sábado, 25 de setembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 522

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 522

Dia 26/09/2021 | 26ª Semana Comum | Domingo

Evangelho segundo Marcos (9,38-48)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se ouvindo ou cantando: Palavra de salvação somente o céu tem pra dar; por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=V12GZpBGNwM)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Marcos 9,38-48

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Quem decide caminhar com Jesus fazendo-se seu discípulo/a precisa percorrer um caminho de permanente conversão

·          E um aspecto dessa conversão está relacionada com “os pequenos”: não ser pedra de tropeço na caminhada deles

·          O escândalo que desvia os pobres do caminho do Reino é tão grave que Jesus usa expressões exageradas para sublinhar que deve ser evitado

·          Outro aspecto dessa conversão é a superação das visões estreitas e da incapacidade de reconhecer o bem que os outros fazem

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·          Retome, com toda a atenção possível, este ensino de Jesus, especialmente a insistência em não ser pedra de tropeço para os pequenos

·          Será que nós também não ficamos irritados com o bem que gente sem religião ou de outra Igreja faz pelas pessoas?

·          Quais são as “pedras de tropeço” ou incoerências nossas que tornam ainda mais difícil e vida e a luta dos pobres e humildes?

·          O que você acha das imagens fortes (arrancar o olho, cortar o pé, cortar a mão, amarrar uma pedra no pescoço) que Jesus usa para sublinhar a gravidade dos projetos e ações que dificultam a vida dos pequenos?

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·          Peça ao Senhor a graça da coerência, de não escandalizar os pequenos, de não bajular os grandes, e de agradecer todos os gestos de atenção

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·          O que precisamos melhorar na escuta, na leitura e na prática da Palavra de Deus para não sermos “pedras de tropeço” para nosso povo?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça, assista, medite e reze com a Canção dos imperfeitos, do Pe. Fábio de Melo (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=W5U1WXzRv70)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 9,38-48

O trecho de hoje aborda a questão da inveja e da competição. É paradoxal que os mesmos discípulos que resistem em seguir Jesus pelas vias da compaixão e não conseguem expulsar um espírito mau que amordaça um jovem (cf. Mc 9,14-29) queiram proibir que outros o façam. Parece que eles querem manter o monopólio do exorcismo, e desejam que todos sigam a eles, os discípulos oficiais, e não o próprio Jesus.

A resposta de Jesus é um contundente chamado à abertura e à colaboração ecumênica: “Não lhe proíbam, pois ninguém faz um milagre em meu nome e depois pode falar mal de mim. Quem não está contra nós, está a nosso favor”. Quem tem um coração grande, um olhar abrangente e uma fé confiante não pode imaginar-se cercado de concorrentes por todo lado. Só uma mente imatura pode se mostrar incapaz de reconhecer o bem que outros fazem e alimentar o desejo de que todos/as peçam sua aprovação para tomar qualquer iniciativa.

Por que esta incapacidade que muitos temos de respeitar, valorizar e cooperar com as demais Igrejas cristãs? Será que aquilo que temos em comum não é mais importante que as picuinhas que nos diferenciam? Se elas estão a favor do Evangelho e de Jesus Cristo, poderiam estar contra nós? Projetos que nascem sem as bênçãos eclesiásticas podem trazer a marca do Espírito de Deus e realizar um grande bem à humanidade. O Vaticano II ensina que o Espírito de Deus dirige a história e é a fonte dos anseios de solidariedade.

Jesus enfrenta corajosamente este e outros problemas, vividos pelas comunidades cristãs de ontem e de hoje. Sob a pressão da perseguição, alguns cristãos abandonavam o Evangelho, o que era uma pedra de tropeço que afastava muitos outros ‘pequeninos’. O corpo eclesial tinha membros que escandalizavam os outros. E a proposta de Jesus é vigilância e firmeza. É melhor ser uma comunidade pequena e coerente que uma multidão, cheia de contradições. A comunidade eclesial não pode limitar ou perder sua missão de ser sal, de fazer a diferença. As traições e incoerências precisam ser evitadas, cortadas e queimadas.

 (Itacir Brassiani msf)

Ensinamento do Papa Francisco

A Palavra possui tamanha potencialidade, que não a podemos prever. O Evangelho fala da semente que, uma vez lançada à terra, cresce por si mesma, inclusive quando o agricultor dorme. A Igreja deve aceitar esta liberdade incontrolável da Palavra, que é eficaz a seu modo e sob formas tão variadas que muitas vezes nos escapam, superando as nossas previsões e quebrando os nossos esquemas (Evangelii Gaudium, 22).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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