terça-feira, 14 de setembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 511

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 511

Dia 15/09/2021| Quarta-feira | N. Senhora do Rosário

Evangelho segundo Lucas (2,33-35)

 

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo ou cantando: Mãe do céu morena (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Ji_XM9NrC4U)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Lucas 2,33-35

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Maria encontrou graça aos olhos de Deus, e se alegrou com a bondade e compaixão de Deus que seu filho manifestaria

·        As dores de Maria são as dores de quem ama e segue Jesus que, sendo seu filho, é também seu mestre

·        Por suas dores, Maria vive a comunhão solidária com todos os aflitos que padecem junto à cruz

·        Como estrela da evangelização, Maria sofre também nas dores dos/as discípulos/as missionários/as de todos os tempos

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·        Retome cada palavra, imagem ou expressão usadas por Simeão na sua bela e exigente profecia sobre Jesus, Maria e José

·        O que significa celebrar Nossa Senhora das Dores no contexto de medo, angústia, distanciamento, incertezas, dor e luto por pelas mais de 580 mil mortes, da pandemia e da crise social que ela deflagrou?

·        Quais são os pensamentos, sentimentos e projetos secretos ou disfarçados por nós que um Deus crucificado traz à luz?

·        Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·        Contemple as sete dores que a tradição identifica em Maria, e visualize as novas dores que nosso tempo acrescenta às dores clássicas e antigas

·        Repita com sinceridade e confiança: “Tu és luz, vida e alegria para todos os povos, e alívio para todas as dores!”

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·        O que poderíamos fazer para não reduzir a devoção a Nossa Senhora das Dores a uma questão intimista e individualista?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça e reze com o refrão: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus! Imaculada, Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto à cruz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ajpDGExuMN4)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Pistas sobre Lucas 2,33-35

Ao que parece, a devoção e a festa de Nossa Senhora das Dores remonta ao século XV, e tem origem na cidade de Colônia (Alemanha). As dores de Maria seriam sete: a profecia de Simeão a respeito dela e de Jesus; o exílio no Egito, com José e Jesus; e perda de Jesus no templo; o encontro com Jesus no caminho da cruz; a crucificação de Jesus; a morte de Jesus; o sepultamento de Jesus.

No encontro do velho Simeão com o casal José e Maria e o filho recém-nascido resplandece uma convicção: a bondade e a misericórdia de Deus brilham no mundo para todos os povos, sem nenhuma exclusão. Jesus e a salvação de Deus não pertencem exclusivamente ao povo de Israel. E essa é uma boa notícia que permite que Simeão parta em paz.

Mas, como luz que brilha para as nações (e não só para Israel), Jesus acaba também definindo a sorte de todas as pessoas que o encontram: ele provoca discernimento, evidencia as ambiguidades, torna-se fator de contradição. Diante dele e por ele, uns caem, outros se levantam; uns são rebaixados, outros são elevados. A luz sempre mostra tanto o que há de belo como o que há de feio em nós.

Esta profecia de Simeão sobre Jesus recém-nascido causa admiração em José e Maria, que são abençoados por ele. Simeão bendiz e abençoa os pais de Jesus (e não a Deus!), para que eles possam contribuir positivamente na realização dessa missão. Mas, dirigindo-se a Maria, adverte que ela sofrerá com o filho que trouxe no ventre e carrega nos braços. O sofrimento de Maria antecipa o sofrimento que muitos discípulos e discípulas provarão no futuro.

As dores de Maria não se resumem às dores que sentiu ao ver o filho pregado na cruz. É também a dor de ver que o filho é um profeta rejeitado; de ver um povo cansado, abatido, esquecido por seus líderes, sem rumo; é também a dor que ela compartilha com os/as discípulos/as missionários humilhados/as e perseguidos/as. E, hoje, também a dor provocada pelos efeitos da pandemia. 

 (Itacir Brassiani msf)

Ensinamento do Papa bento XVI

“Desejo chamar a atenção para a familiaridade de Maria com a Palavra de Deus. Ela Se identifica com a Palavra, e nela entra. Ela Se sente verdadeiramente em casa na Palavra de Deus, dela sai e a ela volta com naturalidade. Fala e pensa com a Palavra de Deus(Bento XVI, Verbum Domini, 28).

 

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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