sábado, 17 de agosto de 2024

Maria que Deus amou e escolheu pra mãe de Jesus, o Filho de Deus

Maria que Deus amou e escolheu pra mãe de Jesus, o Filho de Deus | 445 | 18.08.24 | Lucas 1,39-56

O texto do evangelho de hoje é escolhido para iluminar a solenidade da Assunção de Maria de Nazaré, a Mãe do Filho de Deus, ao céu, em sua integridade e unidade pessoal. É uma afirmação recente da Igreja católica (1950), que recolhe uma tradição milenar e indícios ou indicativos esparsos nas Escrituras e na Tradição. Com esta celebração sublinhamos a vocação humana à vida plena e a dignidade do corpo, especialmente do corpo das mulheres.

O episódio evangélico que é proposto à meditação na solenidade de hoje traduz de modo plástico e poético a presença libertadora de Deus na história, assim como a serena alegria que ela desperta na oração e no cântico dos pobres. Não se trata de um sonho utópico e inalcançável, mas de uma esperança segura, que se fundamenta na fidelidade de Deus revelada ao longo da história do povo de Israel e das comunidades cristãs. É uma esperança que não engana.

A primeira parte da cena é uma ampliação do evento da anunciação do anjo Gabriel a Maria e, ao mesmo tempo, uma confirmação dos sinais indicados por ele.  Recebendo a graciosa e inesperada visita de Maria, que nos ensina a não tardar a ir ao encontro de quem precisa de nós, Isabel proclama e saúda a presença do Messias amado e esperado no seio dela, com a mesma surpresa e alegria com as quais Davi e o povo de Israel saudaram a presença fiel e libertadora de Deus na Arca da Aliança, quando fora acolhida festivamente em Jerusalém.

O próprio João Batista, ainda no ventre profético de Isabel, antecipa essa alegria messiânica, e, com a mãe, reconhece e celebra a presença de Deus no meio do povo. Maria é aclamada como bem-aventurada porque acreditou na verdade e na força fecunda da Palavra de Deus. Nas suas palavras e a seu modo, Isabel desvenda o significado profundo da maternidade de Maria. E assegura, com força feminina, que as promessas de Deus serão cumpridas.

Maria intervém com um cântico profético no qual celebra a ação de Deus no passado e assegura a fidelidade da sua misericórdia no futuro. Nesse cântico ela, serva humilde e humilhada, representa todos os pobres agraciados por Deus que visualizam um mundo novo, que vence e supera forças as estruturas que dominam e excluem. Em Maria elevada ao céu e em seu cântico profético, o êxodo se renova e as bem-aventuranças são antecipadas.

 

Meditação:

·    Reconstrua a cena, acompanhando Maria na sua caminhada de Nazaré à Judéia, ao seu encontro alegre e revelador com sua parenta Isabel

·    Deixe-se envolver pela alegria messiânica que ilumina e renova Maria, Isabel e João Batista

§  Repita, com Isabel, a saudação mística e profética com a qual recebe e celebra a visita de Deus ao seu povo

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