quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Leitura Orante do Evangelho (20.08.2020)


Dia 20 de Agosto | Quinta-feira | 20ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (22,1-14)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.

Em tempos de restrições à convivência e movimentação social, imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada que vivemos em nosso país – produza bons frutos.

(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Reze, ouvindo e repetindo o mantra: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado! Aleluia! Aleluia!! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=TTIzApEAcYw)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 22,1-14
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      Depois de uma longa caminhada missionária, durante a qual exerce o ministério da compaixão em benefício do povo necessitado e forma seus discípulos na novidade do Reino de Deus, Jesus chega a Jerusalém
·      Lá ele é acolhido com alegria pela gente da periferia, entra no templo com o chicote na mão e inicia um confronto duro e implacável com a elite que controla o judaísmo e o povo
·      Através de parábolas, inclusive a de hoje, ele enfrenta esta elite e justifica a abertura das portas do reino de Deus aos pobres
·      Sacerdotes, escribas e fariseus recusam o convite para a festa inclusiva do Reino de Deus, e não reconhecem e até contestam a autoridade de Jesus.
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      O convite do Pai para participar da aliança do Filho não exclui ninguém, mas há aqueles/as que se recusam a participar daquilo que não lhes é exclusivo e não exclui ninguém
·      Mesmo que seus enviados sejam tratados com violência, o Pai não reage do mesmo modo: mas ele se dirige àqueles/as que alimentam a esperança e a abertura à intervenção de Deus
·      Como você vem respondendo a este convite para participar da festa da vida que acolhe quem sempre foi relegado à margem?
·      Você acolhe esse convite com alegria e compromisso, ou “com dor de cotovelo”, como se você e sua classe fossem preteridos?
·      E você está usando a roupa adequada para uma festa de núpcias (prática da justiça) e não se preocupa com a coerência?
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Peça a Jesus a graça de se comprometer e se alegrar com a inversão de prioridades que o Evangelho propõe e inaugura
·      Louve a Deus pelos sinais de reconhecimento da dignidade das pessoas e grupos histórica e socialmente marginalizados
·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
·      Ouça e cante o refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passou meus, seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qDB0xTgG7Is)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

SUBSÍDIO
O calendário litúrgico omite quase dois capítulos do evangelho de Mateus e nos propõe para hoje o início do capítulo 22. A parábola faz parte do quinto bloco narrativo de Mateus. Jesus percorreu um longo e tumultuado caminho e chegou a Jerusalém. Ali ele travará um duro confronto com a instituição do templo e seus defensores, que começa com sua entrada no templo com chicote na mão e se prolonga em várias parábolas.
A parábola dos convidados para a festa de casamento é um confronto aberto com os fariseus e mestres da lei, que representam a elite religiosa. Os protagonistas são um rei que convida seus amigos para a festa de casamento do seu filho (uma alusão a Jesus). Comer e festejar significa participar da vontade de Deus, e evoca as refeições de Jesus com as pessoas excluídas.
Os convidados preferenciais para a festa declinam do convite reiterado do rei, e tratam seus enviados com violência. Na verdade, rejeitam a autoridade de Jesus e a participação no dinamismo do Reino de Deus, no qual há lugar para todos. Mesmo vendo seu convite rejeitado e seus enviados tratados com violência, o rei não reage de modo violento nem pune aqueles que não o reconhecem.
O rei deixa de convidar os que vivem nos templos e corredores dos palácios e se dirige às pessoas e grupos que vivem nas encruzilhadas (lugares de mendicância), abrindo a porta do seu Reino a todos, sem exclusão: homens e mulheres, judeus e pagãos, doentes e pecadores, adultos e crianças, bons e maus. É nisso que consiste a alegria do rei, e é nisso que ele se parece com Deus Pai.
Alguém que aceitou o convite não tem as vestes adequadas e é punido duramente. Trata-se de alguém que quer ser discípulo mas não assume um novo jeito de viver. Deus trata severamente as elites e os discípulos maus!
(Itacir Brassiani msf)

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