segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 979

Ano A Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 979

Dia 27/12/2022 | Terça-feira | Festa de São João, Apóstolo

Evangelho segundo João (20,2-8)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo a canção “Quando chegar o Natal” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=A7Bhr2LHeww)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 20,2-8

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Na celebração da festa de São João, apóstolo e evangelista, o texto ressalta o caráter testemunhal do texto que ele nos brinda

·    Madalena, discípula de Jesus, inconformada com o cruel destino de Jesus, vai à sua sepultura para prantear o Amigo e Mestre

·    O sepulcro aberto é um sinal de alerta, sinal de algo inesperado, e ela busca Pedro e João para testemunhar e interpretar o fato

·    Eles comprovam que o sepulcro está aberto e vazio, e se parece com um leito nupcial, no qual uma aliança foi ratificada

·    O discípulo Amigo (João) vê e dá crédito (acredita) à vida, à missão e à ressurreição de Jesus, e confirma sua decisão de seguir Jesus

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Observe a teimosa inconformidade de Maria Madalena, suas buscas, suas intuições, mas também sua dependência do passado

·    Esta cena deixa o desfecho em aberto, como que convidando-nos a assumir o protagonismo e dar-lhe um final adequado

·    Acreditaremos num fato ocorrido apenas no passado, ou daremos crédito à vida e à proposta de Jesus, fazendo-a nossa?

·    O que o testemunho de João sobre a ressurreição de Jesus significa para as famílias enlutadas pelas mortes pelo Covid-19, e outras?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Prossiga sua contemplação de Deus no presépio, acolhendo o abraço daquele que tanto nos amou que deu sua vida por nós

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que devemos mudar a partir da convicção de que a vida de Jesus não termina em fracasso, mas que caminha à nossa frente?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa e criativa na fé!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Reze com a canção Pai Nosso dos Mártires (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lsPDR_912ls)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre João 20,2-8

A primeira manifestação da ressurreição de Jesus se dá na visita de Madalena à sepultura. Vendo a pedra afastada, Maria vai avisar os discípulos. O amigo de Jesus, que identificamos com o apóstolo e evangelista João, é o primeiro a chegar. Vê a sepultura vazia e as vestes, mas não entra. Pedro chega depois, entra na sepultura e vê o sudário dobrado, em separado, “à parte”. Hoje, o texto sublinha o papel de João, evangelista e apóstolo de Jesus.

A tumba vazia não é o único fundamento da fé na ressurreição, mas é seu sinal. Parece que João conhecia a liturgia do templo, por isso resiste a entrar na sepultura. Para ele, os panos “enrolados” e colocados no “lugar” à parte são a Lei, e a Palavra que se fez carne em Jesus de Nazaré substitui o Templo.

A tumba vazia é um indicativo insuficiente para sustentar a fé na ressurreição de Jesus. Sua base é a experiência pessoal que o/a discípulo/a faz do encontro com Jesus ressuscitado. Mais tarde, Madalena chora diante da sepultura e “se inclina” para olhar. Vê anjos que a interrogam sobre sua dor, e só reconhece Jesus quando ele a chama pelo nome.

Depois de tê-lo desejado, buscado, conhecido e amado em vida, Maria precisa se inclinar para dentro de si mesma, na profundidade do seu desejo, para reconhecê-lo e amá-lo sem retê-lo. É ao voltarmo-nos para nossa interioridade que encontraremos o ressuscitado que nos ama, chama e envia.

O texto termina com reticências, como que convocando-nos a entrar na cena como protagonistas, e a darmos um final adequado àquela manhã misteriosa. João, discípulo, apóstolo e escritor, cuja festa hoje celebramos, viu e acreditou. E deixou seu testemunho inscrito na vida e registrado no quarto evangelho.

Acreditaremos e viveremos em seu nome? Estaremos dispostos a ser semente que, caindo na terra e morrendo, não fica só, e se multiplica incrivelmente? É isso que queremos e decidimos? Daremos essa boa notícia a toda a humanidade?

 (Itacir Brassiani msf)

 

Mensagem do Papa Francisco

É verdade que precisamos de abrir a porta a Jesus Cristo, porque Ele bate e chama. Mas, pensando no ar irrespirável da nossa autorreferencialidade, pergunto-me se às vezes Jesus não estará já dentro de nós, batendo para que O deixemos sair. No Evangelho, vemos como Jesus «ia de cidade em cidade, de aldeia em aldeia proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus». Mesmo depois da ressurreição, quando os discípulos partiram para toda a parte, «o Senhor cooperava com eles». Esta é a dinâmica que brota do verdadeiro encontro” (Gaudete et Exsultate, § 136).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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