sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 507

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 507

Dia 11/09/2021 | 23ª Semana Comum | Sábado

Evangelho segundo Lucas (6,43-49)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se ouvindo e cantando: A Palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Lucas 6,43-49

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Nossa fé e adesão a Jesus precisa se mostrar em nosso estilo de vida, nas opções fundamentais e nas relações cotidianas

·          Como o fruto revela a qualidade da árvore o que tiramos do cofre mostra o que nele guardamos, nossa ação revela nossa fé

·          Sem a coerência entre escuta, entendimento e prática, nossa fé é como uma casa de fachada vistosa mas sem alicerce

·          É sempre deplorável a postura de “querer ensinar o padre a rezar a missa”, de corrigir a liberdade e a novidade de Jesus

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·          Retome cada palavra e cada comparação usada por Jesus e deixe que ressoem em sua vida

·          Em que medida a fé que você demonstra em nossa família e comunidade carecem de coerência?

·          Quais são os frutos bons que a escuta e meditação da Palavra e o cultivo da fé em Jesus tem produzido em você, sua família e sua comunidade?

·          Você não acha que corremos o risco de inflacionar novenas, adorações e ritos, mas deixamos anêmica nossa ação e nossos compromissos?

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·          Reze, pedindo ou cantando: “Dá-me a palavra certa, na hora certa, do jeito certo, e pra pessoa certa!”

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          O que você pode fazer para que sua família e sua comunidade vivam com autenticidade e radicalidade a coerência entre fé e vida?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Medite e reze ouvindo e cantando: “Javé é o Deus dos pobres, do povo sofredor” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sg3TbmR0FRU)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Pistas sobre Lucas 6,43-49

Somente quem tem olhar limpo e coração puro está em condições de ajudar e criticar o próprio irmão. A misericórdia do Pai, que é bondoso tanto para com os bons como para os ingratos é a regra. Nessa mesma linha, Jesus hoje nos oferece critérios para reconhecer o/a discípulo/a autêntico. Não basta reconhecer Jesus como Senhor!

Como a razão de ser da árvore é produzir sombra, flores ou frutos, espera-se que o/a discípulo/a demonstre o que é naquilo que faz, nas relações que estabelece com pessoas e coisas. E este fruto está longe de ser um canto, uma oração, uma invocação, um exercício de piedade. Como vimos ontem, trata-se de ser misericordioso/a como ele o é conosco.

É pelos frutos que produzimos em nossas relações que revelamos em quem acreditamos e demonstramos a qualidade da árvore que somos. Não podemos esperar coisa boa de gente que se orienta pelo ódio ou pela indiferença, que se manifesta pela eliminação daqueles que julga errados ou incômodos, e publica frases de piedade e de pessoa devota.

As relações são exteriores, mas revelam as decisões interiores, os valores que nos orientam e que são preciosos para nós. Se nossa consciência é bem formada, se assumimos a escala de valores do Evangelho, se nos pautamos nossas ações pela prática de Jesus, sempre tiraremos desse tesouro decisões e relações boas e construtivas.

O que se espera de nós, cristãos, é coerência entre a fé que professamos e aquilo que praticamos: seguir Jesus implica em levar a sério sua palavra e colocá-la em prática em todas as dimensões da vida. Caso contrário, seremos como as belas mansões construídas sem alicerce, sobre a terra: não resiste diante da menor prova ou força contrária; ou como as belas sepulturas que escondem carne em decomposição.

Que a incoerência e a superficialidade não façam de nós videiras estéreis ou que produzem frutos amargos ou venenosos. Que Deus nos livre de sermos como aquelas casas que, de bonito e bom, só têm a fachada.

 (Itacir Brassiani msf)

Ensinamento do Papa bento XVI

A leitura literal praticada pelo fundamentalismo é uma traição tanto do sentido literal como do espiritual da Bíblia. É incapaz de aceitar a verdade da própria Encarnação, evita a íntima ligação do divino e do humano. Por isso, trata o texto bíblico como se fosse ditado pelo Espírito, e não chega a reconhecer que a Palavra de Deus nos vem numa linguagem condicionada” (Verbum Domini, 44).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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