Encontro
dos Formadores dos Missionários da Sagrada Família
Nosso
Governo Geral convocou os formadores de todas as Províncias para um encontro de
estudos, em Roma. Por isso, aqui estamos, 26 participantes, entre formadores e
Governo Geral: 2 de Kalimantan; 3 de Java; 3 de Madagascar; 3 da Polônia; 2 do
Chile; 1 da Argentina; 1 do Brasil Oriental; 4 do Brasil Meridional; 2 do
Brasil Setentrional; 5 do Governo Geral.
O
Encontro está sendo realizado numa casa de encontros, nas proximidades do
aeroporto de Roma, e começou na terça-feira, com uma apresentação da realidade
da formação nas diversas Províncias (não estou bem informado do que aconteceu,
pois só cheguei na quarta de manhã).
RS), a quem foi pedido que ajudasse o grupo discorrendo sobre como
ajudar os formandos e coirmãos a assumirem um processo de permanente
crescimento e amadurecimento humano. Depois de algumas considerações
introdutórias, o professor Carbonari propôs uma breve análise do atual contexto
pedagógico e cultural. Em seguida, apresentou alguns elementos antropológicos
de base para a arte da formação: itinerância e busca, abertura e incompletude,
liberdade e sujeito, humanização e desumanização.
Na
manhã do terceiro dia (hoje), com a ajuda do Pe. Antonio Marga Murwanta msf (da
Província de Java), refletimos sobre o processo de amadurecimento religioso.
Depois de nos apresentar alguns textos motivadores do magistério da Igreja,
propôs alguns sinais daquilo que seria a maturidade religiosa de uma pessoa: a
responsabilidade pela própria vocação; a abertura à transcendência; a
capacidade de mudar; a coragem de entrar na interioridade e acolher o mistério;
a capacidade de se comunicar com abertura e de modo personalizado; a capacidade
de tomar decisões em relação à própria vocação; a disponibilidade à missão do
Instituto; a alegria interior e a liberdade efetiva. Finalmente, antes de
propor um trabalho em grupos, indicou algumas práticas que podem ajudar os
formadores no acompanhamento dos formandos para a maturidade afetiva: a
presença efetiva e qualificada junto aos formandos; o exemplo e o testemunho
pessoal; a atitude de serviço; o relacionamento baseado na confiança recíproca;
a coragem de divergir e corrigir; o diálogo frequente e personalizado
formador-formando; a inserção na vida pastoral da Igreja.
Na
parte da tarde, fizemos uma visita a um interessante sítio arqueológico, aqui
mesmo, nas proximidades de Roma. Trata-se de da Necropoli della Banditaccia, no município de Cerveteri: uma grande
área usada como cemitério pelo povo etrusco, nove séculos antes de Cristo. É
impressionante o conjunto de mausoléus escavados em rocha vulcânica, acima e
abaixo do nível da terra, alguns deles muito bem conservados, apesar dos mais
de 2.800 anos. Encerramos o passeio com
uma gostosa e animada janta, num pequeno e típico restaurante, ainda na região.
Encontros
como este têm sua importância, especialmente para que os formadores, numa
congregação como a nossa, alarguem sua visão, superando uma mentalidade demasiadamente
provinciana. Ademais, experimentamos na própria pele o valor e a exigência das
diferenças culturais, que são riqueza e dificuldade, assim como a necessidade
de que dominar uma língua estrangeira que possibilite a comunicação entre as
diversas Províncias e regiões.
Itacir
Brassiani msf
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