sexta-feira, 12 de julho de 2024

O destino dos enviados poderá ser o mesmo do de quem que envia

O destino dos enviados poderá ser o mesmo do de quem que envia | 409 | 13.07.24 | Mateus 10,24-33

No texto que rezamos ontem, Jesus nos apresentava as atitudes que devem nortear a vida dos discípulos missionários: confiança, simplicidade, prudência e perseverança. Hoje, no trecho que segue o de ontem, Jesus ressalta a importância de manter ele, seu anúncio e sua prática, em tudo e sempre, como modelo e referência, e de jamais deixar-se imobilizar ou guiar pelo medo.

Jesus inicia as palavras que meditamos hoje sublinhando uma certa paridade entre o seu modo de viver e a atitude daqueles que ele envia como discípulos missionários. Trata-se, por um lado, de não buscar aplausos, protagonismos e posições de poder ou relevância, pois ele sempre se apresentou como servidor; e, isso significa ter consciência de que as violências que ele sofreu poderão ser vividas também por aqueles que ele envia à sua frente e em seu lugar.

Jesus ilustra isso recorrendo ao senso e à experiência comum das relações sociais: o discípulo não está acima do mestre, e o servo não está acima do senhor. Ele não critica isso que hoje seria inaceitável aos olhos do homem moderno, mas acrescenta que os discípulos missionários não são seus empregados, e sim irmãos e irmãs, pessoas que fazem parte de sua família. Se a Jesus, que é como que o chefe da família, o acusaram de ser agente do chefe dos demônios, isso também pode ocorrer com os irmãos e irmãs que ele envia.

Mas a insistência dessa exortação missionária de Jesus recai sobre a necessidade de confiar, de não ter medo. O medo pode paralisar, limitar ou desorientar o anúncio e o testemunho do Reino de Deus, e pode levar os discípulos missionários até a fugir da missão. Mas, para Jesus, tudo está dentro do conhecimento compassivo e da vontade do Pai. Os “podres poderes” têm um poder limitado, têm “pés de barro”, e não podem matar o fermento da vida inaugurada em Jesus. Como diz Paulo, mesmo que seus enviados sejam perseguidos, o Evangelho não está algemado. 

Temer a Deus significa permanecer fiel à missão, pois ela é parte indissociável da vida nova em Cristo. Significa também ter mais em conta a vontade de Deus que as pressões e intimidações dos poderosos. Sem essa confiança de base, a vida perde seu esplendor e seu dinamismo. Deus é Pai e está próximo e atento às necessidades dos seus amados pequeninos. E nada escapa do seu cuidado por nós. Ademais, aquele que nos envia, é nosso advogado!

 

Meditação:

·    Deixe que ressoe em você e rumine por um instante cada uma das recomendações de Jesus aos discípulos  

·    Repita e deixe ecoar em sua mente e seu coração cada palavra de estímulo de Jesus aos seus discípulos/as

·    O que significa para você, nesse momento, a ordem insistente de Jesus: “Não tenha medo”?

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