sábado, 13 de novembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 571

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 571

Dia 14/11/2021 | 33ª Semana Comum | Domingo

Evangelho segundo Marcos (13,24-32)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o mantra: Fala, Senhor, palavra de fraternidade!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Marcos 13,24-32

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Neste domingo, o penúltimo do ano litúrgico, há cinco anos, celebramos o Dia Mundial dos Pobres, convocado pelo Papa Francisco

·        Tanto os discípulos de Jesus como os líderes do judaísmo mostram-se impressionados com a solidez do judaísmo e suas instituições

·        Jesus os adverte que tudo passa, que o que parece indestrutível tem fim, que o que parece poderoso e imutável cairá no chão

·        Somente sua palavra não passará, e esta palavra diz que os últimos serão os primeiros, que o Reino de Deus está próximo, no meio de nós

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        Acompanhe e participe desta cena, observando o espanto dos discípulos, escutando e entendendo o ensino de Jesus

·        Será que nós também não nos orgulhamos demais de uma Igreja que tem 2000 anos de história, como se ela fosse indestrutível?

·        Em que medida nós invertemos as coisas: consideramos passageiro ou relativo o ensino de Jesus e imutáveis nossos hábitos e interesses?

·        Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Coloque-se aos pés de Jesus, deixe que suas palavras ressoem em você, e peça a ele o conhecimento e a consciência daquilo que é passageiro

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        O que nós, como família e como Igreja, precisamos hoje entender que é transitório e relativo diante de sua Palavra que não passa?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça, assista, medite e reze com a canção “Javé é o Deus dos pobres, do povo sofredor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sg3TbmR0FRU)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e termine seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 13,24-32

Vivemos um tempo de crises profundas e caminhamos sem referências seguras. Os grandes mitos e narrativas desapareceram. A esperança fez as malas e desertou, sem deixar o endereço para contatos. Falar de esperança passou a ser considerado algo anacrônico. A fuga aparece como a única possibilidade para viver em paz.

No evangelho de hoje, Jesus não quer insinuar que uma catástrofe cósmica esteja se aproximando, nem suscitar medo e fuga diante dos dramas da história. Sol, lua e estrelas simbolizam os poderes aparentemente sólidos e indestrutíveis. Mas esta solidez é apenas aparente, pois o advento do homem novo depõe os poderosos dos seus tronos e eleva os humildes; afirma a dignidade dos últimos; faz germinar sementes e florir os desertos; desarticula as forças e estruturas que propõem a violência como solução.

O abalo da ordem velha e cambaleante é sinal de que o humano está nascendo, batendo à porta e pedindo para entrar. E, na medida em que ele for acolhido e se tornar regra da nossa vida, uma nova humanidade nascerá, “reunindo as pessoas que Deus escolheu, do extremo do céu ao extremo da terra”. A parábola da figueira pede atenção a sinais dessa mudança. A velha e injusta ordem social simbolizada pelo templo deve chegar ao fim para que desponte um outro mundo.

O ‘filho do homem’ e seus seguidores, ao lado dos pobres da terra, serão os protagonistas desta mudança. A imagem dele “vindo sobre as nuvens com grande poder e glória” é uma referência ao Jesus Cristo elevado na cruz. No filho do homem perseguido e crucificado resplandece o que é verdadeiramente humano e se revela a glória de Deus.

A revelação do filho do homem, ou do plenamente humano, se dá definitivamente em Jesus crucificado, em sua solidária fidelidade às dores e à dignidade dos pobres. É em torno dele, identificado com os pobres e as vítimas, que se reúnem as pessoas de boa vontade, qualquer que seja o povo e a religião à qual pertencem.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

É decisivo aumentar a sensibilidade para se compreender as exigências dos pobres, sempre em mutação por força das condições de vida. Com efeito, nas áreas economicamente mais desenvolvidas do mundo, está-se menos predisposto hoje que no passado a confrontar-se com a pobreza. O estado de relativo bem-estar ao qual se habituaram torna mais difícil aceitar sacrifícios e privações. Está-se pronto a tudo só para não ficar privado daquilo que foi fruto de fácil conquista”. (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2021)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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