sábado, 3 de abril de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 347

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 347

Dia 04/04/2021 | Semana Santa | Páscoa de Jesus

Evangelho segundo João (20,1-9)             

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o Salmo 117 (pascal): Este é o dia que o Senhor fez...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7sFZ_4fZJOE)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 20,1-9

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Esta narração da ressurreição de Jesus é a primeira de uma série de cinco que encontramos unicamente no evangelho segundo João

·      Maria Madalena, discípula de Jesus, inconformada com o cruel destino de Jesus, vai à sua sepultura para prantear o Amigo e Mestre

·      O sepulcro aberto é um sinal de alerta, sinal de algo inesperado, e ela busca Pedro e o Discípulo Amigo para testemunhar e interpretar o fato

·      Eles comprovam que o sepulcro está aberto e vazio, e se parece com um leito nupcial, no qual uma aliança foi ratificada

·      O discípulo Amigo vê e dá crédito (acredita) à vida, à missão e à ressurreição de Jesus

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Leia atentamente, sem pressa e com todos os sentidos, palavra por palavra, gesto por gesto, esta cena inusitada e com final aberto

·      Observe a teimosa inconformidade de Maria Madalena, suas buscas, suas intuições, mas também sua dependência do passado

·      Esta cena deixa o desfecho suspenso, em aberto, como que convidando-nos a assumir o protagonismo e dar-lhe um final adequado

·      Acreditaremos num fato ocorrido apenas no passado, ou daremos crédito à vida e à proposta de Jesus, fazendo-a nossa?

·      O que a ressurreição de Jesus significa para as famílias enlutadas por 320 mil mortes pelo Covid-10 e para os/as operadores/as da saúde?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que devemos mudar a partir da convicção de que a vida de Jesus não termina em fracasso ou tragédia, mas que caminha à nossa frente?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção pascal “Aleluia”, de Handel (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=M-7KdocrTLc)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Algumas pistas sobre João 20,1-9

A primeira manifestação da ressurreição se dá na visita de Madalena à sepultura. Vendo a pedra afastada, Maria vai avisar os discípulos. O amigo de Jesus é o primeiro a chegar. Vê a sepultura vazia e as vestes, mas não entra. Pedro chega depois, entra na sepultura e vê o sudário dobrado, em separado, “à parte”.

A tumba vazia não é o único fundamento da fé na ressurreição, mas é seu sinal. O discípulo amado conhecia bem a liturgia do templo, daí sua resistência a entrar diretamente na sepultura. Para ele, os panos “enrolados” e colocados no “lugar” à parte são a Lei, a Palavra que se fez carne em Jesus de Nazaré, que substitui o Templo.

Mas a tumba vazia é um indicativo insuficiente para despertar e sustentar a fé na ressurreição de Jesus. Sua base é o anúncio da Igreja e a experiência pessoal que o/a discípulo/a fazemos do encontro com Jesus ressuscitado. Maria Madalena chora diante da sepultura e “se inclina” para olhar. Vê anjos que a interrogam sobre sua dor. Vê Jesus sem reconhecê-lo, senão quando a chama pelo nome. Crer em Jesus ressuscitado é mais que constatar que a sepultura está vazia, é encontrá-lo pessoalmente.

Depois de tê-lo desejado, buscado, conhecido e amado em vida, Maria precisa se inclinar para dentro de si mesma, na profundidade do seu desejo, para reconhecê-lo e amá-lo sem retê-lo. É ao voltarmo-nos para nossa interioridade que encontraremos o ressuscitado que nos ama, chama e envia.

O texto termina com reticências, como que convocando-nos a entrar na cena como protagonistas, e a darmos um final adequado àquela manhã misteriosa. A ressurreição de Jesus não é simplesmente seu retorno à vida, mas um novo modo de ser e de viver, que transcende o espaço e o tempo.

Acreditaremos e viveremos em seu nome? Estaremos dispostos a ser semente que, caindo na terra e morrendo, não fica só, e se multiplica incrivelmente? É isso que queremos e decidimos Daremos essa boa notícia a toda a humanidade?

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento da Fraternidade 2021

Depois da morte e ressurreição de Jesus Cristo, muitas coisas aconteceram e marcaram a vida das comunidades. Entre adesões, conflitos e perseguições, o Evangelho se espalhou por todo o território do Império. Quando alguém assumia a mensagem do Evangelho se comprometia com um novo modo e sentido de vida, que não se orientava mais pela violência, pelas hierarquias e pelas exclusões e discriminações. A opção pelo Evangelho trazia consigo a busca pela compreensão mútua e um processo de conversão”. (Texto-Base, § 99-100)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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