quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Leitura Orante do Evangelho (13.08.2020)


Dia 13 de Agosto | Quinta-feira | 19ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (18,21-19,1)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.

Em tempos de restrições à convivência e movimentação social, imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada que vivemos em nosso país – produza bons frutos.

(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Reze, ouvindo e repetindo o mantra: Aquele que vos chamou é fiel! Aquele que vos chamou é fiel! Fiel é aquele que vos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 18,21-19,1
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      A pequena, frágil e promissora comunidade de discípulos/as de Jesus carrega o tesouro do Reino de Deus em vasos de barro
·      Jesus é um Mestre realista e, por isso, propõe uma pedagogia para tratar dessas dificuldades relacionais da comunidade
·      Como demonstra o Pai em Jesus, o perdão recebido e devido pelos cristãos não conhece limites em relação ao tamanho da ofensa e à quantidade de reincidências
·      A comunidade dos discípulos/as é chamada a ser embaixadora e ministra do perdão e da misericórdia reconciliadora do Pai
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      Todos já vivemos a experiência de ofender uma pessoa próxima e querida, ou de ser ofendido/a por outros/as
·      Mesmo que o perdão que recebemos dessas pessoas posa não ter sido pleno e total, Deus não nos tratou assim
·      Recorde suas experiências de ser perdoado/a pelas pessoas, e, principalmente, por Deus
·      Você já se percebeu tentado/a a colocar condições e limites no perdão que os outros lhe pedem?
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Agradeça ao Senhor por todas as vezes que as pessoas que você ama, sua família e sua Igreja foram mediadoras do perdão de Deus para você
·      Peça a Deus que alargue a tenda do seu coração, a fim de que você possa ser uma mediação viva do perdão incondicional e irrevogável do Pai para as pessoas de suas relações
·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      Como a Igreja pode levar mais a sério e tornar efetivo o ministério da reconciliação confiado por Jesus à sua comunidade, na qual está sempre presente com sua misericórdia?
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
·      Ouça e cante o refrão: Jesus, eu irei te louvar pela vida!  Jesus, eu ire1 te anunciar para sempre aos irmãos! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=A6JBzZO7tZc)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

SUBSÍDIO
Nos capítulos 16 a 18 do seu evangelho, Mateus nos apresenta as orientações fundamentais de Jesus para que a comunidade de discípulos/as assuma um estilo de vida alternativo, inovador, profético e crítico aos estilos então habituais e predominantes. Nos textos de ontem e de hoje Jesus aborda a questão do enfrentamento das tensões e ofensas nas relações comunitárias.
Para ser fiel a Jesus, na comunidade cristã o perdão deve ser uma ação contínua e reiterada. O pedido de desculpas e o perdão não tem limites. Sem isso, a vida em comunidade é inviável e a liderança pode decair em opressão. O perdão concedido aos irmãos é expressão viva do perdão recebido do Pai e decorre dele.
Jesus ilustra isso com uma parábola, focalizada em quem deve perdoar, e não no pecador ou ofensor. Para Jesus, não são os reis mais os pais a imagem de Deus, mas a parábola sublinha que, como o rei dessa história, Deus exige que seus filhos e filhas perdoem, porque foram antes perdoados. Mas, diferentemente do rei, o perdão de Deus não é revogável mas definitivo e incondicional.
Os 10 mil talentos devidos ao rei correspondem a um ano dos tributos cobrados de Israel pelo imperador romano, enquanto que a dívida do empregado inferior corresponde a apenas 100 dias de trabalho. Isso ressalta a imensa diferença entre as dívidas, entre o perdão que recebemos e o perdão que devemos dar.
Note-se que o rei não aceita dar mais prazo ao devedor, mas perdoa a dívida. Ele simboliza a compaixão ilimitada de Deus. Mas o outro empregado não dá mais prazo nem perdoa, e se mostra mais cruel que o próprio rei. Para Jesus, gentileza gera gentileza, perdão gera capacidade de perdoar. Para o cristão, o perdão é norma, não opção!
 (Itacir Brassiani msf)

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