terça-feira, 17 de agosto de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 483

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 483

Dia 18/08/2021 | 20ª Semana Comum | Quarta-feira

Evangelho segundo Mateus (20,1-16)

 

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo e rezando: Tua Palavra é luz no meu caminho (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Mateus 20,1-16

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Quem quiser ser discípulo/a de Jesus precisa ter sabedoria e decisão para encarnar a novidade do reino de Deus em todas as suas relações

·        No horizonte da utopia de Jesus, justiça e a bondade não estão na meritocracia e na fria aplicação da lei do “cada um recebe o que merece”

·        A lógica do Reino de Deus inverte os valores e prioridades, e estabelece a prioridade dos últimos e mais desprezados sobre os ricos e privilegiados

·        Também no mundo da economia, Deus trata seus filhos e filhas de acordo com sua dignidade e necessidade, e não pelos merecimentos

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·        Com esta parábola, Jesus provoca fortemente as pessoas, tanto os judeus como seus discípulos, a superar a lógica do mérito

·        Ser bom e perfeito, como desejava o jovem rico, implica em desfazer a lógica que sobrepõe classes, nações e gêneros, uns acima dos outros

·        Será que também nós, depois de dois mil anos de cristianismo, caímos na armadilha de nos sentir melhores que os outros?

·        Em que medida ainda tratamos as pessoas, grupos, religiões e classes sociais a partir daquilo que achamos que ‘merecem”?

·        Você concorda com o que faz o chefe de família, que dá a cada um aquilo que ele necessita, e não aquilo que fez por merecer?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·        Deixe ressoar em você a afirmação clara e provocativa de Jesus mediante a parábola do patriarca generoso e solidário

·        Peça a Jesus a graça de se comprometer e se alegrar com os pequenos e grandes sinais de emancipação dos pobres

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·        Como podemos desfazer, com sensibilidade e respeito, a ideia de que os ricos, sabidos e poderosos estão mais perto de Deus?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite com a bela canção “Senhor, se tu me chamas eu quero te ouvir; se queres que eu te siga respondo: eis-me aqui!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=gUhYcuWjSNs)

 

Pistas sobre Mateus 22,1-16

Na meditação de ontem, acolhemos as ressonâncias do diálogo de Jesus com os seus discípulos sobre a possibilidade dos ricos aderirem ao dinamismo do Reino de Deus e ao benefício de quem assimila sua lógica. Hoje, continuaremos com o tema da incidência do Reino de Deus nas relações econômicas, sobre como ser justo e bom nessa área.

Na parábola de hoje, o personagem central é um chefe de família patriarcal (não exatamente um rei ou um patrão). A primeira cena trata da contratação de diaristas, mas tudo está focado na segunda cena, no acerto de contas pelo trabalho realizado. A todos o chefe da família prometera pagar o que seria justo, e não um valor estabelecido.

As pessoas contratadas na primeira hora assistiram o pagamento das últimas, que receberam, por poucas horas de trabalho, um valor que permitia a subsistência diária, e isso estimulou-lhes a expectativa de que receberiam bem mais, pois haviam feito por merecer. Mas o contratante não se orientou pela meritocracia, mas pela justiça e pela bondade, e retribui a todas as pessoas por igual.

Que decepção! O grupo que se julga merecedor de mais se irrita por ter sido igualado aos demais. De fato, o pai de família não age conforme o costume, não reforça a superioridade, a competição e a distinção de classes. A irritação deles brota da inconformidade por terem sido igualados, nivelados aos mais necessitados. Eles protestam contra a afirmação da igualdade fundamental de todos! A atitude do pai de família corrói o sistema de competição, que consagra a desigualdade. Ele se mostra justo e bom com todos, e é nisso que ele revela a ação de Deus.

Com esta parábola, Jesus convoca os discípulos e discípulas a tomar uma posição radical, como ele mesmo o fez: assumir um estilo de vida alternativo também na economia, agindo na perspectiva do Reino de Deus, guiando-se pela necessidade das pessoas e pela gratuidade, ou pela economia do dom, como a chama o Papa Francisco.

 (Itacir Brassiani msf)

Ensinamento do Papa Francisco

O cuidado da natureza faz parte dum estilo de vida que implica capacidade de viver juntos e de comunhão. Jesus lembrou-nos que temos Deus como nosso Pai comum e que isto nos torna irmãos. O amor fraterno só pode ser gratuito, nunca pode ser uma paga a outrem pelo que realizou, nem um adiantamento pelo que esperamos venha a fazer. Por isso, é possível amar os inimigos. Esta mesma gratuidade leva-nos a amar e aceitar o vento, o sol ou as nuvens, embora não se submetam ao nosso controle. Assim podemos falar duma fraternidade universal”. (Laudato Si’, § 228)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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