Amemos e sirvamos, para que haja uma amanhã
819 | 28 de agosto de 2025 | Mateus 24,42-51
Estamos refletindo sobre as críticas e denúncias de Jesus
contra os dirigentes do templo e do judaísmo como um todo. Depois de uma longa
e dura crítica aos fariseus e mestres da lei, circulando e pregando em
Jerusalém, nas proximidades do templo, Jesus anuncia a total destruição do
templo e do poder dos impérios, assim como dos sinais e sofrimentos que a
acompanham (23,33 a 24,35).
Mas Jesus não cede a qualquer especulação, e não fala da
data em que isso acontecerá. Em vez disso, Jesus chama seus discípulos à
vigilância e estar sempre devidamente preparados. Parece que, com o passar do
tempo e com a demora da consolidação do Reino de Deus, a comunidade dos
discípulos corria o risco de cair na excessiva penitência, ou então desanimar e
relaxar.
Jesus insiste que é preciso viver o dinamismo discreto, mas
efetivo, do Reino de Deus em meio a situações complexas e difíceis. Ele jamais
deu a entender que a aventura de seguir seus passos e de participar da sua
missão seria um mar de rosas. Esperar com lucidez o reino de Deus significa
vigiar mantendo a atitude de serviço, fecundada e sustentada por essa utopia.
Para ilustrar a atitude correta, Jesus recorre à metáfora do
ladrão e à parábola do servo fiel. Como o ladrão, o reino de Deus e Jesus
chegam quando ninguém espera. Por isso, os discípulos precisam se comportar
como o servo fiel e sensato, que, na ausência do patrão, cumpre fielmente sua
missão de servir seus companheiros.
Ao mesmo tempo, Jesus reprova a postura do empregado que, diante
da demora do patrão, pensa unicamente em seus próprios interesses e age com
violência em relação aos demais. Tais discípulos são equiparados aos hipócritas
(fariseus e mestres da lei) que Jesus denunciara anteriormente.
Os discípulos sensatos são aqueles
que ouvem e praticam o Evangelho, e, assim, constroem suas casas sobre a rocha.
E isso significa importar-se com a vida e o bem-estar do próximo, mantendo
acesa a chama da esperança, mesmo quando parece que nada acontece ou nada vale
a pena.
Sugestões para a
meditação
§ Retome
calmamente as duas comparações que Jesus oferece sobre a correta atitude em
tempos de espera e demora
§ O que você pode
fazer para ajudar a evitar que as comunidades cristãs fujam da sua
responsabilidade de mudar o mundo e antecipar o reinado de Deus e se refugiem
no culto e no moralismo?
§ Como você, sua
família e sua comunidade viveram o longo tempo de isolamento e espera que da
pandemia do Covid 19?
§ Lembre o
exemplo de tantas pessoas, de ontem e de hoje, que esperaram e preparam responsavelmente
o futuro esperado
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