quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fatos & Personagens: Albert Einstein


Cuidado com ele!

No dia 18 de abril de 1955 morreu Albert Einstein. Até este dia, e durante vinte e dois anos, o FBI (Federal Bureau of Investigation) grampeou seu telefone, leu suas cartas e revirou suas latas de lixo.

Einstein foi espionado porque era espião. Espião de Moscou: era o que dizia sua frondosa ficha policial. E também dizia que ele havia inventado um raio exterminador e um robô capaz de ler a mente humana. E dizia que Einstein “foi membro, colaborador ou filiado a trinta e quatro frentes comunistas entre 1937 e 1954, dirigiu honorariamente três organizações comunistas, e não parece possível que um homem com esses antecedentes possa se transformar num leal cidadão americano”.
 
Nem a morte o salvou. Continuou sendo espionado. Já não pelo FBI, mas pelos seus colegas, os homens da ciência, que cortaram seu cérebro em duzentos e quarenta pedacinhos e analisaram um por um, à procura da explicação do seu gênio.Não encontraram nada.

Einstein bem que tinha avisado: “A única coisa de anormal que tenho é a minha curiosidade.”

(Eduardo Galeano, Os filhos dos dias, L&PM, 2012, p. 132)

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