terça-feira, 25 de agosto de 2020

leitura Orante do Evangelho (26.08.2020)


Dia 26 de Agosto | Quarta-feira | 21ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (23,27-32)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos que propomos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
 (Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Reze, ouvindo e repetindo o mantra: Quero levar esta bíblia, ir cantando em procissão; ir feliz como quem leva a luz do céu em sua mão! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NkCrA4LJh-k)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 23,27-32
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      Comece a leitura no início do capítulo para não perder a ideia de conjunto das críticas e acusações
·      Procure entender os detalhes as duas acusações que Jesus dirige aos fariseus no texto de hoje
·      Procure compreender bem o sentido da comparação dos fariseus e escribas com sepulturas decoradas
·      Procure ler ao contrário: o que Jesus pedem ou espera daqueles/as que se fazem seus discípulos/as
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      Seguindo o que fala Jesus, identifique as principais incoerências e contradições dos líderes cristãos e políticos de hoje
·      Identifique e dê nome às contradições e incoerências que ameaçam você, sua família e sua comunidade
·      Seria possível identificar situações concretas em que os cristãos perseguem e excluem pessoas e grupos que denunciam suas contradições e traições ao Evangelho de Jesus?
·      Você consegue perceber em você mesmo/a injustiças e hipocrisias que se escondem atrás da aparência de justiça?
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·      Faça uma revisão serena e crítica de sua vida de discípulo/a, e da vida da sua Igreja, e invoque a misericórdia de Deus
·      Peça ao Pai a graça de empenhar sua vida pelo Reino de Deus, com coerência, transparência e generosidade
·      Peça a Deus pela autenticidade e transparência das lideranças da Igreja (leigas, consagradas e ordenadas)
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      O que podemos fazer para diminuir a incoerência e as contradições das comunidades e lideranças da Igreja católica?
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
·      Ouça e cante o refrão: Guarda a Palavra, guarda no coração! Que ela entra em tua alma e penetre os sentimentos! Busca noite e dia a luz do amor de Deus; se guardares a Palavra, ela te guardará! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=l0w4rIQdk7g)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

“Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!”
(Salmo 127/128)

SUBSÍDIO COMPLEMENTAR

Continuamos refletindo sobre as críticas de denúncias de Jesus contra os mestres da lei e fariseus. Vimos que o evangelista fala dos fariseus mas pensa nos discípulos de Jesus. Ele visa alertar e chamar à conversão e à coerência de vida os discípulos/as de todos os tempos.

No texto de hoje, temos a sexta e a sétima “maldição”. Na primeira delas, Jesus denuncia a incoerência entre a aparência e a realidade concreta da vida dos escribas e fariseus. Na segunda, afirma que, mesmo disfarçando, eles continuam a tradição assassina de seus antepassados.

Acuados pela busca da pureza cultual, os judeus costumavam pintar com destaque as sepulturas para que ninguém corresse o risco de se contaminar pisando nos cadáveres. Mas Jesus muda um pouco o sentido dessa imagem, e diz que os fariseus e mestres da lei são como sepulturas enfeitadas para esconder o mal e a podridão que eles alimentam e guardam dentro de si.

Além disso, ao enfeitar as tumbas dos profetas e recordar o destino deles, em vez de fazê-lo para honrar os profetas o fazem para esconder a violência com a qual perseguem os profetas do seu tempo, João Batista e Jesus à frente, e os/as discípulos/as depois.

Para Jesus, eles não apenas continuam a história de violência mas a completam e levam ao ponto mais alto. Por isso, Jesus associa as suas cidades aos lugares mais detestados pela história, símbolo de fechamento e violência: Tiro, Sidônia e Sodoma.

Ser cristão é ser discípulo de Jesus, seguir seu modo de viver. A preocupação fundamental não pode ser a pureza ritual e exterior, mas a pureza de mente e de coração. Ser cristão é ser diferente, transparente e coerente com Jesus Cristo e seu Evangelho. O alerta nos foi dado...
 (Itacir Brassiani msf)

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