Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 483
Dia 18/08/2021 | 20ª Semana Comum | Quarta-feira
Evangelho segundo Mateus (20,1-16)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se
ouvindo e rezando: Tua Palavra é luz no meu caminho (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Mateus 20,1-16
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Quem
quiser ser discípulo/a de Jesus precisa ter sabedoria e decisão para encarnar a
novidade do reino de Deus em todas as suas relações
·
No
horizonte da utopia de Jesus, justiça e a bondade não estão na meritocracia e
na fria aplicação da lei do “cada um recebe o que merece”
·
A
lógica do Reino de Deus inverte os valores e prioridades, e estabelece a
prioridade dos últimos e mais desprezados sobre os ricos e privilegiados
·
Também
no mundo da economia, Deus trata seus filhos e filhas de acordo com sua
dignidade e necessidade, e não pelos merecimentos
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a
você hoje?
·
Com
esta parábola, Jesus provoca fortemente as pessoas, tanto os judeus como seus
discípulos, a superar a lógica do mérito
·
Ser
bom e perfeito, como desejava o jovem rico, implica em desfazer a lógica que
sobrepõe classes, nações e gêneros, uns acima dos outros
·
Será
que também nós, depois de dois mil anos de cristianismo, caímos na armadilha de
nos sentir melhores que os outros?
·
Em
que medida ainda tratamos as pessoas, grupos, religiões e classes sociais a
partir daquilo que achamos que ‘merecem”?
·
Você
concorda com o que faz o chefe de família, que dá a cada um aquilo que ele
necessita, e não aquilo que fez por merecer?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer
a Deus?
·
Deixe
ressoar em você a afirmação clara e provocativa de Jesus mediante a parábola do
patriarca generoso e solidário
·
Peça
a Jesus a graça de se comprometer e se alegrar com os pequenos e grandes sinais
de emancipação dos pobres
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
·
Como
podemos desfazer, com sensibilidade e respeito, a ideia de que os ricos,
sabidos e poderosos estão mais perto de Deus?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite ou cante a invocação: Jesus,
Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite com a bela
canção “Senhor, se tu me chamas eu quero te ouvir; se queres que eu te siga
respondo: eis-me aqui!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=gUhYcuWjSNs)
Pistas sobre Mateus 22,1-16
Na meditação de ontem, acolhemos as ressonâncias do
diálogo de Jesus com os seus discípulos sobre a possibilidade dos ricos
aderirem ao dinamismo do Reino de Deus e ao benefício de quem assimila sua
lógica. Hoje, continuaremos com o tema da incidência do Reino de Deus nas
relações econômicas, sobre como ser justo e bom nessa área.
Na parábola de hoje, o personagem central é um
chefe de família patriarcal (não exatamente um rei ou um patrão). A primeira
cena trata da contratação de diaristas, mas tudo está focado na segunda cena,
no acerto de contas pelo trabalho realizado. A todos o chefe da família
prometera pagar o que seria justo, e
não um valor estabelecido.
As pessoas contratadas na primeira hora assistiram
o pagamento das últimas, que receberam, por poucas horas de trabalho, um valor
que permitia a subsistência diária, e isso estimulou-lhes a expectativa de que
receberiam bem mais, pois haviam feito por merecer. Mas o contratante não se
orientou pela meritocracia, mas pela justiça e pela bondade, e retribui a todas
as pessoas por igual.
Que decepção! O grupo que se julga merecedor de
mais se irrita por ter sido igualado aos demais. De fato, o pai de família não
age conforme o costume, não reforça a superioridade, a competição e a distinção
de classes. A irritação deles brota da inconformidade por terem sido igualados,
nivelados aos mais necessitados. Eles protestam contra a afirmação da igualdade
fundamental de todos! A atitude do pai de família corrói o sistema de
competição, que consagra a desigualdade. Ele se mostra justo e bom com todos, e
é nisso que ele revela a ação de Deus.
Com esta parábola, Jesus convoca os discípulos e
discípulas a tomar uma posição radical, como ele mesmo o fez: assumir um estilo
de vida alternativo também na economia, agindo na perspectiva do Reino de Deus,
guiando-se pela necessidade das pessoas e pela gratuidade, ou pela economia do
dom, como a chama o Papa Francisco.
(Itacir Brassiani msf)
Ensinamento do
Papa Francisco
“O
cuidado da natureza faz parte dum estilo de vida que implica capacidade de
viver juntos e de comunhão.
Jesus lembrou-nos que temos Deus como nosso Pai comum e que isto nos torna
irmãos. O amor fraterno só pode ser
gratuito, nunca pode ser uma paga a outrem pelo que realizou, nem um
adiantamento pelo que esperamos venha a fazer. Por isso, é possível amar os
inimigos. Esta mesma gratuidade leva-nos a amar e aceitar o vento, o sol ou as
nuvens, embora não se submetam ao nosso controle. Assim podemos falar duma
fraternidade universal”. (Laudato Si’, § 228)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para
a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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