domingo, 7 de novembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 565

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 565

Dia 08/11/2021 | 32ª Semana Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Lucas (17,1-6)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se cantando o mantra: Alma missionária” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Lucas 17,1-6

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Jesus continua com suas “conversas ao redor da mesa”, ora dirigindo-se aos fariseus e escribas, ora falando aos seus discípulos

·          No texto de hoje, Jesus se dirige aos discípulos, e o tema são as tensões e problemas vividos no interior da comunidade cristã

·          Jesus evita a idealização, e sabe que o pecado que atrapalha a caminhada dos outros é inevitável, mas isso não o torna menos grave

·          Como ensinara antes, o pecador precisa ser acolhido como irmão, advertido e, quando arrependido, perdoado incondicionalmente

·          Mas o exercício constante e incondicionado do ministério da reconciliação só pode ser vivido no dinamismo da fé

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·          Leia e releia este episódio, procurando entender as expressões e as ênfases de Jesus nessa catequese dirigida aos discípulos

·          Na sua comunidade e na sua família ocorre o fato de alguns colocarem pedras para que os outros tropecem e entrem em crise?

·          Como entender a expressão dura de Jesus: “melhor seria que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar”?

·          O que o perdão e a reconciliação têm a ver com a fé? E o que significa a comparação que Jesus faz com a remoção da amoreira?

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Recorde a imensa responsabilidade de perdoar e reconciliar que pesa sobre você, e peça: “Senhor, aumenta a minha fé!”

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Como evitar o pensamento cínico e cômodo de que “o escândalo é inevitável” e de que “sempre teremos pobres ao nosso redor”?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça, assista, medite e reze com a canção “Se meu irmão me estende a mão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=cqeardhjcrw)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e termine seu momento de oração

 

Pistas sobre Lucas 17,1-6

O texto que nos é proposto hoje é uma continuidade das “conversas à mesa”, nas quais Jesus fala da misericórdia com que Deus trata suas criaturas, da necessidade de fazer bem as contas para segui-lo sem recuos, da necessária atenção solidária para com os pobres e vulneráveis.

Depois de ter se dirigido enfaticamente aos escribas e fariseus, no texto de hoje Jesus volta-se aos discípulos, e aborda com eles a questão das dificuldades internas da comunidade cristã. Jesus não tem da comunidade uma visão idealizada ou ingênua. Ele faz questão de dizer que os escândalos são inevitáveis, o que não diminui a gravidade.

Literalmente, “escândalo” significa a pedra de tropeço que alguém põe numa trilha para fazer o outro tropeçar. Por isso, em que pese serem normais as divisões e tropeços, quem faz os mais fracos tropeçarem na fé por sua causa mereceria uma pena muito severa: ser amarrado numa pedra muito maior e ser jogado no mar. O escândalo é coisa grave!

Mas se o tropeço é inevitável, na vida em comunidade o perdão é essencial. E merece mais atenção que o escândalo. “Prestai atenção!”, adverte Jesus para sublinhar isso. A comunidade precisa exercitar o ministério do perdão e da reconciliação com quem se arrepende de seus erros, inclusive se a conta dos tropeços sobe e chega a sete por dia!

Se isso nos incomoda, incomodou mais ainda os apóstolos, que reagiram confessando que a fé que vivem não chega a tanto. A vivência da misericórdia, da solidariedade e da reconciliação sé é possível no horizonte da fé, da adesão ao Evangelho e da imitação de Jesus Cristo. Nem tudo se resolve no voluntarismo, no “basta querer”.

Mas não precisamos de uma fé heroica, apenas de uma fé normal. Jesus não está aludindo a uma fé miraculosa, pois ele mesmo se recusou a produzir sinais que impressionassem. A fé autêntica tem seu dinamismo e sua força, e não é questão de quantidade. A adesão sincera a Jesus e a graça do Evangelho têm força para mudar as relações humanas!

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

Um estilo de vida individualista é cúmplice na geração da pobreza e, muitas vezes, descarrega sobre os pobres toda a responsabilidade da sua condição. Mas a pobreza não é fruto do destino; é consequência do egoísmo. Portanto é decisivo dar vida a processos de desenvolvimento onde se valorizem as capacidades de todos, para que a complementaridade das competências e a diversidade das funções conduzam a um recurso comum de participação”. (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2021)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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