”. Descendo sempre, fazendo-se carne, colocando-se no lugar do ser humano necessitado, superando a indiferença e respondendo com compaixão às suas necessidades, Jesus abre caminho à abundância.

Diante dessa afirmação de Jesus, a multidão parece finalmente entender, mas sua compreensão ainda é superficial. O pedido “Senhor, dá-nos sempre desse pão” denota, de novo, uma solução fácil e sem compromisso. E Jesus avança, de modo mais claro ainda: “Eu sou o pão da vida! Quem vem a mim não terá mais fome”. Ele não poderia ser mais claro. Que ninguém espere coisas, mas acolha e sua proposta, e a vida deixará de ser carência e se fará farta.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Francisco

Se a música do Evangelho parar de vibrar nas nossas entranhas, perderemos a alegria que brota da compaixão, a ternura que nasce da confiança, a capacidade da reconciliação que encontra a sua fonte no fato de nos sabermos sempre perdoados-enviados. Se a música do Evangelho deixar de repercutir nas nossas casas, nas nossas praças, nos postos de trabalho, na política e na economia, teremos extinguido a melodia que nos desafiava a lutar pela dignidade de todo o homem e mulher”. (Fratelli Tutti, § 277)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Nenhum comentário: