quinta-feira, 11 de julho de 2024

Evangelizar com a simplicidade da pomba e a astúcia da serpente

Evangelizar com a simplicidade da pomba e com a astúcia da serpente | 408 | 12.07.24 | Mateus 10,16-23

Depois de falar sumariamente do campo, das tarefas, do suporte e do impacto da missão que confia aos discípulos missionários, no texto que estamos meditando e rezando hoje, Jesus apresenta as atitudes fundamentais que devem demarcar a vida missionária, essencialmente, em qualquer tempo ou lugar: simplicidade, prudência, confiança e perseverança.

Jesus começa sublinhando que geralmente a missão se desenvolve num contexto de hostilidade, e é povoada de provações. Por isso, a tentação de desistir e desanimar estará sempre presente. O discípulo missionário será sempre como uma ovelha no meio de lobos, guiando-se tanto pela estratégia como pela simplicidade. Por isso, precisa mirar-se no pastor, modelo que o inspira e precede, sem “correr em raia própria”, sempre em comunidade.

A primeira atitude essencial do discípulo missionário é a simplicidade, que é o compromisso sincero e íntegro com o Reino de Deus, o compromisso de fazer sempre o bem e manter-se nele, de jamais desconfiar das pessoas ou ter medo delas. É claro que isso não tem nada a ver com ingenuidade, mas tudo a ver com o modo de ser e de agir de Jesus. Ele é o missionário do Pai!

A segunda atitude é a prudência, ou, em outras palavras, a sabedoria, que se mostra na escuta atenta e dócil da Palavra de Deus e na prática que lhe corresponde. É disso que brota a “esperteza evangélica”, aquela inteligência lúcida e autêntica que suscita criatividade e estratégias adequadas para levar a missão adiante, sem desvios e sem concessões. É claro que não se trata daquela propalada esperteza que se rege pela lei de em tudo levar vantagem.

A terceira atitude que não pode faltar ao discípulo missionário de Jesus é a confiança, e aqui se trata, antes de tudo, de confiança no Pai, na sua bondade, na sua providência imensamente divina. Nenhuma provação ou tribulação estará fora do seu olhar. Quem confia no Pai não se intimida diante das contrariedades, nem se vinga diante das perseguições. Sabe o que vale para Deus!

Por fim, e temperando as três atitudes anteriores, a perseverança, porque o discípulo missionário sabe que seu trabalho não é inútil e que as intempéries são passageiras e limitadas. Quem se mantiver fiel ao Mestre, no sucesso ou na perseguição, será por ele defendido, protegido e apresentado ao Pai.

 

Meditação:

·    Deixe que ressoe em você e rumine por um instante cada uma das recomendações de Jesus aos discípulos

·    Qual das quatro atitudes que ele ressalta lhe parece mais relevante para as comunidades e seus missionários/as hoje?

·    Quais seriam outras atitudes que poderiam assegurar a credibilidade da evangelização hoje?

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