domingo, 15 de janeiro de 2023

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 1000

Ano A Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 1000

Dia 16/01/2023 | 2ª Semana do Tempo Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Marcos (2,18-22)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se ouvindo a canção “Te amarei, Senhor” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fdpQv1d7y2k)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Marcos 2,18-22

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Depois do debate sobre as relações de acolhida e respeito entre discípulos e pecadores, Jesus é provocado sobre o jejum

·     Os fariseus e os discípulos de João haviam radicalizado o jejum: a lei pedia uma vez por ano, mas eles o faziam duas vezes por semana

·     Para Jesus, a novidade radical do Reino de Deus – a fraternidade sem fronteiras e a compaixão de Deus – não cabe no jejum

·     O Reino de Deus inaugurado por ele é alegria e celebração agradecida por um Deus que nunca esquece sua compaixão

·     Reduzir a novidade cristã a velhas práticas legais seria como pôr um remendo de pano bom numa roupa completamente esgarçada

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Contemple a cena: os personagens; o questionamento sobre seus discípulos e a resposta de Jesus; as duas comparações que ele usa

·     De onde vem a insistência de nossas Igrejas com as penitências e jejuns e a dificuldade de viver a alegria do Reino de Deus?

·     O que precisamos fazer, nós e nossas comunidades eclesiais, para não remendar velhas práticas e ideologias com o Evangelho?

·     Como poderíamos expressar e celebrar a alegria pela aliança de Deus com a humanidade, que produz vida abundante para todos?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Louve a Deus, com palavras simples que brotam da sua vida, o vinho novo que a meditação do Evangelho vem propiciando a você

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Como poderíamos evitar que a novidade da vida de Jesus e seu Evangelho seja sequestrada por morais arcaicas e rígidas?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa e criativa na fé!”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite a canção “Tu vieste à margem do lago” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QgER5JFSpII&t=3s)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Marcos 2,18-22

A passagem que meditamos no último sábado apresentava o questionamento dos fariseus diante do fato de Jesus e seus discípulos se sentarem à mesa lado a lado com pecadores de diversos tipos. O texto de hoje continua com o tema da refeição, mas o questionamento de alguns observadores críticos é sobre o jejum.

Eles observam os discípulos de Jesus e perguntam por que eles não jejuam, enquanto os fariseus e os discípulos de João praticam esta regra de piedade. Na verdade, a lei de Moisés obrigava o fiel a jejuar apenas uma vez por ano (na festa da expiação), mas o grupo dos fariseus praticava o jejum, voluntariamente duas vezes por semana.

Nesta discussão, o que está em questão é o caminho prático que nos leva à santidade, ou à pureza: a penitência expressa no jejum ou o Reino de Deus, que se mostra na alegria da fraternidade? Como no episódio de sábado (cf. Mc 2,13-17), o questionamento se dirige ao comportamento dos discípulos, mas a intenção é atingir o mestre.

Para Jesus, o problema não é o jejum em si mesmo, mas o lugar que lhe dão os fariseus na prática da fé. Ademais, Jesus discute o lugar que o jejum ocupa no tempo especial que eles vivem com a chegada do Reino de Deus. Ninguém jejua numa festa de casamento, mas come e bebe, participando da alegria dos noivos! E este é o momento que vivem os discípulos: Jesus é o noivo que, em nome de Deus, assina a aliança de compromisso com a humanidade.

Para Jesus, o jejum exagerado que os fariseus praticavam e ensinavam não passava de um belo remendo de pano novo numa roupa velha. E o seguimento de Jesus na perspectiva solidária do Reino de Deus não cabia no velho barril daquela piedade social sofisticada e mortificadora. Repetir essas práticas seria como que colocar em risco a liberdade do Reino de Deus.

Jesus não veio pedir para que multipliquemos promessas e ave-marias, nem para implorar ofertas e jaculatórias, menos ainda para pedir para queimar velas e mais velas, mas para solicitar a nossa participação na solidária e inclusive caravana da vida nova.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Mensagem do Papa Francisco

Não tenhas medo da santidade. Não te tirará forças, nem vida nem alegria. Muito pelo contrário, porque chegarás a ser o que o Pai pensou quando te criou e serás fiel ao teu próprio ser. Depender d’Ele liberta-nos das escravidões e leva-nos a reconhecer a nossa dignidade. Isto vê-se em Santa Josefina Bakhita, que, escravizada e vendida como escrava, sofreu muito nas mãos de patrões cruéis. Apesar disso compreendeu a verdade profunda que Deus, e não o homem, é o verdadeiro Patrão de todos os seres humanos, de cada vida humana. Esta experiência torna-se fonte de grande sabedoria para esta humilde filha da África (Gaudate et Exsultate, § 22).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Nenhum comentário: