domingo, 2 de agosto de 2020

Leitura Orante do Evangelho (03.08.2020)


Dia 03 de Agosto | Segunda-feira | 18ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (14,22-36)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.

Em tempos de restrições à convivência e movimentação social, imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada que vivemos em nosso país – produza bons frutos.

(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Reze, ouvindo e repetindo o mantra: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar! Ela é luz e verdade, precisamos acreditar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0S2T8DRwiBM)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 14,22-36
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      Depois de pedir que os discípulos a não dessem as costas ao povo faminto e de, movido pela compaixão, distribuir pão e peixe para todos, Jesus envia os discípulos à sua frente e se retira para rezar
·      Longe de Jesus, no meio da noite e do mar agitado pelo vento, eles se apavoram e tem dificuldades até de reconhecer Jesus
·      É a simples presença de Jesus no barco que acaba com as ameaças, e sua mão estendida e Pedro é socorro e alívio
·      As palavras de Jesus são de encorajamento, mas também de advertência pela debilidade da sua fé
·      Na voz de Pedro, os discípulos acabam fazendo uma bela profissão de fé em Jesus, reconhecendo ser ele o Filho de Deus
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      Procure participar das três cenas: Jesus retirando-se para uma noite de oração; os discípulos no meio do mar agitado pelas ondas, gritando de pavor no meio da noite; a aproximação de Jesus, seu diálogo com Pedro e a calmaria que se fez
·      Tente perceber o conteúdo do diálogo orante de Jesus com o Pai: certamente ele faz menção à morte de João Batista, á sua compaixão pelo povo, ao pão tornado acessível a todos, aos discípulos que ele havia enviado à sua frente
·      Recorde situações de aperto e desespero pelas quais você passou, e como a fé na presença de Jesus lhe ajudou
·      Será que sua fé também é frágil como a de Pedro?
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Visualizando tanta gente assustada e ferida pela pandemia, repita, com Pedro: “Senhor, salva-nos!”
·      Permita que Jesus lhe estenda a mão, e segure-se nela
·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      Como nossa Igreja poderia superar o assistencialismo e o espiritualismo, e lutar para que haja “pão em todas as mesas”?
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
·      Ouça e cante o refrão: Louvarei a Deus, seu nome bendizendo. Louvarei a Deus: à vida nos conduz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=PYsPJrMIv7M)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

SUBSÍDIO
Depois de saciar a multidão faminta com pão e peixe, Jesus envia os discípulos à sua frente e se retira para rezar durante toda uma noite, sozinho, como ensinara aos seus discípulos. Ele renova seu compromisso para que o nome do Pai seja santificado, venha seu reino, sua vontade seja feita, e o pão chegue a todas as mesas.
Paralelamente, já no meio do mar e da noite, o barco dos discípulos é agitado pelo vento e pelas ondas. Certamente a agitação é também interior, frente à compaixão de Jesus pelo povo e a convocação de todos a colaborar com o atendimento de suas necessidades essenciais. O mar representa todas as forças adversas, tanto interiores como exteriores, inclusive a pressão do império romano.
A aproximação de Jesus não resolve a situação, mas até a torna mais grave, pois, pensando que fosse um fantasma, os discípulos começam a gritar de pavor e medo. As primeiras palavras de Jesus são para acalmar e encorajar seus seguidores, insistindo que é ele mesmo, e não uma fantasia deles. Ao fazer seu pedido, Pedro deixa entrever que a dúvida sobre quem é que se aproxima continua.
A aparente fé e submissão de Pedro a Jesus denota um certo desejo de participar do seu poder, mas não consegue disfarçar o medo e a fragilidade. Quando ele grita de medo, pois teme mais as ondas e o vento que a Jesus, Jesus lhe estende a mão e adverte: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” Mas assim que ele entra no barco, tudo se acalma, e Jesus é reconhecido como Filho de Deus.
As tribulações e riscos fazem parte da vida dos/as discípulos de Jesus: medo, desespero, vontade de abandonar tudo. Mas precisamos deixar a palavra de Jesus ressoar forte e segurar a sua mão. E prosseguir, com e como ele, o ministério de restaurar a vida dos pobres.
 (Itacir Brassiani msf)

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