domingo, 14 de novembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 572

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 572

Dia 15/11/2021 | 33ª Semana Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Lucas (18,35-43)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o mantra: Fala, Senhor, palavra de fraternidade!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Lucas 18,35-43

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Jesus se apresentara em Nazaré como o Ungido do Espírito para anunciar boas notícias aos pobres e libertá-los

·        No caminho para Jerusalém, enquanto formava seus discípulos no caminho do Reino de Deus, multiplicou os sinais disso

·        Nas proximidades de Jericó, importante centro comercial para os peregrinos que subiam a Jerusalém, Jesus encontra um cego

·        Mesmo sendo cego, sua fé é capaz de reconhecer o Messias de Deus na compaixão do profeta de Nazaré

·        Ele se torna protótipo de discípulo: reconhecendo Jesus como enviado de Deus, experimenta a salvação e segue seus passos

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        Imagine-se à beira da estrada, na periferia de Jericó, em meio a esta cena

·        Perceba a situação do cego mendigo, seu grito de socorro, o desprezo expresso pelas pessoas que seguem Jesus, a atenção de Jesus, o diálogo com o mendigo, a mudança radical da situação

·        Qual é a intensidade da sua confiança e sua fé em Jesus, o homem de Nazaré, e o que você pede insistentemente a ele?

·        Em que medida a ativa e solidária compaixão de Jesus pelas pessoas vulneráveis atrai e sustenta sua caminhada de fé?

·        Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Coloque-se aos pés de Jesus, deixe que suas palavras ressoem em você, e peça a ele o conhecimento e a consciência daquilo que é passageiro

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça, assista, medite e reze com a canção “Javé é o Deus dos pobres, do povo sofredor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sg3TbmR0FRU)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e termine seu momento de oração

 

Pistas sobre Lucas 18,35-43

O episódio narrado neste trecho do evangelho está situado no caminho de Jesus a Jerusalém, depois da parábola do fariseu e do publicano, da apresentação das crianças como modelo para os/as discípulos/as e do anúncio de Jesus sobre sua rejeição e morte nas mãos das autoridades religiosas.

Nas proximidades de Jericó, um cego estava mendigando à beira da estrada. Percebendo um crescente rumor de gente que se aproximava, pergunta o que estava acontecendo. Ele já ouvira algo sobre Jesus, e quando lhe dizem que é “Jesus Nazareno” que se aproxima, solta seu grito, sem receio e sem nenhum constrangimento.

Sua palavra é um pedido, e seu pedido é um grito de socorro: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” O cego e mendigo não leva em conta as advertências das pessoas que acompanham Jesus, e não se cala. Mesmo cego, ele reconhece naquele profeta itinerante e suspeito o Messias enviado por Deus, o esperado filho de Davi, rejeitado pela própria família.

O grito do cego anônimo é expressão de fé, de tenaz confiança de que o Filho de Davi é movido pela compaixão, e veio para abrir os olhos aos cegos. Jesus vê a situação daquele “resto de gente”, a dor e a força que suscitam seu grito. Interrompe sua viagem, e pede que tragam o cego a ele. O mendigo interrompe a marcha de filho de Deus!

Interrogado sobre o que ele deseja do mais profundo da sua atribulada existência, o cego diz o óbvio: “Senhor, eu quero enxergar de novo...” Neste caso, enxergar é mais do que simplesmente ver: é reconhecer a presença de Deus nos homens e mulheres, reconhece-los como irmãos, crer na vontade libertadora de Deus e colaborar com ela.

Jesus não é um messias poderoso, mas um profeta compassivo com os pobres. E diz que a fé e confiança nele e na sua Palavra têm força iluminadora e libertadora. É ela que está na raiz da cura. Mas a salvação vai além da cura, e se traduz no seguimento agradecido de Jesus. E esse testemunho vivo é Evangelho que alegra a humanidade.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

As mulheres, tantas vezes discriminadas e excluídas dos postos de responsabilidade, nas páginas do Evangelho são protagonistas na história da revelação. “Em verdade vos digo: em qualquer parte do mundo onde for proclamado o Evangelho, há de contar-se também, em sua memória, o que ela fez” (Mc 14, 9), diz Jesus a Maria de Betânia. Esta forte empatia entre Jesus e a mulher inaugura um fecundo caminho de reflexão sobre o laço indivisível que existe entre Jesus, os pobres e o anúncio do Evangelho”. (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2021)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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