quinta-feira, 25 de julho de 2024

Dia dos avós

Os homens e mulheres justos dão bons frutos, mesmo na velhice | 422 | 26.07.24 | Mateus 13,16-17

Estes dois versículos fazem parte do diálogo catequético e formativo de Jesus com seus discípulos. O objetivo de Jesus é explicar as razões que o levam a falar em parábolas, especialmente quando se dirige às autoridades religiosas e ao povo. Mas, na liturgia de hoje, este breve trecho do evangelho segundo Mateus ilumina a festa de São Joaquim e Sant’Ana, pais de Maria e avós de Jesus.

As parábolas tratam, antes de tudo, do mistério do Reino de Deus, por vontade de Deus acessíveis prioritariamente aos “pequenos”, aos pobres e humildes do Senhor. Como as crianças e vulneráveis, são eles os mais aptos a entender e acolher o Reino de Deus como graça e tarefa. Ver e ouvir o que Jesus faz e diz significa discernir a presença de Deus nos acontecimentos e na ação de Jesus.

Pelos capítulos que antecedem estes versículos, sabemos que as lideranças do judaísmo rejeitaram o ensino e a ação libertadora de Jesus. Eles escutaram sem entender e viram sem aceitar. Tendo um coração torpe, fecharam os ouvidos e os olhos para não se converterem. Por outro lado, aqueles que acolhem o ensino de Jesus e o seguem são realmente felizes, alcançaram uma vida cheia de brilho e de vigor.

Isso não é frustração nem acaso, mas fruto do querer de Deus. A condição das pessoas que, entendendo e acolhendo a mensagem do reino de Deus, a vivem e anunciam, é a mesma, ou ainda superior, à dos justos e profetas do Antigo Testamento: eles quiseram ouvir, mas não conseguiram, quiseram ver, mas não alcançaram. Assim são os discípulos missionários de todos os tempos.

A liturgia de hoje nos leva a entender que Joaquim e Ana, pais de Maria e avós de Jesus, fazem parte daqueles justos e profetas que, vivendo a esperança da vinda do Messias e fazendo o que estava ao alcance para que isso acontecesse, desejaram ver e ouvir, mas não conseguiram.  

E nós celebramos a memória destes santos como Dia dos Avós e dos Idosos. A propósito, vale a pena recordar o que diz salmista: “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro que há no Líbano. Mesmo no tempo da velhice darão frutos, serão cheios de seiva e verdejantes”. Que o Bom Deus conceda essa graça aos nossos idosos e idosas.

 

Meditação:

·    Leia atentamente, sem pressa, palavra por palavra, estes dois breves versículos nos quais Jesus elogia os verdadeiros discípulos/as

·    Somos capazes de ver, reconhecer e alegrar-nos com os sinais do reino de Deus nas pessoas e acontecimentos simples e frágeis?

·    Somos capazes de ver e reconhecer na sabedoria afetuosa e no amor terno e vulnerável dos avós sinais da bondade de Deus?

·     Alegramo-nos de verdade com esta dinâmica do reino de Deus, e como isso transparece naquilo que fazemos e anunciamos?

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